terça-feira, janeiro 31, 2012

Bíblia Sagrada

Êxodo

A libertação do povo de Deus da servidão do Egito constitui o assunto do Êxodo (que significa saída).
Os hebreus, estabelecidos no delta do Nilo, depois da morte de José, tiveram de suportar o julgo dos egípcios. Em toda a Bíblia, o Egito tornar-se-á do adversário do povo eleito, o poder terreno que procura contrariar os planos divinos.

Deus chama Moisés para uma grande missão e revela-se a ele primeiro na sarça ardente. Moisés tornar-se o chefe  do povo oprimido e combate, sob a guia divina, os poderes do mundo.
A passagem do anjo, que extermina os filhos dos egípcios, testemunha que o povo eleito, libertado, terá de viver, daí em diante, no temor de Deus e reconhecido ao seu grande benfeitor. A primeira festa da Páscoa foi cruenta: foi uma figura da grande e solene Páscoa, durante a qual pela imolação de Cristo, o Cordeiro de Deus, toda a humanidade, espiritualmente falando, foi libertada do julgo do pecado e do demônio.
Depois de ter libertado seu povo, Deus o conduziu através das águas e através do deserto.

No monte Sinai, ele quis intervir solenemente e proclamar a aliança com seu povo: “Se obedecerdes à minha voz e guardardes a minha aliança, sereis, entre todos os povos, o meu povo todo particular...sereis uma nação consagrada” (Êx 19:5-6).

O Decálogo será a carta desse contrato, o Direito imposto por Deus ao seu povo libertado do Egito.

O Decálogo é seguido de um texto legislativo, fragmento antiquíssimo (cap. 20 a 23), primeiro esboço de uma legislação social e religiosa, completada mais tarde, e de leis rituais (cap. 25 a 30), redigidas posteriormente.

Um grande sacrifício (cap. 14) estabeleceu a solene conclusão desta aliança. Entretanto, o pacto, apenas concluído, foi violado.
O povo cede à antiga tentação de materializar  o seu Deus para torna-lo visível, construindo um ídolo, como símbolo de sua força e de sua fecundidade. Esse modo de manifestar ao ídolo o seu culto parece-lhe mais fácil do que adorar em Espírito um Deus invisível. Deus irrita-se e castiga o seu povo, mas por fim mostra-se magnânimo. A aliança é renovada: a fidelidade dos hebreus, tanto às prescrições culturais como aos mandamentos do Decálogo, deverá servir, para o futuro, de testemunho de seu reconhecimento para com os benefícios divinos.

O sinal visível do pacto entre Deus e o seu povo serão as tábuas da lei, guardadas na arca da aliança. Essa arca tem o valor simbólico do trono de Deus: ela testemunha que Deus habita no meio do seu povo, com penhor da fidelidade de suas promessas.


***amanhã falaremos sobre o livro do Levítico***

Reflita

''Conseguir-se-á mais com um olhar de bondade com uma palavra animadora, que encha o coração de confiança , do que com muitas repreensões que só trazem inquietações e matam a espontaneidade''. Dom Bosco

VÍDEO ESPECIAL

O tema do nosso vídeo de hoje é "Música e Liturgia".



Evangelho do Dia

MARCOS 5:21-43

Naquele tempo, 21Jesus atravessou de novo, numa barca, para a outra margem. Uma numerosa multidão se reuniu junto dele, e Jesus ficou na praia. 22Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, 23e pediu com insistência: “Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!”
24Jesus então o acompanhou. Numerosa multidão o seguia e comprimia. 25Ora, achava-se ali uma mulher que, há doze anos, estava com hemorragia; 26tinha sofrido nas mãos de muitos médicos, gastou tudo o que possuía, e, em vez de melhorar, piorava cada vez mais.
27Tendo ouvido falar de Jesus, aproximou-se dele por detrás, no meio da multidão, e tocou na sua roupa. 28Ela pensava: “Se eu ao menos tocar na roupa dele, ficarei curada”. 29A hemorragia parou imediatamente, e a mulher sentiu dentro de si que estava curada da doença. 30Jesus logo percebeu que uma força tinha saído dele. E, voltando-se no meio da multidão, perguntou: “Quem tocou na minha roupa?” 31Os discípulos disseram: “Estás vendo a multidão que te comprime e ainda perguntas: ‘Quem me tocou’?”
32Ele, porém, olhava ao redor para ver quem havia feito aquilo. 33A mulher, cheia de medo e tremendo, percebendo o que lhe havia acontecido, veio e caiu aos pés de Jesus, e contou-lhe toda a verdade. 34Ele lhe disse: “Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença”.
35Ele estava ainda falando, quando chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, e disseram a Jairo: “Tua filha morreu. Por que ainda incomodar o mestre?” 36Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: “Não tenhas medo. Basta ter fé!” 37E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão João. 38Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a confusão e como estavam chorando e gritando.
39Então, ele entrou e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu, mas está dormindo”. 40Começaram então a caçoar dele. Mas, ele mandou que todos saíssem, menos o pai e a mãe da menina, e os três discípulos que o acompanhavam. Depois entraram no quarto onde estava a criança. 41Jesus pegou na mão da menina e disse: “Talitá cum” — que quer dizer: “Menina, levanta-te!” 42Ela levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos ficaram admirados. 43Ele recomendou com insistência que ninguém ficasse sabendo daquilo. E mandou dar de comer à menina.

Hoje o Evangelho apresenta-nos dois milagres de Jesus que nos falam da fé de duas pessoas bem diferentes. Tanto Jairo, um dos chefes da sinagoga, quanto aquela mulher doente mostram uma grande fé: Jairo tem a certeza de que Jesus pode curar a sua filha, enquanto aquela boa mulher confia em que um mínimo de contato com a roupa de Jesus será suficiente para ficar liberada de uma doença grave. E Jesus, porque são pessoas de fé, concede-lhes o favor que buscavam.

A primeira foi a mulher, aquela que pensava não era digna de que Jesus lhe dedicara tempo, aquela que não se atrevia a incomodar o Mestre nem a aqueles judeus tão influentes. Sem fazer barulho, aproxima-se e, tocando a borla do manto de Jesus, "arranca" sua cura e ela em seguida o nota em seu corpo. Mas Jesus, que sabe o que aconteceu, quer lhe dizer umas palavras: «Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e fica livre da tua doença» (Mc 5,34).

A Jairo, Jesus pede-lhe uma fé ainda maior. Como já Deus tinha feito com Abraham no Antigo Testamento, pedirá uma fé contra toda esperança, a fé das coisas impossíveis. Comunicaram-lhe a Jairo a terrível notícia que sua filha acabara de morrer. Podemo-nos imaginar a grande dor que sentia nesse momento, e talvez a tentação da desesperação. E Jesus, que o ouviu, lhe diz: «Não tenhas medo, somente crê» (Mc 5,36). E como aqueles patriarcas antigos, crendo contra toda esperança, viu como Jesus devolvia-lhe a vida a sua amada filha.

Duas grandes lições de fé para nós. Desde as paginas do Evangelho, Jairo e a mulher que sofria hemorragias, juntamente com tantos outros, falam-nos da necessidade de ter uma fé imóvel. Podemos fazer nossa aquela bonita exclamação evangélica: «Eu creio, Senhor, ajuda-me na minha falta de fé» (Mc 9,24).

Formação

DOM BOSCO E A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO
Normas práticas para a educação do filho

Educar é uma bela missão pela qual vale a pena gastar o tempo, o dinheiro e a vida; afinal, estamos diante da maior preciosidade da vida: nossos filhos. Tudo será pouco em vista da educação deles. Educar é formar a pessoa em todos os níveis: fisíco, racional e espiritual.

Uma antiga história sobre o famoso artista Michelangelo relata que, um dia, ele foi com seus alunos às montanhas da Itália para escolher pedras a serem esculpidas no ateliê. Eis que ele viu um bloco de pedra e disse aos alunos: "Aí dentro há um anjo, vou colocá-lo para fora!". Levaram-na para o ateliê e lá, com o seu trabalho, o anjo foi surgindo na pedra. Os discípulos ficaram maravilhados com o “milagre” do gênio e lhe perguntaram como ele havia conseguido aquela proeza. Ele respondeu: “O anjo já estava aí, apenas tiramos os excessos que estavam sobrando”.

Educar é isso!
É ir com paciência e perícia, bondade e amor, fé e esperança, eliminando os maus hábitos e descobrindo as virtudes, até que o "anjo" apareça. Há um anjo em cada filho, mas é preciso pô-lo para fora. Não basta gerar os filhos; é preciso educá-los, e bem.
Mesmo que hoje seja mais difícil educar os filhos, porque uma inundação de “falsos valores” entra em nossas casas pela mídia, com um trabalho dedicado e atencioso os pais podem realizar uma boa educação. Mas, para isso, terão de conquistá-los, dedicando-lhes tempo, atenção, carinho, etc., sem o que, eles não ouvirão a sua voz e não colocarão em prática os seus conselhos.

Os filhos precisam “ter orgulho” dos pais; sem isso a educação poderá ficar comprometida. Se o filho tiver mais amor ao mundo do que aos pais, então, ele ouvirá mais o mundo do que a eles. É assim que os pais “perdem” os seus filhos e estes já não mais ouvem a sua voz.

Conclui-se daí que os primeiros a serem educados são os pais, para poderem educar os filhos. André Bergè, pedagogo francês, dizia que “os defeitos dos pais são os pais dos defeitos dos filhos”.

São João Bosco, cuja memória litúrgica celebramos em 31 de janeiro, foi chamado de “Pai e mestre da juventude”, porque se dedicou aos jovens durante toda a sua vida. Dizia-lhes: “Basta que você seja jovem para que eu o ame”. Com um amor sem medidas, sabia recuperar os mais deseducados e trazê-los a Deus e ao bom convívio com os outros.

Ele nos deixou normas práticas e seguras que vale a pena recordar:
 
1. Valorize o seu filho.
Quando respeitado e estimado, o jovem progride e amadurece.

2. Acredite no seu filho. Mesmo os jovens mais "difíceis" trazem bondade e generosidade no coração.

3. Ame e respeite o seu filho. Mostre a ele, claramente, que você está ao seu lado, olhe-o nos olhos. Nós é que pertencemos a nossos filhos, não eles a nós.

4. Elogie seu filho sempre que puder. Seja sincero: quem de nós não gosta de um elogio?

5. Compreenda seu filho. O mundo hoje é complicado, rude e competitivo. Muda todos os dias. Procure entender isso. Quem sabe ele está precisando de você, esperando apenas um toque seu.

6. Alegre-se com o seu filho. Tanto quanto nós, os jovens são atraídos por um sorriso; a alegria e o bom humor atraem os meninos como mel.

7. Aproxime-se de seu filho. Viva com o seu filho. Viva no meio dele. Conheça seus amigos. Procure saber aonde ele vai, com quem está. Convide-o a trazer seus amigos para a sua casa. Participe amigavelmente de sua vida.

8. Seja coerente com o seu filho. Não temos o direito de exigir de nosso filho atitudes que não temos. Quem não é sério não pode exigir seriedade. Quem não respeita, não pode exigir respeito. O nosso filho vê tudo isso muito bem, talvez porque nos conheça mais do que nós a ele.

9. Prevenir é melhor do que castigar o seu filho. Quem é feliz não sente a necessidade de fazer o que não é direito. O castigo magoa, a dor e o rancor ficam e separam você do seu filho. Pense, duas, três, sete vezes, antes de castigar. Nunca com raiva. Nunca.

10. Reze com seu filho. No princípio pode parecer "estranho". Mas a religião precisa ser alimentada. Quem ama e respeita a Deus vai amar e respeitar o seu próximo. "Quando se trata de educação não se pode deixar de lado a religião".

Deixar Deus de fora da educação dos filhos seria algo comparável a alguém que quisesse montar uma bela é complexa máquina ou estrutura sem querer usar e seguir o projeto detalhado do projetista. É claro que tudo sairia errado. É o que acontece hoje infelizmente com a educação das nossas crianças e jovens. De maneira orgulhosa Deus tem sido ignorado e Suas leis desprezadas pelo homem pós-moderno, autossuficiente e arrogante. Ele não é mais capaz de adorar a Deus porque ele se tornou o seu próprio deus.
(Texto do Professor Felipe Aquino)

Santo do Dia

Santo João Bosco
João Melquior Bosco, nasceu no dia 16 de agosto de 1815, numa família católica de humildes camponeses em Castelnuovo d'Asti, no norte da Itália, perto de Turim. Órfão de pai aos dois de idade, cresceu cercado do carinho da mãe, Margarida, e amparo dos irmãos. Recebeu uma sólida formação humana e religiosa, mas a instrução básica ficou prejudicada, pois a família precisava de sua ajuda na lida do campo.

Aos nove anos, teve um sonho que marcou a sua vida. Nossa Senhora o conduzia junto a um grupo de rapazes desordeiros que o destratava. João queria reagir, mas a Senhora lhe disse: "Não com pancadas e sim com amor. Torna-te forte, humilde e robusto. À seu tempo tudo compreenderás". Nesta ocasião decidiu dedicar sua vida a Cristo e a Mãe Maria; quis se tornar padre. Com sacrifício, ajudado pelos vizinhos e orientado pela família, entrou no seminário salesiano de Chieri, daquela diocese.

Inteligente e dedicado, João trabalhou como aprendiz de alfaiate, ferreiro, garçom, tipógrafo e assim, pôde se ordenar sacerdote, em 1841. Em meio à revolução industrial, aconselhado pelo seu diretor espiritual, padre Cafasso, desistiu de ser missionário na Índia. Ficou em Turim, dando início ao seu apostolado da educação de crianças e jovens carentes. Este "produto da era da industrialização", se tornou a matéria prima de sua Obra e vida.

Neste mesmo ano, criou o Oratório de Dom Bosco, onde os jovens recebiam instrução, formação religiosa, alimentação, tendo apoio e acompanhamento até a colocação em um emprego digno. Depois, sentiu necessidade de recolher os meninos em internatos-escola, em seguida implantou em toda a Obra as escolas profissionais, com as oficinas de alfaiate, encadernação, marcenaria, tipografia e mecânica, repostas às necessidades da época. Para mestres das oficinas, inventou um novo tipo de religioso: o coadjutor salesiano.

Em 1859, ele reuniu esse primeiro grupo de jovens educadores no Oratório, fundando a Congregação dos Salesianos. Nos anos seguintes, Dom Bosco criou o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e os Cooperadores Salesianos. Construiu, em Turim, a basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, e fundou sessenta casas salesianas em seis países. Abriu as missões na América Latina. Publicou as Leituras Católicas para o povo mais simples.

Dom Bosco agia rápido, acompanhou a ação do seu tempo e viveu o modo de educar, que passou à humanidade como referência de ensino chamando-o de "Sistema Preventivo de Formação". Não esqueceu do seu sonho de menino, mas, sobretudo compreendeu a missão que lhe investiu Nossa Senhora. Quando lhe recordavam tudo o que fizera, respondia com um sorriso sereno: "Eu não fiz nada. Foi Nossa Senhora quem tudo fez".

Morreu no dia 31 de janeiro de 1888. Foi beatificado em 1929 e canonizado por Pio XI em 1934. São João Bosco, foi proclamado "modelo por excelência" para sacerdotes e educadores. Ecumênico, era amigo de todos os povos, estimado em todas as religiões, amado por pobres e ricos; escreveu: "Reprovemos os erros, mas respeitemos as pessoas" e se fez , ele próprio, o exemplo perfeito desta máxima.



Obs: Hoje a Igreja também celebra o dia de São Pedro Nolasco e São Francisco Saveiro Maria Bianchi.

sexta-feira, janeiro 27, 2012

Bíblia Sagrada

Hoje falaremos sobre o livro do Gênesis.


O livro dos Gênesis, ou o livro das origens (é a palavra pela qual começa o texto sacro), contém tradições da mais remota antiguidade. Utilizou-se seu redator de fontes de origem diversa, as quais, por vezes, apresentam algumas divergências.

Não se trata de um verdadeiro livro de história (ao menos no sentido que entendemos hoje história), nem tampouco de um manual de história natural com a finalidade de expor as origens do mundo e da humanidade. Seu autor teve em vista apresentar um ensinamento religioso que determina as relações entre o homem e o seu criador. Divide-se em duas partes: as origens (cap. 1 ao 11), e em seguida a história dos três grandes patriarcas do povo de Deus. Na primeira parte, os três primeiros capítulos são de particular importância.

O ensinamento, por mais imaginativo e popular que seja, é denso e profundo: Deus é o criador do mundo e é distinto do universo. O mundo é bom. A finalidade da criação é a paz de Deus, figurada no repouso do sétimo dia. O homem foi criado da terra, mais animado de um sopro de vida. Destina-se ele a viver na amizade com Deus, que lhe concedeu o dom da liberdade. Ora, a harmonia primitiva da criatura foi destruída. O homem seduzido pelo poder da mentira, expõe-se a desobedecer Deus, na vã esperança de tornar-se igual a ele. Toma então consciência de si mesmo no sofrimento e na vergonha. Dessa forma, o pecado entrou no mundo. O homem foi excluído das delícias do paraíso. Foi-lhe contudo permitido alimentar a esperança de uma libertação, na qual podemos antever o germe da doutrina de nossa redenção por Jesus Cristo. 
Depois da primeira queda, o homem, entregue a si mesmo, é dominado pelo pecado. O primeiro crime é causado pela inveja. O mal generaliza-se numa corrupção que parece irremediável. Sobrevém o dilúvio.

Depois do dilúvio entra em vigor a primeira aliança entre Deus e os homens. A humanidade salva das águas deve demonstrar sua fidelidade a Deus pela observância dos mandamentos divinos (Gn 9:1-7). A narração da torre de Babel e a confusão das línguas é a divina resposta à negligência humana em observar as cláusulas da aliança. O homem quase que volta ao caos primitivo.

A Segunda parte dos Gênesis (cap 12 a 50) ensina, pela história dos patriarcas, como Deus colocou em Abraão os primeiro alicerces da verdadeira aliança, não mais com a humanidade inteira, mais com um povo eleito, do qual Abraão seria o pai. Essa aliança será proclamada por Moisés 500 anos mais tarde.

Vamos nos aproximando do ano 2.000 a.C. Abraão, pagão de origem, guiado por Deus, deixa sua terra natal e vem estabelecer-se na Palestina. Aí ele recebe as promessas divinas: será o pai de um povo numeroso e abençoado. A aliança consistirá na fidelidade que o povo saído de Abraão deverá guardar para com Deus. Como sinal dessa aliança foi instituído o rito da circuncisão para sempre.

Por outro lado, Abraão é chamado a testemunhar sua fé numa prova de excepcional importância: o sacrifício do filho único, no qual repousava a promessa divina. Abraão, depositário das promessas da aliança, viveu pela sua virtude sob o signo das bênçãos do Senhor e merecerá ser chamado o Pai dos crentes.
Isaac e Jacó aparecem em seguida. É principalmente neste último que se fixa a livre escolha de Deus. Jacó, homem cheio de defeitos, é entretanto o elo que levará às gerações futuras a benção divina. Ele recebe um novo nome “Israel” e torna-se um homem novo.

Entre seus filhos, José, apesar de suas vicissitudes, torna-se o titular da eleição e da benção divina, que se realiza fora da lógica dos planos humanos.
A segunda parte do Gênesis propõe, portanto, um ensinamento relativo à missão do povo eleito. Este deve voltar ao seu Deus pela esperança de uma libertação futura, consoante a promessa divina, e pela fidelidade aos seus mandamentos.


***Galera, na segunda feira voltamos a ativa falando sobre o livro do Êxodo.***

Reflita

"O verdadeiro conhecimento e autêntica liberdade encontram-se em Jesus. Deixai que Jesus sempre faça parte de vossa fome de verdade e justiça, e de vosso compromisso pelo bem-estar de vossos semelhantes". - Papa João Paulo II

VÍDEO ESPECIAL

O tema do nosso vídeo de hoje é "Porque Deus permite o sofrimento de seus filhos?"



Evangelho do Dia

MARCOS 4:26-34

Naquele tempo, 26Jesus disse à multidão: “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. 27Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece.
28A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga. 29Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou”.
30E Jesus continuou: “Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo? 31O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. 32Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra”.
33Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender. 34E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo.

Hoje, Jesus fala às pessoas de uma experiência muito próxima das suas vidas: «Um homem lança a semente na terra (…); a semente germina e cresce (…). A terra produz o fruto por si mesma: primeiro aparecem as folhas, depois a espiga e, finalmente, os grãos que enchem a espiga» (Mc 4,26-28). Refere-se, com estas palavras, ao Reino de Deus, que consiste na «santidade e graça, Verdade e Vida, justiça, amor e paz» (Prefácio da Solenidade de Cristo Rei), que Jesus Cristo nos veio trazer. Este Reino tem de ser uma realidade, em primeiro lugar dentro de cada um de nós; depois, no nosso mundo.

Pelo Batismo, Jesus semeou, na alma de cada cristão, a graça, a santidade, a Verdade… Temos de fazer crescer esta semente para que frutifique em abundância de boas obras: de serviço e caridade, de amabilidade e generosidade, de sacrifício para cumprir bem o nosso dever de cada dia e para fazer felizes aqueles que nos rodeiam, de oração constante, de perdão e compreensão, de esforço para crescer em virtudes, de alegria…

Assim, este Reino de Deus – que começa dentro de cada um – se estenderá a nossa família, a nossa cidade, a nossa sociedade, ao nosso mundo. Porque quem vive assim, «que faz senão preparar o caminho do Senhor (…), a fim de que nele penetre a força da graça, que o ilumine a luz da verdade, que faça retos os caminhos que conduzem a Deus?» (São Gregório Magno).

A semente começa pequena, como «um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes. Mas, depois de semeada, cresce e se torna maior que todas as outras hortaliças» (Mc 4,31-32). Porém, a força de Deus difunde-se e cresce com um vigor surpreendente. Como nos primeiros tempos do Cristianismo, Jesus pede-nos hoje que difundamos o seu Reino por todo o mundo.

Formação

CONFISSÃO: NOSSA FORTALEZA
JESUS NOS CURA DA PARALISIA ESPIRITUAL

Todos os pormenores que envolveram a cura do paralítico (cf. Mc 2,1-12) são profundamente significativos. Aquela doença era bem o símbolo da paralisia espiritual e Jesus, com Seu poder divino, cura a moléstia do corpo e da alma. Com efeito, aquele homem saiu andando, carregando a cama em que o trouxeram até Cristo, que realizou algo ainda mais admirável ao lhe restituir a saúde da alma: “Teus pecados estão perdoados”.

Após Sua Ressurreição, Cristo, que demonstrou peremptoriamente Sua divindade, outorgaria esta faculdade aos apóstolos: “A quem perdoardes os pecados, estes lhes serão perdoados” (Jo 20,23). Era a instituição do sacramento da penitência, o sacramento da libertação. Quando alguém diz que vai se confessar não se trata de um ato qualquer como ir ao dentista ou a qualquer consultório médico, o que já indica um mal corporal, mas atitude que se torna necessária para recuperar o bem-estar físico.

Entretanto, o sacramento da reconciliação opera uma cura muito mais premente, que não admite nenhuma dilação, pois se trata do reencontro pessoal com Aquele que ama o que errou muito além de sua expectativa. Esse sacramento oferece o perdão das faltas veniais ou graves, sendo remédio espiritual que fortalece o cristão para os embates contra as investivas do maligno. Sana as falhas das eivas provenientes dos pecados capitais, sobretudo, do defeito dominante.

O sacerdote é apenas um instrumento do Redentor, pois pronuncia, em Seu nome, a fórmula da absolvição. É Jesus quem cura a paralisia espiritual e ajuda para a caminhada rumo a Jerusalém celeste, impedindo as más decisões e as indecisões diante dos ataques demoníacos.
O arrependimento sincero é uma volta medicinal aos erros passados, mas, sobretudo, uma largada para frente, para vitórias fulgurantes, obstando o cristão a desistir do mal, na prática das virtudes, na fidelidade à observância dos mandamentos, no anelo ardente de estar com Deus por toda a eternidade. Tira-se um fardo pesado e se imerge no oceano do amor infinito do Ser Supremo.

Percebe-se então que há uma diferença enorme entre o perdão dos homens e o do Criador, pois este é total. O Todo-Poderoso falou por intermédio do profeta Isaías: “Eu não me lembrarei mais dos teus pecados” (Is 43,25). Perdão completo que apaga as manchas devidas à fragilidade humana, benesse ofertada pelo grande amor do Senhor, que é a bondade infinita. Cumpre lembrar que o ato de dileção dos amigos do paralítico permitiu seu encontro com Jesus, encontro que resultou em consequências tão maravilhosas.

Este é um apostolado muito abençoado por Jesus, levar os que estão nas trevas do erro para a luz da anistia divina. Aqueles que se comprimiam ao redor do Redentor tinham uma confiança formidável n'Ele. Cristo, que lia os corações, percebia a fidúcia que neles reinava. Primeiro, foram perdoados os pecados daquele doente, depois se seguiu sua cura. Eis porque, sobretudo, por ocasião de alguma moléstia, é preciso, antes de tudo, colocar a consciência em paz, mesmo porque os medicamentos só produzirão seu efeito total quando a tranquilidade e a imperturbabilidade imperam dentro do coração. Este não deve estar bloqueado, dado que é todo processo psicossomático que necessita ser restaurado.

Os empecilhos que levam à paralisia espiritual podem vir de um passado infeliz, e tudo que esteja lá no inconsciente precisa ser aflorado, ou de um espírito rancoroso, revoltado, amargo que necessita se envolver num perdão cordial ou ainda dos muitos cuidados, ambições terrenas, paixões desregradas, situações familiares, profissionais. Numerosas são as causas que podem impedir o encontro com Jesus. Um sincero exame de consciência é a melhor de todas as terapias.

Com habilidade, diplomacia e muita caridade os bons cristãos podem, de fato, ajudar os amigos a encontrarem o Médico Divino, apostolado admirável, meritório para o dia do juízo final. Adite-se ser de um valor imenso as preces pela conversão dos pecadores. Jesus deseja perdoar a todos, mas respeita a liberdade de nos aproximarmos d'Ele ou não, e conta com o interesse dos verdadeiros cristãos que levem outros até Ele.

Representante de Cristo, o padre no confessionário exerce um tríplice papel. Ele é Juiz e, na verdade quantos, às vezes, pensam estar numa triste situação espiritual e, no entanto, necessitam apenas de pequenos ajustamentos vivenciais. Médico, ele cura enfermidades da alma. Nem sempre o mesmo remédio pode ser aplicado a idêntico tipo de doença, sendo morte para um o que é saúde para o outro. É o que se dá também na esfera espiritual: o confessor, habilmente, diagnostica o que se passa com quem o procura em busca de paz interior, oferecendo-lhe o medicamento adequado. Mestre, ele guia e aponta as veredas salvíficas; tudo isso em nome de Jesus, que tem poder de perdoar pecados.
(Texto do Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho - Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos)

Santo do Dia

Santa Ângela de Mérici
Ângela Mérici nasceu em 1470, na cidade de Desenzano, no norte da Itália. O período histórico era o do Renascimento e da Reforma da Igreja, provocada pela doutrina luterana. Os pais eram camponeses pobres e muito religiosos. E desde pequena, ela teve seu coração inclinado pela vida religiosa, preferindo a leitura da vida dos Santos.

De fato, sua provação começou muito cedo, na infância, quando ficou órfã de pai. Logo em seguida perdeu a mãe e a irmãzinha, com quem se identificava muito. Assim, ela foi viver na casa de um tio, que a havia adotado, mas que também veio a falecer. Voltou à terra natal. Depois de passar dias e dias chorando, com apenas treze anos, pediu para ingressar num convento, entrando para a Ordem Terceira de São Francisco de Assis.

Ângela tinha apenas o curso primário e chegou a ser "conselheira" de governadores, bispos, doutores e sacerdotes. Os seus sofrimentos, sua entrega à Deus e a vida meditativa de penitência lhe trouxeram, através do Espírito Santo, o dom do conselho, que consiste em saber ponderar as soluções adequadas para todas as situação da vida.

Ela também, percebeu que naquele momento histórico, as meninas não tinham quem as educassem e livrassem dos perigos morais, e que as novas teorias levavam as pessoas a querer organizar a vida como se Deus não existisse. Para lutar contra o paganismo, era preciso restaurar a célula familiar. Inspirada pela Virgem Maria, fundou a Comunidade das irmãs Ursulinas, em homenagem a santa Úrsula, a mártir do século IV, que dirigia o grupo das moças virgens, que morreram por defender sua religião e sua castidade.

Ângela acabou se tornando a portadora de uma mensagem inovadora para sua época. Organizou um grupo de vinte e oito moças, para ensinar catecismo em cada bairro e vila da região. As "Ursulinas" tinham como finalidade a formação das futuras mães, segundo os dogmas cristãos. Ângela teve uma concepção bastante revolucionária para sua época, quando se dizia que uma sólida educação cristã para as moças só seria possível dentro das grades de uma clausura.

Decidiu que era a hora de fazer a comunidade se tornar uma Congregação religiosa.Consta, pela tradição, que antes de ir à Roma para dar início a esse projeto, quis fazer uma peregrinação em Jerusalém. Assim que chegou, ficou cega. Visitou os Lugares Sagrados e os viu com o espírito, não com os olhos. Só recobrou a visão, na volta, quando parou numa pequena cidade onde existia um crucifixo milagroso, foi até ele, rezou e se curou. Anos depois, foi recebida pelo papa Clemente VII, durante o Jubileu de 1525, que deu início ao processo de fundação da Congregação, que ela desejava.

Ângela a implantou na Bréscia, dez anos depois, quando saiu a aprovação definitiva. E alí, a fundadora morreu aos setenta e cinco anos, em 27 de janeiro de 1540 e foi canonizada, em 1807. Santa Ângela de Mérici, atualmente, recebe as homenagens no dia de sua morte.

quinta-feira, janeiro 26, 2012

Reflita

"A Cruz Sagrada seja minha luz, não seja o dragão meu guia não, seja Jesus, seja expulso inimigo de meu Deus, bebe tu mesmo os venenos teus, não me ofereces coisas vãs não não é mal que me ofereces, desaparece.
Então vem Senhor Jesus, vem com tua Cruz, Salvador seja minha luz, então vem Senhor Jesus, luta em meu lugar, Redentor vem me libertar". Música "A Cruz Sagrada" - Anjos de Resgate.

Bíblia Sagrada

Hoje falaremos sobre o "Pentateuco"

Chama-se Pentateuco a coleção de cinco livros que formam por assim dizer o cerne da Bíblia. Os antigos judeus deram-lhe o nome de Torá(que significa Instrução, a Lei) porque em sua parte principal esses livros continham textos legislativos inseridos numa moldura histórica.

Os cinco livros do Pentateuco são: o Gênesis (livros das origens), o Êxodo (cujo assunto principal é a saída do Egito), o Levítico (coleção de prescrições rituais relativas ao culto público e privado), os Números (narrações da permanência dos hebreus no deserto), e o Deuteronômio (coleção de discursos e de exortações a fidelidade para com Deus pela observância de seus mandamentos).

Antiquíssima tradição considera Moisés como o autor do Pentateuco, sem afirmar, entretanto, que ele o tenha composto inteiramente. No estado atual da ciência Bíblica, admite-se comumente que o fundo antigo de origem mosaica recebeu no decurso dos séculos da história dos hebreus diversos acréscimos e modificações, particularmente nos textos do Levítico e do Deuteronômio.


***Amanhã falaremos sobre o livros dos Gênesis.***

Dicas da Semana

MÚSICAS
FREI RINALDO
Vem Senhor - http://www.youtube.com/watch?v=K49fqioe--U&feature=player_embedded
Dia de Festa - http://www.youtube.com/watch?v=QnM5TdO7L5M&feature=player_embedded

Ir. KELLY PATRICIA
Busco a tua Voz - http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=rZ6x3urNHa8
Tentação - http://www.youtube.com/watch?v=ooZCVYddmHc&feature=player_embedded

LÉO MANTOVANI
Glória a Deus - http://www.youtube.com/watch?v=eyWT-vi2Xsc&feature=player_embedded
Brisa Suave - http://www.youtube.com/watch?v=oqRGxlAhf1k&feature=player_embedded

RICARDO SÁ
Não me Deixe - http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=y0eEkbV5j5s
Em seus Olhos - http://www.youtube.com/watch?v=wB2LieG4SpM&feature=player_embedded

TONY ALLYSSON
Filho de Davi - http://www.youtube.com/watch?v=m9aVEwTjPYM&feature=player_embedded
Poderoso Deus - http://www.youtube.com/watch?v=WoTPrB1LY40&feature=player_embedded#!


LIVROS

  • A HERANÇA DE CRISTO - VICTORIANO GIMENES
Contos e Parábolas
Diariamente nos deparamos com uma infinidade de caminhos a serem seguido: uns mais curtos, outros mais extensos, com obstáculos ou livres.

Porém, apenas um deles nos levará a Jesus.

Em cada página você encontrará uma mensagem, uma situação presente na sua vida, e no final descobrirá que somente seguindo os ensinamentos deixados por Cristo conseguirá trilhas o caminho certo, seja ele tortuoso ou não.
  • A GRANDE BARREIRA - ARNALDO HAAS
Trazemos para você um novo livro em duas partes. O assunto é premente e de importância capital nestes tempos de batalha do fim. Nós iremos mostrar para você a verdadeira face dos lobos do espritismo, para que você tenha, de uma vez por todas a certeza de que tudo o quem vem dele, vem do demônio. De Deus e do Céu é que não vem! O Céu nada tem a ver com os espíritas!

A Gandre Barreira:
Afastar os homens do seus Deus e criador...
Fazê-los perderem suas almas...
Eis o abominável objetivo do espiritismo!
Obra prima de satã! Solerte e enganadora!
Sua queda fragorosa não tarda!
Nema falha!

A todos os Católicos:
Se você algum dia. impensadamente...
Entrou num centro espirita, ou terreiro...
Se você recebeu ali alguma "passe"...
Se você fez ali alguma "cirurgia"...
Se você pensa que ali recebeu uma "cura"...
Acredite:
Você pode estar sob...
A proteção de um demônio!
Que está montado em você!
Dúvida?
Leia este livro e entenderá!

Aos que praticam o Espiritismo:
Nosso perdão antecipado!
Nossas palavras não são contra pessoas!
São contra uma doutrina!...
Que mata as almas!

Evangelho do Dia

LUCAS 10:1-9

Naquele tempo, 1o Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. 2E dizia-lhes: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita. 3Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos. 4Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias, e não cumprimenteis ninguém pelo caminho! 5Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’ 6Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; se não, ela voltará para vós. 7Permanecei naquela mesma casa, comei e bebei do que tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Não passeis de casa em casa. 8Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, 9curai os doentes que nela houver e dizei ao povo: ‘O Reino de Deus está próximo de vós’”. 

Formação

PERSEVERAR É PRECISO
Os homens que fizeram história não desistiram no meio do caminho.

Quando o assunto é perseverança, lembro-me de algumas lições que aprendi quando ainda era criança. Como morava em sítio distante da cidade, costumava caminhar muito e era normal fazer até viagens mais longas a pé. Por isso, era preciso sair de casa bem cedo para evitar o sol forte durante a caminhada. Recordo-me, por exemplo, de quando iámos em família visitar minha avó.
Tudo era festa, eu e minhas irmãs, também crianças, vivíamos com expectativa a preparação para essa viagem que tinha sempre data marcada com antecedência. Junto com a nossa mãe, pensávamos em tudo, inclusive nas coisas gostosas que iríamos comer, nos primos que nos esperavam para brincarmos juntos, etc.

Ainda sinto o cheiro do orvalho daquelas manhãs de verão, os primeiros raios do sol nos enchiam de força e alegria para começar a viagem. Mas o interessante é que a empolgação, que trazíamos no início do trajeto, aos poucos ia se desvanecendo e logo começavam a aparecer os primeiros sinais de desânimo. Lembro-me de que nos segurávamos ao máximo para não começar a reclamar do cansaço, mas, quando uma falava, as outras seguiam suas queixas que, em geral, eram relacionadas à distância, à demora e a tantas outras justificativas que apresentávamos como razão para desistirmos da viagem. Nessas horas minha mãe, com sua simplicidade e pedagogia própria da maternidade, nos dava lições de perseverança.
Geralmente nos sugeria uma pausa na qual nos alimentava, nos dava água e nos motivava, fazendo-nos lembrar que nossa avó já estava diante da porta da casa à nossa espera, que ela tinha feito várias coisas para nós. Dessa forma, ela nos ajudava a perceber que, afinal, já não estávamos assim tão distantes, pois já havíamos caminhado até ali. Regressar seria também cansativo e não nos traria felicidade. As palavras dela eram como injeção de ânimo para nós. Recomeçávamos a viagem animadas e, quase sem perceber, íamos nos apoiando na esperança que acabara de ser semeada em nossos corações.

Nestes dias, em meio às lutas próprias da missão, tenho pedido a Deus a graça da perseverança e Ele me fez lembrar das lições de minha mãe, além de acrescentar algumas outras... Perseverar é preciso, principalmente na vida cristã!

Já é de nosso conhecimento que o fracasso na vida de muitas pessoas deve-se ao fato de começarem seus projetos e não os terminarem, ou seja: falta de perseverança. Os homens que fizeram história e realizaram sonhos são os que não se renderam ao desânimo no meio do caminho, mas seguiram até o fim, mesmo cansados. Podemos recorder, por exemplo, Thomas Edson, que, segundo a história, tornou-se, depois de inúmeras tentativas fracassadas, o criador da lâmpada elétrica para o bem da humanidade. Outro exemplo bem próximo de nós é o do monsenhor Jonas Abib, quantas vezes ele sofreu o peso da responsabidade e até mesmo foi aconselhado a parar com relação à fundação da Canção Nova. Já pensou se ele não tivesse perseverado? E não faltam exemplos de perseverantes vencedores; que diga o testemunho dos santos.

É certo que nossa vida é uma viagem passageira por este mundo e o destino é a Casa, não da avó, mas do Pai Eterno, que desde sempre nos ama e está à nossa espera. Por isso é preciso nos conservar firmes e constantes nos propósitos que nos conduzem aos ideais; e no caso da vida cristã: que nos conduzem à vontade de Deus.

O cansaço, às vezes, nos assola, o “sol forte” dos acontecimentos pode nos tirar as forças. Muitas vezes, precisamos até parar um pouco para nos recompor e reencontrar as inspirações iniciais para que possamos seguir em frente, mas sem voltar atrás. Como explicava minha mãe: desistir também tem seu preço e não nos traz felicidade.
Que hoje seja um dia de retomada em nossa caminhada em todos os aspectos de nossa vida! A Palavra do Senhor, que partilho com você neste sentido, é um conselho do apóstolo Paulo para a comunidade de Coríntios:

"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão" (I Cor 15, 58).
(Texto de Djanira Silva)

Santo do Dia

Santo Tito
Tito veio do mundo pagão e Timóteo veio do mundo judeu. Trabalharam com o apóstolo Paulo, que os liderou sem lhes tirar o brilho. E deu à eles "a gloria de uma perene lembrança", como disse Eusébio de Cesarea no primeiro milênio, e será ainda assim nos outros que se seguirão: toda a Igreja os veneram juntos. Mas suas trajetórias foram tão distintas, que são relatadas em páginas individuais.

As únicas informações concretas nos são dadas pelas cartas do apóstolo Paulo. Tito era grego e pagão. Ainda jovem se converteu ao cristianismo e se tornou companheiro e inestimável colaborador do apóstolo. Quando Paulo disse a Tito: "Isto deves ensinar, recomendar e reprovar com toda autoridade", fez surgir um outro grande evangelizador, que permaneceu trabalhando ao seu lado.

Encarregado pelo apóstolo para executar importantes missões, foi uma vez a Jerusalém para entregar a importância duma coleta em favor dos cristãos pobres. . "Meu companheiro e colaborador" como escreveu o apóstolo na segunda carta aos Corintos. Companheiro dos momentos importantes, como a famosa reunião do concílio de Jerusalém, que tratou da necessidade de renovação e diversificação dos ritos devido a evangelização no mundo pagão. Tito, porém, foi também um mediador persuasivo, e entusiasmou Paulo resolvendo uma grave crise entre ele e os Corintos.

Entre os anos 64 e 65, tendo sido libertado da prisão romana o apóstolo Paulo foi com ele para a ilha de Creta, onde fundou uma comunidade cristã, que confiou à Tito. Mais tarde, visitou a Paulo em Nicópolis. Voltou novamente à Ilha de Creta, onde recebeu uma carta do próprio mestre, Paulo, que figura entre os livros sagrados. Depois, retornou à Roma para se avistar com o apóstolo que o mandou provavelmente evangelizar a Dalmácia, onde seu culto ainda hoje é intenso.

Segundo a tradição mais antiga, Tito permaneceu como bispo de Creta até sua morte, que ocorreu em idade avançada, por causa natural e não por martírio. Ele teria conservado a virgindade até a morte. São Paulo o chama repetidamente "meu companheiro e colaborador", e na segunda carta aos Corintos, num momento de especial amargura, diz: "Deus me consolou com a chegada de Tito".

As três cartas escritas pelo apóstolo Paulo a estes dois discípulos têm alto valor, pelo conteúdo exclusivamente pastoral, de tal modo que podem ser consideradas como primeiro guia pastoral dos bispos de todos os tempos.



Obs:Hoje a Igreja também celebra o dia de São Timóteo e Santa Paula Romana.

quarta-feira, janeiro 25, 2012

24 anos de Monte Tabor

Reflita

"Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho". Carta de São Paulo aos Filipenses 1:21

Bíblia Sagrada

O nosso tema de hoje é o Conteudo da Bíblia.

Os livros da Bíblia apresentam um conteúdo de extraordinária variedade. Acham-se aí por exemplo:

•    Fragmentos de epopeia
•    Narrações propriamente históricas
•    Listas genealógicas
•    Narrações episódicas ou romanceadas
•    Oráculos proféticos e sermões
•    Textos legislativos
•    Poemas e Orações
•    Ensaios filosóficos
•    Um canto de amor
•    Cartas

Todos esses documentos são testemunhos da evolução da Religião do verdadeiro Deus ao longo da história do povo Hebreu.

Diante de tamanha diversidade de assuntos, mormente se não perdemos de vista a redação desses mesmos documentos, que se estende por um período de cerca de mil anos, facilmente se pode compreender que eles não podem ser lidos e interpretados uniformemente. Os antigos hebreus não escreviam como os nossos historiadores modernos. Os onze primeiros capítulos do Gênesis, por exemplo, não foram escritos como um curso sobre a origem da humanidade, muito menos ainda como tantas lições de astronomia ou de história natural. Esses capítulos “relatam numa linguagem simples e figurada, adaptada às inteligências de uma humanidade pouco desenvolvida, as verdades fundamentais necessárias ao conhecimento da mensagem da salvação, bem como a descrição popular das origens do gênero humano e do povo eleito” (Carta do secretário da Comissão Bíblica ao Cardeal Suhard).

Todos sabem que um poeta não escreve como um cientista e que toma muitas liberdades de linguagem (imagens, comparações, amplificações), as quais um historiador atual não se permitiria. Ninguém ignora igualmente que as tradições populares, em geral imprecisas, sempre embelezaram os heróis e ensombrearam os inimigos. Esse processo literário encontra-se nos mais antigos textos da Bíblia. Sabe-se como a mentalidade popular gosta de fixar em cantos a lembrança dos seus heróis, desses cantos a Bíblia nos conserva numerosos exemplos, como o hino sobre a vitória de Josué.

Por fim é em notório como a parábola, a comparação, a anedota, a própria fábula são sugestivas e apropriadas para ajudar a compreensão de verdades profundas ou abstratas. Os autores inspirados não desdenharam utilizar-se desses processos. (Por exemplo, na história do patriarca Jó, na e Jonas, de Tobias, de Judite, de Ester), dessa forma, procuraram inculcar mais facilmente no espírito do leitor um ensinamento de caráter religioso.

 
Amanhã aprenderemos sobre o Pentateuco.
Deus abençoe!!!!

VÍDEO ESPECIAL

O tema do nosso vídeo de hoje é "Confissão Comunitária".



Evangelho do Dia

MARCOS 16:15-18

Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos, 15e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”. 

Hoje, a Igreja celebra a festa da Conversão de São Paulo, apóstolo. O breve fragmento do Evangelho segundo São Marcos resume uma parte do discurso sobre a missão que confere o Senhor ressuscitado. Com a exortação de predicar por todo o mundo vai unida a tese de que a fé e o batismo são requisitos necessários para a salvação: «Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado» (Mc 16,16). Além disso, Cristo garante que aos predicadores lhes será dada a faculdade de fazer prodígios ou milagres que irão apoiar e confirmar sua predicação missionária (cf. Mc 16,17-18). A missão é grande —«Ide por todo o mundo»—, mas não faltará o acompanhamento do Senhor: «Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo» (Mt 28,20).

A oração coleta de hoje, própria da festa, nos diz: «Oh Deus, que com a predicação do Apóstolo São Paulo levaste a todos os povos ao conhecimento da verdade, concede-nos, ao celebrar hoje sua conversão, que, seguindo seu exemplo, caminhemos a Ti como testemunha de tua verdade». Uma verdade que Deus nos tem concedido conhecer e que tantas e tantas almas desejariam possuir: temos a responsabilidade de transmitir até onde possamos este maravilhoso patrimônio.

A Conversão de São Paulo é um grande acontecimento: ele passa de perseguidor a convertido, isto é, a servidor e defensor da causa de Cristo. Muitas vezes talvez, também nós mesmos nos fazemos de “perseguidores”: como São Paulo, devemos nos converter de “perseguidores” a servidores e defensores de Jesus Cristo.

Com Santa Maria, reconhecemos que o Altíssimo também tem prestado atenção em nós e nos tem escolhido para participar na missão sacerdotal e redentora de seu Filho divino: Regina apostolorum, Rainha dos apóstolos, rogai por nós!; fazei-nos valentes para dar testemunho de nossa fé cristã no mundo que devemos viver.

Formação

O AMOR TEM SEU TEMPO
Sonhos são muito bonitos nas novelas; na vida real, os caminhos não são prontos.

A urgência dos nossos dias nos faz pensar exatamente na urgência do amor. Quando o sentimento se faz presente entre duas pessoas é muito comum a necessidade imediata de dizer: “Eu te amo”.  Algumas pessoas dizem: “Que loucura! Isso não é amor”; outras afirmam: “Pra que esperar, eu amo e digo!”.

Avaliar nossos sentimentos e todas as implicações que ele envolve também nos faz pensar que os caminhos para o amor nunca são ou estão prontos, mas certamente, passam por nossa maturidade.
A maturidade biológica nem sempre está relacionada à maturidade psicológica. As expectativas dos pais nem sempre serão concretizadas nos desejos dos filhos. Da mesma forma, o que foi vivido no passado nem sempre será válido para as experiências atuais.

Os gregos diziam que amor é “uma questão de despertar para a vida” e, com isso, nem todos despertam ao mesmo tempo, nem esperam as mesmas coisas ou se satisfazem com as mesmas coisas.
Quando se acelera o processo do amor, muitas vezes, se “mata” esse sentimento. É por isso que as pessoas não podem se casar porque os pais delas se admiram, porque as famílias se dão bem ou porque o (a) namorado (a) tem ou não tem um status, ou um tipo de estudo.

Amor requer tempo, conhecimento, – reconhecimento do que gosto ou não –, das minhas limitações e da limitação do outro.
Amor é como uma construção: escolhe-se o terreno, as fundações e a base para que a obra seja realizada, os tijolos vão sendo colocados um a um, até que a casa seja coberta e todo o acabamento interior seja feito. Depois virão os jardins, os detalhes, os cuidados.

E é por isso que o amor não pode ser urgente: uma casa feita às pressas, com material de qualidade inferior, tende a cair antes do tempo. Imaginem se os tijolos desta casa, que é o amor,  forem assentados com areia e água?

Sonhos são muito bonitos nas novelas, mas, na vida real, os caminhos não são prontos. Os caminhos de um casal se fazem pela descoberta das alegrias e das tristezas que os dois podem viver. Estes se fazem ainda pela capacidade de reconhecer no outro aquele que me faz feliz, mas não apenas a única pessoa do mundo que me faz feliz, mas que me completa em parte da vida, que é muito mais do que apenas uma pessoa ou um único motivo.

“Quem quer o amor precisa dar tudo o que tem para possuí-lo (Mt 13,44)” e é por isso que o amor exige dedicação e decisão.
Se você ainda não está pronto para isso, pense se não é tempo de se autoconhecer para conviver com o amor, mas também não espere que esteja 100% pronto para vivê-lo, pois a perfeição não existe, ainda mais quando falamos de seres humanos.

E lembre-se: para tudo existe um tempo: amor, afetividade, sexualidade, cada um deve e precisa acordar em seu tempo, até mesmo para que as experiências fora do tempo e erradas não se tornem marcas negativas no futuro.
(Texto de Elaine Ribeiro)

Conversão de São Paulo

Conversão de São Paulo
O martírio de São Paulo é celebrado junto com o de São Pedro, em 29 de junho, mas sua conversão tem tanta importância para a história da Igreja que merece uma data à parte. Neste dia, no ano 1554, deu-se também a fundação da que seria a maior cidade do Brasil, São Paulo, que ganhou seu nome em homenagem a tão importante acontecimento.

Saulo, seu nome original, nasceu no ano 10 na cidade de Tarso, na Cilícia, atual Turquia. À época era um pólo de desenvolvimento financeiro e comercial, um populoso centro de cultura e diversões mundanas, pouco comum nas províncias romanas do Oriente. Seu pai Eliasar era fariseu e judeu descendente da tribo de Benjamim, e, também, um homem forte, instruído, tecelão, comerciante e legionário do imperador Augusto. Pelo mérito de seus serviços recebeu o título de Cidadão Romano, que por tradição era legado aos filhos. Sua mãe uma dona de casa muito ocupada com a formação e educação do filho.

Portanto, Saulo era um cidadão romano, fariseu de linhagem nobre, bem situado financeiramente, religioso, inteligente, estudioso e culto. Aos quinze anos foi para Jerusalém dar continuidade aos estudos de latim, grego e hebraico, na conhecida Escola de Gamaliel, onde recebia séria educação religiosa fundamentada na doutrina dos fariseus, pois seus pais o queriam um grande Rabi, no futuro.

Parece que era mesmo esse o anseio daquele jovem baixo, magro, de nariz aquilino, feições morenas de olhos negros, vivos e expressivos. Saulo já nessa idade se destacava pela oratória fluente e cativante marcada pela voz forte e agradável, ganhando as atenções dos colegas e não passando despercebido ao exigente professor Gamaliel.

Saulo era totalmente contrário ao cristianismo, combatia-o ferozmente, por isso tinha muitos adversários. Foi com ele que Estêvão travou acirrado debate no templo judeu, chamado Sinédrio. Ele tanto clamou contra Estevão que este acabou apedrejado e morto, iniciando-se então uma incansável perseguição aos cristãos, com Saulo à frente com total apoio dos sacerdotes do Sinédrio.

Um dia, às portas da cidade de Damasco, uma luz, descrita nas Sagradas Escrituras como "mais forte e mais brilhante que a luz do Sol", desceu dos céus, assustando o cavalo e lançando ao chão Saulo , ao mesmo tempo em que ouviu a voz de Jesus pedindo para que parasse de persegui-Lo e aos seus e, ao contrário, se juntasse aos apóstolos que pregavam as revelações de Sua vinda à Terra. Os acompanhantes que também tudo ouviram, mas não viram quem falava, quando a luz desapareceu ajudaram Saulo a levantar pois não conseguia mais enxergar. Saulo foi levado pela mão até a cidade de Damasco, onde recebeu outra "visita" de Jesus que lhe disse que nessa cidade deveria ficar alguns dias pois receberia uma revelação importante. A experiência o transformou profundamente e ele permaneceu em Damasco por três dias sem enxergar, e à seu pedido também sem comer e sem beber.

Depois Saulo teve uma visão com Ananias, um velho e respeitado cristão da cidade, na qual ele o curava. Enquanto no mesmo instante Ananias tinha a mesma visão em sua casa. Compreendendo sua missão, o velho cristão foi ao seu encontro colocando as mãos sobre sua cabeça fez Saulo voltar a enxergar, curando-o. A conversão se deu no mesmo instante pois ele pediu para ser Batizado por Ananias. De Damasco saiu a pregar a palavra de Deus, já com o nome de Paulo, como lhe ordenara Jesus, tornando-se Seu grande apóstolo.

Sua conversão chamou a atenção de vários círculos de cidadãos importantes e Paulo passou a viajar pelo mundo, evangelizando e realizando centenas de conversões. Perseguido incansavelmente, foi preso várias vezes e sofreu muito, sendo martirizado no ano 67, em Roma. Suas relíquias se encontram na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, na Itália, festejada no dia de sua consagração em 18 de novembro.

O Senhor fez de Paulo seu grande apóstolo, o apóstolo dos gentios, isto é, o evangelizador dos pagãos. Ele escreveu 14 cartas, expondo a mensagem de Jesus, que se transformaram numa verdadeira "Teologia do Novo Testamento". Também é o patrono das Congregações Paulinas que continuam a sua obra de apóstolo, levando a mensagem do Cristianismo a todas as partes do mundo, através dos meios de comunicação.

terça-feira, janeiro 24, 2012

Reflita

Mesmo que eu quisesse negar
Ainda que tentasse esconder
O seu amor, Senhor
Se fez real em mim
Não quero e nem posso isso mudar
Nao esqueço o que fez por mim
Entregando sua vida em meu lugar
Nunca ninguem, Senhor
Me amou de modo assim
Eu descobri ao seu lado é meu lugar

É por isso que não calo a minha voz
É por isso que eu canto essa canção
E te faço aqui juras de amor

Pois, bem antes conquistou meu coração
Música "Real em Mim" - Rosa de Saron.

Bíblia Sagrada

Bom galera, hoje vamos continuar o nosso estudo sobre a Bíblia, e o tema de hoje é a Divisão da Sagrada Escritura


A Bíblia se divide em suas grandes partes, chamadas respectivamente Antigo e Novo Testamento. O Termo Testamento substitui atualmente um antigo termo grego que significa Pacto ou aliança. Com efeito, em toda a Bíblia, trata-se da aliança feita por Deus com os homens, primeiramente por intermédio de Moisés, e em seguida pelo ministério de Jesus Cristo.

É importante lembrar como foi feita cada uma dessas coleções. A cada coleção dos livros do Antigo Testamento originou-se no seio da comunidade dos judeus que a foram ajuntando no decorrem de sua história. Dividiram-na em três partes?
1.    A Lei (Torá), que contém cinco livros (chamado mais tarde de O Pentateuco, que significa os cinco volumes), forma o núcleo fundamental da Bíblia. São eles: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

2.    Os Profetas
. Os judeus abrangiam sob esse título não somente os livros que hoje são denominados  Profetas, mas também a maioria dos escritos que hoje costumamos chamar de Livros Históricos.

3.    Os Escritos.
Os judeus designavam por esse nome os seguintes Livros: Salmos, Provérbios, Jó, Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel, Esdras, Neemias e as Crônicas.
 É essa a divisão que se refere o Divino Mestre quando mais de uma vez falou da “Lei e os Profetas” (Mt 22-40).

Essa coleção já estava terminada no segundo século antes de nossa era.
Nessa mesma época os judeus já estavam, em parte, dispersos pelo mundo. Uma importante colônia judaica vivia então no Egito, em Alexandria, onde se falava muito a língua grega. A Bíblia foi então traduzida para o Grego. Alguns escritos recentes foram-lhe acrescentados sem que os judeus de Jerusalém os reconhecessem como inspirados. São os seguintes livros: Tobias e Judite, alguns suplementos dos livros de Daniel e de Ester, os livros da Sabedoria e do Eclesiástico, Baruc e a carta de Jeremias, que se lê hoje no último capítulo de Baruc. A Igreja Cristã admitiu-os como inspirados da mesma forma que os outros livros.

No tempo da Reforma, os protestantes, depois de terem hesitado por algum tempo, decidiram não mais admiti-los nas suas Bíblias, pelo simples fato de não fazerem parte da Bíblia Hebraica primitiva. Daí a diferença que há ainda hoje entre as edições protestantes e as edições Católicas da Bíblia. Quanto ao Novo Testamento não há diferença alguma.

A Bíblia Católica divide os 46 livros do Antigo Testamento do seguinte modo:
1.    O Pentateuco (isto é, a Lei).

2.    Os livros Históricos: Josué, Juízes, Rute, os dois livros de Samuel, os dois livros dos Reis, os dois livros da Crônicas, os livros de Esdras e Neemias, Tobias, Judite, Ester e os dois de Macabeus.

3.    Os livros Sapienciais: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria e Eclesiástico.

4.    Os livros Proféticos: Isaías, Jeremias, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
A Coleção dos livros do Novo Testamento começou a formar-se na segunda metade do primeiro século de nossa era.

Seus 27 livros são assim atribuídos:

1.    Cinco livros Históricos: Os Evangelhos, Mateus, Marcos, Lucas e João e o livro dos Atos dos Apóstolos.

2.    21 Cartas dos Apóstolos:
São Paulo escreveu 14 (Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Colossenses, I e II Tessalonicenses, Tito, Efésios, I e II Timóteo, Filipenses, Hebreus, Filêmon). As outras são: I de São Tiago, I e II de Pedro, I de Judas, I, II e III de João.

3.    Um livro Profético:
O Apocalipse, escrito por São João.

As duas coleções que formam a Bíblia foram sendo traduzidas do grego para o latim desde o início do segundo século da nossa era. Mas a tradução latina mais divulgada é a que fez São Jerônimo à base dos textos originais hebraico e grego, no fim do quarto século, denominada “Vulgata” (Vulgarizada).






Por hoje é isso galera, amanhã falaremos sobre o conteúdo da Bíblia.
Deus abençoe!!!

VÍDEO ESPECIAL

O tema do nosso vídeo de hoje é "Como saber se um fato pertence a tradição".



Evangelho do Dia

MARCOS 3:31-35

Naquele tempo, 31chegaram a mãe de Jesus e seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. 32Havia uma multidão sentada ao redor dele. Então lhe disseram: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura”. 33Ele respondeu: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 34E olhando para os que estavam sentados ao seu redor, disse: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos. 35Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. 


Hoje contemplamos Jesus, numa cena muito especial e, também, comprometedora, ao seu redor havia uma multidão de pessoas do povoado. Os familiares mais próximos de Jesus chegaram desde Nazaré a Cafarnaum. Mas, quando viram tanta quantidade de gente, permaneceram do lado de fora e mandaram chamá-lo. Disseram-lhe: «Tua mãe e teus irmãos e irmãs estão lá fora e te procuram» (Mc 3,32).

Na resposta de Jesus, como veremos, não há nenhum motivo para rechaçar os seus familiares. Jesus tinha se afastado deles para seguir o chamado divino e mostra agora que também internamente renunciou a eles: não por frialdade de sentimentos ou por menosprezo dos vínculos familiares, senão porque pertence completamente a Deus Pai. Jesus Cristo fez Ele mesmo, pessoalmente, aquilo que justamente pede aos seus discípulos.

Em vez da sua família da terra, Jesus escolheu uma família espiritual. Passando um olhar sobre os que estavam sentados ao seu redor, disse-lhes: «Eis minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe». (Mc 3, 34-35). São Marcos, em outros lugares do seu Evangelho, refere outro dos olhares de Jesus ao seu redor.

Será que Jesus quer nos dizer que só são seus parentes os que escutam com atenção sua palavra? Não! Não são seus parentes aqueles que escutam sua palavra, senão aqueles que escutam e cumprem a vontade de Deus: esses são seu irmão, sua irmã, sua mãe.

Jesus faz uma exortação a aqueles que estão ali sentados a entrar em comunhão com Ele através do cumprimento da vontade divina. Mas, vemos, também, na suas palavras uma louvação a sua mãe, Maria, a sempre bem-aventurada por ter acreditado.

Formação

HÓSTIA: O QUE A PALAVRA LHE SUGERE?
Os Cristão adotaram a palavra hóstia, para referir-se ao cordeiro.

Certa vez, pensando sobre o "Sacramento da Caridade", me fiz a seguinte pergunta: Por que será que costumamos associar "eucaristia" com "hóstia".

Fala-se em adorar a hóstia, ajoelhar-se diante da hóstia, levar a hóstia em procissão (na festa de Corpus Christi), guardar a hóstia... Uma criança chegou certa vez para a catequista e perguntou: "Tia, quanto tempo falta para eu tomar a hóstia?" (Referia-se à primeira comunhão).

Tive então a idéia de ir atrás da origem da palavra "hóstia". Corri para um dicionário (aliás, vários), e me dei conta que esta palavra vem do latim. Descobri que, em latim, "hóstia" é praticamente sinônimo de "vítima". Ao animal sacrificado em honra dos deuses, à vítima oferecida em sacrifício à divindade, os romanos (que falavam latim) chamavam de "hóstia". Ao soldado tombado na guerra vítima da agressão inimiga, defendendo o imperador e a pátria, chamavam de "hóstia". Ligada à palavra "hóstia" está a palavra latina "hóstis", que significa: "o inimigo". Daí vem a palavra "hostil" (agressivo, ameaçador, inimigo), "hostilizar" (agredir, provocar, ameaçar). E a vítima fatal de uma agressão, por conseguinte, é uma "hóstia".

Então, aconteceu o seguinte: O cristianismo, ao entrar em contato com a cultura latina, agregou no seu linguajar teológico e litúrgico a palavra "hóstia", exatamente para referir-se à maior "vítima" fatal da agressão humana: Cristo morto e ressuscitado.

Os cristãos adotaram a palavra "hóstia" para referir-se ao Cordeiro imolado (vitimado) e, ao mesmo tempo ressuscitado, presente no memorial eucarístico.

A palavra "hóstia" passa, pois, a significar a realidade que Cristo mesmo mostrou naquela ceia derradeira: "Isto é o meu corpo entregue... o meu sangue derramado". O pão consagrado, portanto, é uma "hóstia", aliás, a "hóstia" verdadeira, isto é, o próprio Corpo do ressuscitado, uma vez mortalmente agredido pela maldade humana, e agora vivo entre nós feito pão e vinho, entregue para ser comida e bebida: Tomai e comei..., tomai e bebei...

Infelizmente, com o correr dos tempos, perdeu-se muito este sentido profundamente teológico e espiritual que assumiu a palavra "hóstia" na liturgia do cristianismo romano primitivo, e se fixou quase que só na materialidade da "partícula circular de massa de pão ázimo que é consagrada na missa". A tal ponto de acabamos por chamar de "hóstia" até mesmo as partículas ainda não consagradas!

Hoje, quando falo em "hóstia", penso na "vítima pascal", penso na morte de Cristo e sua ressurreição, penso no mistério pascal. Hóstia para mim é isto: a morte do Senhor e sua ressurreição, sua total entrega por nós, presente no pão e no vinho consagrados. Por isso que, após a invocação do Espírito Santo sobre o pão e o vinho e a narração da última ceia do Senhor, na missa, toda a assembléia canta: "Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus".

Diante desta "hóstia", isto é, diante deste mistério, a gente se inclina em profunda reverência, se ajoelha e mergulha em profunda contemplação, assumindo o compromisso de ser também assim: corpo oferecido "como hóstia viva, santa, agradável a Deus" (Rm 12,1). Adorar a "hóstia" significa render-se ao seu mistério para vivê-lo no dia-a-dia. E comungar a "hóstia" significa assimilar o seu mistério na totalidade do nosso ser para se tornar o que Cristo é: entrega de si a serviço dos irmãos, hóstia.

E agora entendo melhor quando o Concílio Vaticano II, ao exortar para a participação consciente, piedosa e ativa no "sacrossanto mistério da eucaristia", completa: "E aprendam a oferecer-se a si próprios (grifo nosso) oferecendo a hóstia imaculada, não só pelas mãos do sacerdote, mas também juntamente com ele e, assim, tendo a Cristo como Mediador, dia a dia se aperfeiçoem na união com Deus e entre si, para que, finalmente, Deus seja tudo em todos" (SC 48).
(Texto de Frei José Ariovaldo da Silva - Mestre em Sagrada Liturgia, prof. Inst Teológico Petrópolis)

Santo do Dia

Santo Francisco de Sales
Francisco de Sales, primogênito dos treze filhos dos Barões de Boisy, nasceu no castelo de Sales, na Sabóia, em 21 de agosto de 1567. A família devota de São Francisco de Assis, escolheu esse para ele, que posteriormente o assumiu como exemplo de vida. A mãe se ocupava pessoalmente da educação de seus filhos. Para cada um escolheu um preceptor. O de Francisco era o padre Deage, que o acompanhou até sua morte, inclusive em Paris, onde o jovem barão fez os estudos universitários no Colégio dos jesuítas.

Francisco estudou retórica, filosofia e teologia que lhe permitiu ser depois o grande teólogo, pregador, polemista e diretor espiritual que caracterizaram seu trabalho apostólico. Por ser o herdeiro direto do nome e da tradição de sua família, recebeu também lições de esgrima, dança e equitação, para complementar sua já apurada formação. Mas se sentia chamado para servir inteiramente a Deus, por isso fez voto de castidade e se colocou sob a proteção da Virgem Maria.

Aos 24 anos, Francisco, doutor em leis, voltou para junto da família, que já lhe havia escolhido uma jovem nobre e rica herdeira para noiva e conseguido um cargo de membro do Senado saboiano. Ao vê-lo recusar tudo, seu pai soube do seu desejo de ser sacerdote, através do tio, cônego da catedral de Genebra, com quem Francisco havia conversado antes. Nessa mesma ocasião faleceu o capelão da catedral de Chamberi, e, o cônego seu tio, imediatamente obteve do Papa a nomeação de seu sobrinho para esse posto.
Só então seu pai, o Barão de Boisy, consentiu que seu primogênito se dedicasse inteiramente ao serviço de Deus. Sem poder prever que ele estava destinado a ser elevado à honra dos altares; e, muito mais, como Doutor da Igreja!

Durante os cinco primeiros anos de sua ordenação, o então padre Francisco, se ocupou com a evangelização do Chablais, cidade situada às margens do lago de Genebra, convertendo, com o risco da própria vida, os calvinistas. Para isso, divulgava folhetos nos quais refutava suas heresias, mediante as verdades católicas. Conseguindo reconduzir ao seio da verdadeira Igreja milhares de almas que seguiam o herege Calvino. O nome do padre Francisco começava a emergir como grande confessor e diretor espiritual.

Em 1599, foi nomeado Bispo auxiliar de Genebra; e, três anos depois, assumiu a titularidade da diocese. Seu campo de ação aumentou muito. Assim, Dom Francisco de Sales fundou escolas, ensinou catecismo às crianças e adultos, dirigiu e conduziu à santidade grandes almas da nobreza, que desempenharam papel preponderante na reforma religiosa empreendida na época com madre Joana de Chantal, depois Santa, que se tornou sua co-fundadora da Ordem da Visitação, em 1610.

Todos queriam ouvir a palavra do Bispo, que era convidado a pregar em toda parte. Até a família real da Sabóia não resistia ao Bispo-Príncipe de Genebra, que era sempre convidado para pregar também na Corte.

Publicou o livro que se tornaria imortal: "Introdução à vida devota". Francisco de Sales também escreveu para suas filhas da Visitação, o célebre "Tratado do Amor de Deus", onde desenvolveu o lema : "a medida de amar a Deus é amá-lo sem medida". Os contemporâneos do Bispo-Príncipe de Genebra não tinham dúvidas a respeito de sua santidade, dentre eles Santa Joana de Chantal e São Vicente de Paulo, dos quais foi diretor espiritual.

Francisco de Sales faleceu no dia 28 de dezembro de 1622, em Lion, França. O culto ao Santo começou no próprio momento de sua morte. Ele é celebrado no dia 24 de janeiro porque neste dia, do ano de 1623, as suas relíquias mortais foram trasladadas para a sepultura definitiva em Anneci. Sua beatificação, em 1661, foi a primeira a ocorrer na basílica de São Pedro em Roma. Foi canonizado quatro anos depois. Pio IX declarou-o Doutor da Igreja e Pio XI proclamou-o o Padroeiro dos jornalistas e dos escritores católicos. Dom Bosco admirava tanto São Francisco de Sales que deu o nome de Congregação Salesiana à Obra que fundou para a educação dos jovens.

segunda-feira, janeiro 23, 2012

Reflita

"E por mais que falem não vou desistir, eu sei que nada sou, por isso estou aqui, mais eu sei que o amor que o Senhor tem por mim, é muito mais que o meu, sou gota derramada no mar.
Quanto tempo também o Senhor me esperou, nas tardes encontrou, saudade em meu lugar, mais ao me ver na estrada ao longe voltar, num salto se alegrou e foi correndo me encontrar.
E não me perguntou nem por onde eu andei, dos bens que eu gastei, mais nada me restou, mais olhando em meus olhos somente me amou, e ao me beijar, meu acolheu, num abraço de pai". - Trecho da música "Abraço de Pai" - Adriana