NOVO TESTAMENTO
OS EVANGELHOS
A palavra Evangelho é de origem grega e significa a Boa
Nova. Os Evangelhos são escritos que contam a boa nova da vinda entre os homens
daquele que se fez “filho do homem”, a fim de que nos possamos tornar “filho de
Deus”.
Mas antes de ser um livro, o Evangelho foi uma palavra
pregada: antes de ser lido ele foi ouvido. Como o Senhor Jesus tinha falado,
assim falaram os apóstolos depois de sua morte. Mas eles não se contentaram em
transmitir sua doutrina, acrescentaram-lhe um testemunho sobre sua vida e suas
ações: “o que ele fez, o que ele ensinou”, como diz o livro dos atos dos
apóstolos.
O ensinamento dos apóstolos se inseria no quadro seguinte:
- · A pregação de João Batista.
- · A missão de Jesus na Galiléia
- · A missão de Jesus na Judéia e em Jerusalem
- · Sua paixão, morte e ressureição.
Esse ensinamento foi em breve consignado parcialmente por
escrito, para que fosse conservado com fidelidade.
É esse o quadro em que se amolda a narrativa dos 3 primeiros
evangelistas. Mateus, Marcos e Lucas, dos quais um somente era apóstolo de
Jesus. É certo que essas 3 redações não foram as únicas que foram compostas.
Mas são as únicas que nos foram conservadas. Lucas faz expressamente alusão aos
documentos dos quais ele se serviu para redigir o seu texto. É verossímil que
tenham existido, desde os primeiros anos que se seguiram à morte de Jesus,
várias coleções de Palavras do Salvador (como o discurso sobre o monte, cap. 5,
6 e 7 de Mateus), ou narrações propriamente ditas (como a Paixão). Esse três
primeiros relatos, feitos num mesmo plano, foram chamados Evangelhos Sinóticos,
porque seu conteúdo pode ser abraçado de um só olhar, distribuindo-o em 3
colunas paralelas.
Se os Evangelhos sinóticos se assemelham a ponto de
apresentarem ás vezes uma reprodução textual de certas narrativas, nem por isso
deixam de ter entre si grandes diferenças, que destacam a originalidade de seus
autores.