sexta-feira, maio 04, 2012

Bíblia Sagrada


JONAS

Este livro é colocado entre os profetas, por conta das aventuras de um profeta que tem esse nome. No segundo livro dos Reis (14,25), fala-se de um profeta Jonas contemporâneo de Oséias e de Amós, maia não foi este quem escreveu o livro de Jonas. O livro em apreço foi redigido depois do exílio de Babilônia.

Muitos perguntam a si mesmos se é preciso tomar à letra a narrativa maravilhosa de Jonas. Com São Gregório Nazianzeno, cremos que é preciso ver aí um ensinamento religioso velado sob as formas de uma parábola.

Esse ensinamento é muito importante: o envio de Jonas a Nínive significa que Deus chama ao perdão não somente aos judeus, mas também aos pagãos. A recusa de Jonas de ir até lá significa que os judeus são ciosos de seus privilégios.

Isso é claramente expresso no último capítulo, quando Deus mostra a Jonas que, se ele se preocupa com uma árvore que o sol secou, não é de se estranhar que Deus se preocupe com todo um povo que deseja converter-se.

Reflita

“Quando notamos que estamos com muito medo, é sinal que precisamos aumentar nossa confiança em Deus!” - Pe. Pio

Vídeo Especial

O tema do nosso vídeo de hoje é "Como o Cristão deve dar esmolas"




Evangelho do Dia

JOÃO 14:1-6

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1“Não se perturbe o vosso coração. Tende fé em Deus, tende fé em mim também. 2Na casa de meu Pai, há muitas moradas. Se assim não fosse, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós, 3e quando eu tiver ido preparar-vos um lugar, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que onde eu estiver estejais também vós. 4E para onde eu vou, vós conheceis o caminho”.
5
Tomé disse a Jesus: “Senhor, nós não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” 6Jesus respondeu: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim”. 

Hoje, nesta sexta-feira da IV semana da Páscoa, Jesus nos convida à calma. A serenidade e a alegria fluem como um rio de paz, desde o seu Coração ressuscitado até o nosso, agitado e inquieto, muitas vezes sacudido por um ativismo tão febril como estéril.

São os nossos tempos de agitação, nervosismo e estresse. Tempos nos quais o pai da mentira infectou as inteligências dos homens, fazendo-os chamar bem ao mal e mal ao bem, tomando luz por obscuridade e obscuridade por luz, semeando em suas almas a dúvida e o ceticismo que nelas queimam todo broto de esperança em um horizonte de plenitude que o mundo, com suas adulações, não sabe nem pode dar.


Os frutos de tão diabólica empresa ou atividade são evidentes: a falta de sentido e a perda de transcendência que se apoderaram de tantos homens e mulheres que não apenas se esqueceram, mas também se extraviaram do Caminho, porque o desprezaram antes. Guerras, violências de todo gênero, intransigência e egoísmo diante da vida (anticoncepção, aborto, eutanásia…), famílias destruídas, juventude “desnorteada”, e um grande etcétera, constituem a grande mentira sobre a qual se sustenta boa parte do triste andaime da sociedade de tão alardeado “progresso”.


No meio de tudo, Jesus, o Príncipe da Paz, repete aos homens de boa vontade, com sua mansidão infinita: «Não se perturbe o vosso coração! Credes em Deus, crede também em mim» (Jo 14, 1). À direita do Pai, ele acalenta, como um benévolo sonho de sua misericórdia, o momento de ter-nos junto a ele, «a fim de que, onde eu estiver, estejais vós também» (Jo 14, 3). Não podemos nos escusar como Tomé. Nós sabemos o caminho. Nós, por pura graça, conhecemos, sim, a senda que conduz ao Pai, em cuja casa há muitas moradas. No céu nos espera um lugar que ficará para sempre vazio se não o ocuparmos. Aproximemo-nos, pois, sem temor, com ilimitada confiança de Aquele que é o único Caminho, a irrenunciável Verdade e a Vida em plenitude.

 

Formação

PODE UM CRISTÃO MENTIR?
A verdade vos libertará

O salmista não se mostra muito generoso, quando, num momento de decepção, exclama: "Todos os homens são mentirosos" (Sl 116,11). Ser amante da verdade é um aprendizado. Para fugir de complicações, todos temos a tendência para a dissimulação, isto é, procuramos enganar para nos safar de eventuais punições. Só Jesus mesmo para poder dizer: "Eu sou a verdade" (Jo 14,6).
Conheço algumas circunstâncias - as mentirinhas profissionais - em que não se produz culpa. Por exemplo: a enfermeira avisa, ao aplicar uma injeção: "não vai doer". Ou o pároco, quando vai pedir ajuda financeira aos fiéis: "esta é a última campanha que vamos fazer". São as tais mentirinhas inocentes, que não prejudicam ninguém. Mas São Tomás de Aquino ensina que existe uma situação, na qual podemos até mentir em assunto sério. É quando alguém pergunta se nós cometemos certos crimes. É lícito negar, mesmo sendo culpados, porque o ônus da prova cabe ao acusador. 

O critério melhor para aquilatar a vileza de uma mentira é verificar o mal que ela produz e os sofrimentos  que provoca. A contragosto, refiro-me a homens e mulheres que ocupam cargos de maior relevância como ministros do Supremo Tribunal Federal. Não posso deixar de comentar a fraqueza de alguns ao basearem seu raciocínio contra os direitos das crianças anencefálicas (melhor seria dizer meroencefálicas), com argumentos mais do que equivocados. 

Vários ministros e ministras afirmaram que não podem aceitar a intromissão de razões religiosas para julgar a favor da vida dessas crianças. Isso é uma afirmação falsa. É notório que os maiores defensores das crianças provém das fileiras das Igrejas. No entanto, nenhum representante veio argumentar com razões religiosas. Ninguém debateu com argumentos bíblicos. Nenhum aduziu que o Papa não quer. 

Os argumentos foram todos humanitários, filosóficos, científicos e de amor à vida. Tais ministros, conscientemente, afrontaram o bom senso, construindo seu voto em cima de uma base errônea. Isso deu um sentimento de insegurança a todos nós. Só vejo uma possibilidade, de eles recuperaram, aos poucos, a confiança da nação seriamente abalada: julgar, com retidão, os envolvidos no mensalão. “A verdade vos libertará” (Jo 8, 32).

(Texto de Dom Aloísio Roque Oppermann - Arcebispo Emérito de Uberaba - MG)

Santo do Dia


                                   Santa Antonina
 
Antonina é o feminino do antigo nome latino Antonius, derivado, provavelmente, do grego Antionos, que significa "nascido antes". É um dos nomes mais difundidos entre os povos latinos, que ganhou muitos adeptos entre os cristãos. Mas, antes de Cristo, era muito comum também.

Hoje festejamos a santa mártir Antonina, que morreu em Nicea, na Bitínia, atual Turquia, no final do século III. No Martirológio Romano, ela foi citada três vezes: dia 1o de março, 4 de maio e 12 de junho, e cada vez de maneira diferente, como se fossem três pessoas distintas. Vejamos o porquê.

No século XVI, o cardeal e bibliotecário do Vaticano, César Baronio, unificou os calendários litúrgicos da Igreja, a pedido do papa Clemente VIII, com os santos comemorados em datas diferentes no mundo cristão. A Igreja dos primeiros séculos foi exclusivamente evangelizadora. Para consolidar-se, adaptava a liturgia e os cultos dos santos aos novos povos convertidos. Muitas vezes, as tradições se confundiam com os fatos concretos, devido aos diferentes idiomas, mas assim mesmo os cultos se mantiveram.

O trabalho de Baronio foi chamado de Martirológio Romano, uma espécie de dicionário dos santos da Igreja de Cristo de todos os tempos. Porém ele, ao lidar com os calendários egípcio, grego e siríaco, que comemoravam santa Antonina em datas diferentes, não se deu conta de que as celebrações homenageavam sempre a mesma pessoa. Isso porque o nome era comum e os martírios, descritos de maneira diversa entre si.

O calendário grego dizia que ela foi decapitada; o egípcio, que foi queimada viva; e o siríaco, que tinha morrido afogada. Mais tarde, o que deu luz aos fatos foi um código geronimiano do século V, confirmando que apenas uma mártir tinha morrido, em Nicea, com este nome.

Antonina sofreu o martírio no século IV, durante o governo do sanguinário imperador Diocleciano, na cidade de Nicea. Ela foi denunciada como cristã, presa e condenada à morte. Mas antes a torturaram de muitas maneiras. Com ferros em brasa, queimaram-lhe as mãos e os pés. Depois, foi amarrada e colocada numa pequena cela com o chão forrado de brasas, onde ficou por dois dias.

Voltando ao tribunal, não renegou sua fé. Foi, então, fechada dentro de um saco e jogada no fundo de um lago pantanoso na periferia de Nicea. Era o dia 4 de maio de 306, data que foi mantida para a veneração de santa Antonina, a mártir de Nicea.

Obs: Hoje a Igreja também celebra o dia de São Ciríaco e São Floriano.