quarta-feira, março 16, 2011

Evangelho do Dia

Lucas 11:29-32
 Naquele tempo, 29quando as multidões se reuniram em grande quantidade, Jesus começou a dizer: “Esta geração é uma geração má. Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas.
30Com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os nini­vitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. 31No dia do julgamento, a rainha do Sul se levantará juntamente com os homens desta geração, e os condenará. Porque ela veio de uma terra distante para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior que Salomão.
32No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. Porque eles se converteram quando ouviram a pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas”. 


Hoje, Jesus nos diz que o sinal que dará à “geração malvada”, de fato, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração (Lc 11,30). Da mesma maneira que Jonas deixou que o lançasse pela margem para acalmar a tempestade que ameaçava com afundá-los — e, assim, salvar a vida da tripulação—, do mesmo modo que Jesus permitiu que o lançassem pela margem para acalmar as tempestades do pecado que põem em perigo nossas vidas. E, de igual forma que Jonas passou três dias no ventre da baleia antes que esta o vomitara são e salvo a terra, assim Jesus passaria três dias no seio da terra antes de abandonar a tumba (Mt 12,40).
O sinal que Jesus dará aos “malvados” de cada geração é sua morte e ressurreição. Sua morte, aceita livremente, é o sinal do incrível amor de Deus por nós: Jesus deu sua vida para salvar a nossa. E sua ressurreição de entre os mortos é o sinal de seu divino poder. Trata-se do sinal mais poderoso e comovedor jamais dado.
Mas, Jesus é também a sinal de Jonas em outro sentido. Jonas foi um ícone e um meio de conversação. Quando em sua prédicas «Jonas entrou na cidade e começou a percorrê-la, caminhando um dia inteiro. Ele dizia: «Dentro de quarenta dias, Nínive será destruída!» (Jon 3,4) adverte aos ninivitas pagãos, estes se convertem, pois todos eles — desde o rei até as crianças e animais— se cobrem com serapilheira e cinzas. No dia do julgamento, os homens da cidade de Nínive ficarão de pé contra esta geração. Porque eles fizeram penitência quando ouviram Jonas pregar. E aqui está quem é maior do que Jonas.” (Lc 11,32) predicando a conversão a todos nós: Ele o próprio Jesus. Portanto, nossa conversão deveria ser igualmente exaustiva.

FORMAÇÃO



Quaresma, tempo de vencer as tentações e o diabo

Preparemo-nos para a Páscoa definitiva
 Antigamente, a Quaresma era o período durante o qual – por meio da penitência e da provação – os catecúmenos* se preparavam para receber o batismo na noite de Páscoa. A Liturgia sempre coloca Jesus no Evangelho do Primeiro Domingo da Quaresma vencendo as tentações do demônio (cf. Mt 4,1-11). O Nosso Senhor e Mestre não só vence como também nos dá as dicas para vencermos o nosso inimigo e as tentações pequenas e grandes que enfrentamos todos os dias.
O objetivo desta reflexão de hoje será avaliar a nossa defesa e aumentar as nossas resistências diante das tentações e celebrar a vitória com o Senhor Jesus.
O Senhor derrotou o maligno por meio da Docilidade ao Espírito Santo, pois “no deserto, Ele era guiado pelo Espírito”, da Palavra: “A Escritura diz: ‘Não só de pão vive o homem”; da Oração: “Terminada toda a tentação, o diabo afastou-se de Jesus”; do Jejum: Não comeu nada naqueles dias e, depois disso, sentiu fome”, e pela Adoração: “Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás”. Exercendo Sua autoridade que vinha de uma vida coerente e santa. Isso fica bem claro na leitura deste Evangelho.
De maneira semelhante como o antigo povo de Israel partiu durante quarenta anos pelo deserto para ingressar na Terra Prometida, a Igreja, o novo povo de Deus, prepara-se durante quarenta dias para celebrar a Páscoa do Senhor. Embora seja um tempo penitencial, não é um tempo triste e depressivo. Trata-se de um período especial de purificação e de renovação da vida cristã para que possamos participar com maior plenitude e gozo do mistério pascal do Senhor.
Jesus Cristo, ao dar início à caminhada do novo povo de Deus, se dirige ao deserto como lugar de encontro com o Pai, lugar de recolhimento, onde Ele se revela, onde escuta Sua Palavra. E diferente do antigo povo da Aliança, que sucumbe à tentação, se revolta, tem saudade "das cebolas do Egito", onde eles tinham o que comer, mas eram escravos, o Senhor vence a tentação, vence o demônio pela oração, pelo jejum, pela Palavra e pela obediência ao Pai.
A Quaresma é um tempo privilegiado para intensificar o caminho da própria conversão. Esse caminho supõe cooperar com a graça, para dar morte ao "homem velho" que atua em nós. Trata-se de romper com o pecado, que habita em nosso coração, nos afastar de tudo aquilo que nos separa do plano de Deus, e, por conseguinte, de nossa felicidade e realização pessoal.
No pórtico da Quaresma recém-começada, encontramos Jesus tentado pelo diabo. A Bíblia tem vários nomes para esse personagem, mas em todos subjaz a mesma incumbência da sua missão: o que separa, o que arranca; diabo, dia-bolus: o que divide. O demônio – no meio do mundo que o ignora e o torna frívolo – está mais presente que nunca: nos medos, nos dramas, nas mentiras e nos vazios do homem pós-moderno, aparentemente descontraído, brincalhão e divertido.
Com Jesus, como com todos nós, o diabo procurará fazer uma única tentação, ainda que com diversos matizes: romper a comunhão com Deus Pai. Para este fim, todos os meios serão aptos, desde citar a própria Bíblia até fantasiar-se de anjo da luz. As três tentações de Jesus são um exemplo muito atual: da sua fome, converta as pedras em pão; das suas aspirações, torne-se dono de tudo; da sua condição de filho de Deus, coloque a sua proteção à prova. Em outras palavras: o dia-bolus buscará conduzir o Senhor por um caminho no qual Deus ou é tido como banal e supérfluo ou como inútil e nocivo.
Prescindir de Deus porque eu reduzo minhas necessidades a um pão que eu mesmo posso fabricar, como se fosse minha própria mágica (1ª tentação). Prescindir de Deus modificando Seu plano sobre mim, incluindo aspirações de domínio que não têm a ver com a missão que Ele confiou a mim (2ª tentação). Prescindir de Deus banalizando Sua providência, fazendo dela um capricho ou uma diversão (3ª tentação).
Isso se torna atual se formos traduzindo, com nomes e cores, quais são as tentações reais (!) que nos separam – cada um de nós e todos juntos – de Deus e, portanto, dos outros também. A tentação do "deus-ter" (em todas as suas manifestações de preocupação pelo dinheiro, pela acumulação de bens, pelas “devoções” a loterias e jogos, pelo consumismo). A tentação do "deus-poder" (com todo o leque de pretensões de ascensão, que confundem o serviço aos demais com o servir-se dos demais, para os próprios interesses e controles). A tentação do "deus-prazer" (com tantas, tão infelizes e, sobretudo tão desumanizadoras formas de praticar o hedonismo, tentando censurar inutilmente nossa limitação e finitude).
Quem duvida de que existem mil diabos, que nos encantam e seduzem a partir da chantagem das suas condições e, apresentando-nos tudo como fácil e atrativo, e que nos separam de Deus, dos demais e de nós mesmos?
Jesus venceu o diabo! A Quaresma é um tempo privilegiado para voltarmos ao Senhor, unindo novamente tudo o que o tentador separou.
Jejuando quarenta dias no deserto, Cristo consagrou a abstinência quaresmal. Desarmando as ciladas do antigo inimigo, ensinou-nos a vencer o fermento da maldade. Celebrando agora o mistério pascal, nós nos preparamos para a Páscoa definitiva. (Prefácio do 1° Domingo da Quaresma).
Oremos
: Ó Deus, que nos alimentastes com este pão que nutre a fé, incentiva a esperança e fortalece a caridade, dai-nos desejar o Cristo, pão vivo e verdadeiro, e viver de toda Palavra que sai de vossa boca para vencer ao pecado, a nós mesmos e ao diabo. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.

SANTO DO DIA

São Heriberto

Heriberto foi arcebispo de Colônia, na Alemanha, ainda muito moço, pois sua religiosidade brotara ainda na infância. Conta a história que, no dia em que nasceu, em 970, filho de descendentes dos condes de Worms, notou-se uma extraordinária luz pairando sobre a casa de seus pais. O fenômeno teria durado várias horas e marcado para sempre a vida de Heriberto, que caminhou reto para o caminho da santidade.
Como desde pequeno mostrava vocação para a religião e os estudos, seus pais o entregaram ao convento de Gorze. Ali, Heriberto descobriu para si e para o mundo que era extremamente talentoso, mas decidiu-se pela ordenação sacerdotal, que ocorreu em 995. Com o decorrer do tempo cursou diversas escolas, chegando a ser considerado o homem mais sábio de seu tempo. E foi nesta condição que o imperador Oton III o nomeou chanceler, seu assessor de maior confiança. Sua fama e popularidade cresceram, não só devido à sabedoria, mas também pela humildade e a caridade que praticava com todos. Assim, foi eleito bispo de Colônia, em 999.
Quando Oton III morreu, o imperador que o sucedeu, Henrique II, também acabou tornando-se admirador de Heriberto, apesar da oposição que lhe fez no início. Uma vez que o bispo Heriberto o consagrou rei sem nenhuma contestação. E por fim o novo rei Henrique II o chamou para ser seu conselheiro.
Então, a obra caridosa do bispo pôde então continuar. Os registros mostraram que, depois de fundar um hospital para os pobres, Heriberto visitava os doentes todos os dias, cuidando deles pessoalmente. Diz a tradição que, certa vez, houve na cidade uma grande seca, ficando sem chover por meses. O bispo comandou um jejum de três dias e, finalmente, uma procissão de penitência pedindo chuva aos céus. Como nem assim choveu, Heriberto comovido começou a chorar na frente do povo, culpando-se pela seca. Dizia que seus pecados é que impediam Deus de fazer misericórdia. Mas, um fato prodigioso aconteceu nesse momento, imediatamente o céu escureceu e uma forte chuva caiu sobre a cidade, durando alguns dias e pondo fim à estiagem.
Com fama de santidade ainda em vida, o bispo Heriberto morreu no dia 16 de março de 1021, numa viagem de visita pastoral à cidade de Deutz, onde contraiu uma febre maligna que assolava a população. Suas relíquias estão na catedral dessa cidade, na Colônia, Alemanha. Na igreja que ele mesmo fundou junto com o mosteiro ao lado, que foi entregue aos beneditinos.
Amado pelos fiéis a peregrinação à sua sepultura difundiu seu culto que se tornou vigoroso em toda a Europa, especialmente na Itália e na Alemanha, país de sua origem. Foi canonizado em 1227, pelo Papa Gregório IX que autorizou o culto à Santo Heriberto, já tradicionalmente festejado pelos devotos no dia 16 de março.


Obs: Hoje a Igreja também celebra o dia de Santo Abraão Kidunaia .

"Bem aventurados os que tem um coração pobre, porque deles é o Reino dos céus!". (Mateus 5:3)