"Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos, porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo" - São Francisco de Assis.
quinta-feira, outubro 06, 2011
Dicas da Semana
MÚSICAS
MARIANI
Não Temerei - http://www.youtube.com/watch?v=JLfnOQCgVlYCoração de Mãe - http://www.youtube.com/watch?v=YmM7y5GEElw
MONSENHOR JONAS ABIB
Anuncia-me - http://www.youtube.com/watch?v=YUo8xdCiaBs&feature=relatedQuem é essa que avança - http://www.youtube.com/watch?v=2hgpp8vCVVg&feature=related
Pe. ANDRÉ LUNA
Seu nome é Jesus Cristo - http://www.youtube.com/watch?v=X4pGSamRJPMViver o Tempo - http://www.youtube.com/watch?v=1yjYfLkPnGE
Pe. ANTONIO MARIA
Pegadas na Areia - http://www.youtube.com/watch?v=eotMu8e6_gM&feature=fvsrAleluia - http://www.youtube.com/watch?v=gX_frIGX7u4&feature=fvsr
Pe. CLEIDIMAR MOREIRA
Cuida de mim - http://www.youtube.com/watch?v=sQE3-y_MtRIDeus me Abraça - http://www.youtube.com/watch?v=ZUG3hD3tTIA
LIVROS
- AS SETE VIRTUDES DO LÍDER AMOROSO - Pe. JOÃOZINHO
O amor pode ser um “bom negócio”? A resposta para esta questão se encontra nas páginas de As Sete Virtudes do Líder Amoroso, de João Carlos Almeida.
Nesta obra, o autor revela como a dinâmica do amor é determinante para o sucesso de um empreendimento e desvenda os segredos para tornar-se um líder amoroso. Pois o amor não está relacionado apenas ao universo das emoções, ele tem algo de racional. Ao amar de forma inteligente – com a mente e com o coração – todos são capazes de aprender a arte da liderança nos diversos campos da vida.
- A FORÇA QUE VEM DO CÉU - FREI ELIAS VELLA
Se, nesse momento muito crítico, o capitão não souber como colocar o navio na posição correta das ondas, isso poderá ser trágico para a embarcação e para todos os marinheiros que estiverem a bordo.
Agora, a pergunta é a seguinte: Qual é a posição correta na qual eu devo colocar o navio da minha vida, a fim de que não naufrague?
Nossa vida é como um navio que está sendo continuamente sacudido pelas ondas. Somos sacudidos pelas ondas do diabo, pelas ondas do mundo e pelas ondas da carne. E a resposta que temos a partir da Bíblia é esta: Estejam cheios do Espírito Santo.
Evangelho do Dia
LUCAS 11:5-13
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: «Imaginai que um de vós tem um amigo e, à meia-noite, o procura, dizendo: Amigo, empresta-me três pães, pois um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer. O outro responde lá de dentro: Não me incomodes. A porta já está trancada. Meus filhos e eu já estamos deitados, não posso me levantar para te dar os pães?. Digo-vos: mesmo que não se levante para dá-los por ser seu amigo, vai levantar-se por causa de sua impertinência e lhe dará quanto for necessário.
»Portanto, eu vos digo: pedi e vos será dado; procurai e encontrareis; batei e a porta vos será aberta. Pois todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate, a porta será aberta. Algum de vós que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!».
»Portanto, eu vos digo: pedi e vos será dado; procurai e encontrareis; batei e a porta vos será aberta. Pois todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate, a porta será aberta. Algum de vós que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!».
As vezes podemos pensar que a prática nos mostra que isso não sempre acontece, que não sempre age assim. É necessário rezar com as atitudes corretas!
A primeira é a constância, a perseverança. Devemos rezar sem nos desanimar nunca, no obstante nos pareça que nossa súplica bate com um rechaço, ou que não é escutada imediatamente. É a atitude daquele homem inoportuno que a meia noite vai lhe pedir um favor ao seu amigo. Com sua insistência recebe os pães que precisa. Deus é o amigo que escuta desde dentro a quem é constante. Havemos de confiar em que acabará por nos dar o que pedimos, porque além de ser amigo, é Pai.
A segunda atitude que Jesus nos ensina é a confiança e o amor dos filhos. A paternidade de Deus ultrapassa imensamente à humana, que é limitada e imperfeita: «Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu ... !» (Lc 11,13).
Terceira: Havemos de pedir principalmente o Espírito Santo e não somente coisas materiais. Jesus nos anima a pedi-lo, assegurando-nos que o receberemos: «...quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!» (Lc 11,13). Esta petição sempre é escutada. É como pedir a graça da oração, já que o Espírito Santo é sua fonte e origem.
O beato frade Gil de Asís, colega de São Francisco, resume a idéia de esse Evangelho quando diz: «Reze com fidelidade e devoção, porque uma graça que Deus não lhe deu uma vez, pode dá-la em outra ocasião. Por sua conta põe humildemente toda a mente em Deus e, Deus porá em você sua graça, conforme lhe praza».
Formação
O PECADO DA GANÂNCIA
Não podeis servir a Deus e a riqueza.
A Igreja classifica este pecado [ganância] como "capital". São Paulo chama a avareza de idolatria: "Mortificai, pois, os vossos membros terrenos: fornicação, impureza, paixões, desejos maus, cupidez e a avareza, que é idolatria” (Cl 3,5).
A razão do apóstolo ver como idolatria o apego aos bens materiais, sobretudo ao dinheiro, é que isto faz a pessoa amá-lo como a um deus. Torna-se escrava da riqueza. Desde o princípio, Jesus alertou os discípulos para este perigo já no Sermão da Montanha: "Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedica-se a um e desprezará o outro. Não podeis servi a Deus e a riqueza” (Mt 6,24).
O que importa é que a pessoa não seja escrava do dinheiro e dos bens. É claro que todos nós precisamos de dinheiro; o próprio Jesus tinha um “tesoureiro” no grupo dos apóstolos. São Paulo diz a Timóteo que “a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro” (1Tm 6,10). Veja, portanto, que o mal não é o dinheiro em si, mas o “amor” a ele; isto é, o apego desordenado que faz a pessoa buscá-lo como um fim, não como um meio.
O que importa é que a pessoa não seja escrava do dinheiro e dos bens. É claro que todos nós precisamos de dinheiro; o próprio Jesus tinha um “tesoureiro” no grupo dos apóstolos. São Paulo diz a Timóteo que “a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro” (1Tm 6,10). Veja, portanto, que o mal não é o dinheiro em si, mas o “amor” a ele; isto é, o apego desordenado que faz a pessoa buscá-lo como um fim, não como um meio.
É importante notar que não são apenas os ricos que podem se tornar avarentos, embora sejam mais levados a isto. Não é raro encontrar também pobre avarento. Por isso, no mesmo Sermão da Montanha, Jesus alerta:
"Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furam e roubam. Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furam nem roubam" (Mt 6,19-20).
Se Jesus recomenda "não ajuntar tesouros na terra", é porque esta riqueza e segurança são ilusórias e não podem nos satisfazer por mais que o mundo nos diga que sim.
É justo e necessário ter o dinheiro que precisamos para nossas despesas. O próprio Jesus manda pedir ao Pai, todos os dias, "o pão nosso de cada dia"; o que se condena é a obsessão pelo dinheiro, que faz com que a pessoa sacrifique no altar desse "deus" os verdadeiros valores.
Por causa do dinheiro muitos aceitam praticar a mentira, a falsidade e a fraude. Quantos produtos falsificados! Quantos quilos que só possuem 900 gramas! Quanta enganação e trapaças nos negócios!
Não é verdade que mesmo entre os cristãos, tantas vezes um engana o outro, o "passa para trás" em algum negócio, compra e venda?
Poderemos constatar que toda a corrupção, tráfico de drogas, armas, crimes, prostituição, comércio de mulheres, poluição da terra, do ar e da água tem, por detrás, a sede pelo dinheiro. O próprio domingo, dia do Senhor, está se transformando, para muitos, num dia de ganhar dinheiro.
Por amor ao dinheiro muitos pais perdem os próprios filhos e muitos casamentos acabam. Por causa da ganância vemos o mundo numa situação de grande injustiça e miséria para muitos. Como disse o papa Paulo VI, os ricos estão cada vez mais ricos às custas dos pobres cada vez mais pobres. O nosso Catecismo diz:
"Uma teoria que faz do lucro a regra exclusiva e o fim último da atividade econômica é moralmente inaceitável. O apetite desordenado pelo dinheiro não deixa de produzir seus efeitos perversos. Ele é uma das causas dos numerosos conflitos que perturbam a ordem social (GS. 63,3). Toda prática que reduz as pessoas a não serem mais do que meros meios que têm em vista o lucro, escraviza o homem, o conduz à idolatria do dinheiro e contribui para difundir o ateísmo" (CIC § 2424).
"Guardai-vos escrupulosamente de toda avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas" (Lc 12,15).
A Igreja nos ensina que somos apenas administradores de todos os bens e riquezas que Deus põe em nossas mãos, para que com eles façamos o bem aos outros. Deveremos prestar contar a Deus de tudo, como Jesus mostrou na parábola dos talentos (Mt 25,14s).
O apego aos bens desse mundo é algo muito forte em nós, quase que uma "segunda natureza" e, portanto, só com o auxílio da graça de Deus poderemos vencer esta tentação forte. Desde pequenos fomos educados para “ganhar a vida”. Será preciso a força do Espírito Santo em nossa alma para nos “convencer” da necessidade de uma vida de desprendimento e pobreza.
Para dominar este forte impulso que age dentro de cada um de nós é preciso oração, meditação e grande esforço de nossa parte; sobretudo, no sentido de convencermos a nós mesmos da grandeza do desprendimento. Mais do que nunca o Espírito Santo terá que vir em auxílio da nossa fraqueza.
A liturgia nos ensina a “caminhar por entre as coisas que passam, abraçando somente as que não passam”.
Seja senhor de suas posses, não seu escravo. Santo Agostinho dizia: “não andes averiguando quanto tens, mas o que tu és”. E ainda: “A verdadeira felicidade não consiste em ter muito, mas em contentar-se com pouco”.
"Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furam e roubam. Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furam nem roubam" (Mt 6,19-20).
Se Jesus recomenda "não ajuntar tesouros na terra", é porque esta riqueza e segurança são ilusórias e não podem nos satisfazer por mais que o mundo nos diga que sim.
É justo e necessário ter o dinheiro que precisamos para nossas despesas. O próprio Jesus manda pedir ao Pai, todos os dias, "o pão nosso de cada dia"; o que se condena é a obsessão pelo dinheiro, que faz com que a pessoa sacrifique no altar desse "deus" os verdadeiros valores.
Por causa do dinheiro muitos aceitam praticar a mentira, a falsidade e a fraude. Quantos produtos falsificados! Quantos quilos que só possuem 900 gramas! Quanta enganação e trapaças nos negócios!
Não é verdade que mesmo entre os cristãos, tantas vezes um engana o outro, o "passa para trás" em algum negócio, compra e venda?
Poderemos constatar que toda a corrupção, tráfico de drogas, armas, crimes, prostituição, comércio de mulheres, poluição da terra, do ar e da água tem, por detrás, a sede pelo dinheiro. O próprio domingo, dia do Senhor, está se transformando, para muitos, num dia de ganhar dinheiro.
Por amor ao dinheiro muitos pais perdem os próprios filhos e muitos casamentos acabam. Por causa da ganância vemos o mundo numa situação de grande injustiça e miséria para muitos. Como disse o papa Paulo VI, os ricos estão cada vez mais ricos às custas dos pobres cada vez mais pobres. O nosso Catecismo diz:
"Uma teoria que faz do lucro a regra exclusiva e o fim último da atividade econômica é moralmente inaceitável. O apetite desordenado pelo dinheiro não deixa de produzir seus efeitos perversos. Ele é uma das causas dos numerosos conflitos que perturbam a ordem social (GS. 63,3). Toda prática que reduz as pessoas a não serem mais do que meros meios que têm em vista o lucro, escraviza o homem, o conduz à idolatria do dinheiro e contribui para difundir o ateísmo" (CIC § 2424).
"Guardai-vos escrupulosamente de toda avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas" (Lc 12,15).
A Igreja nos ensina que somos apenas administradores de todos os bens e riquezas que Deus põe em nossas mãos, para que com eles façamos o bem aos outros. Deveremos prestar contar a Deus de tudo, como Jesus mostrou na parábola dos talentos (Mt 25,14s).
O apego aos bens desse mundo é algo muito forte em nós, quase que uma "segunda natureza" e, portanto, só com o auxílio da graça de Deus poderemos vencer esta tentação forte. Desde pequenos fomos educados para “ganhar a vida”. Será preciso a força do Espírito Santo em nossa alma para nos “convencer” da necessidade de uma vida de desprendimento e pobreza.
Para dominar este forte impulso que age dentro de cada um de nós é preciso oração, meditação e grande esforço de nossa parte; sobretudo, no sentido de convencermos a nós mesmos da grandeza do desprendimento. Mais do que nunca o Espírito Santo terá que vir em auxílio da nossa fraqueza.
A liturgia nos ensina a “caminhar por entre as coisas que passam, abraçando somente as que não passam”.
Seja senhor de suas posses, não seu escravo. Santo Agostinho dizia: “não andes averiguando quanto tens, mas o que tu és”. E ainda: “A verdadeira felicidade não consiste em ter muito, mas em contentar-se com pouco”.
(Texto do Prof. Felipe Aquino)
Santo do Dia
São Bruno
Em meados do primeiro milênio depois de Cristo, Hugo, o bispo da diocese francesa de Grenoble, sonhou certa vez com sete estrelas que brilhavam sobre um lugar escuro, muito deserto. Achou estranho. Algum tempo depois, foi procurado por sete nobres e ricos, que queriam converter-se à vida religiosa e buscavam sua orientação, por causa da santidade e do prestígio do bispo.
Hugo, reconhecendo na situação o sonho que tivera, ouviu-os com atenção e ofereceu-lhes fazer sua obra num lugar de difícil acesso, solitário, árido e inóspito. Assim, tiveram todo o seu apoio episcopal. Esses homens buscavam apenas o total silêncio e solidão para orar e meditar. Tudo o que desejavam, ou seja, queriam atingir a elevação espiritual, cortando definitivamente as relações com as coisas mundanas. Eles eram Bruno e seus primeiros seis seguidores e a ordem que fundaram foi a dos monges cartuxos.
Bruno era um nobre e rico fidalgo alemão, que nasceu e cresceu na bela cidade de Colônia. Sua família era conhecida pela piedade e fervorosa devoção cristã. Cedo aquele jovem elegante resolveu abandonar a vida de vaidades e prazeres, que considerava inútil, sem sentido e improdutiva. Como era propício à nobreza, foi estudar na França e Itália. No primeiro país concluiu os estudos na escola da diocese de Reims, onde também se ordenou e posteriormente lecionou teologia. Como aluno, teve até mesmo um futuro papa.
Mas também conhecia a fama de santidade do bispo de Grenoble, por isso decidiu procurá-lo. Assim, no lugar indicado por ele, Bruno liderou a construção da primeira Casa de Oração, com pequenas celas ao redor. Nascia a Ordem dos monges Cartuxos, cujas Regras foram aprovadas em 1176, mas ele já havia morrido. Lá, ele e seus discípulos se obrigaram ao silêncio permanente e absoluto. Oravam, trabalhavam, repousavam e comiam, mas no mais absoluto e total silêncio.
Em 1090, o sumo pontífice era seu ex-aluno, que, tomando o nome de papa Urbano II, chamou Bruno para ser seu conselheiro. Ele, devendo obediência, abandonou aquele lugar ermo que amava profundamente. Porém não resistiu muito em Roma. Logo obteve aprovação do papa para construir seu mosteiro de Grenoble e também a autorização para fundar outra Casa da Ordem dos Cartuxos, na Calábria, num local ermo chamado bosque de La Torre, hoje chamado Serra de São Bruno, província de Vito Valentia.
Viveu assim recolhido até que adoeceu gravemente. Chamou, então, os irmãos e fez uma confissão pública da sua vida e reiterou a profissão da sua fé, entregando o espírito a Deus em 6 de outubro de 1101. Gozando de fama de santidade, seu culto ganhou novo impulso em 1515. Na ocasião, o seu corpo, enterrado no cemitério no Convento de La Torre, foi exumado e encontrado completamente intacto, tendo, assim, sua celebração confirmada. Em 1623, o papa Gregório XV declarou Bruno santo da Igreja.
Seguindo o carisma de seu fundador, a Ordem dos Cartuxos é uma das mais austeras da Igreja Católica e seguiu assim ao longo dos tempos, como ele mesmo previu: "Nunca será reformada, porque nunca será deformada". Entretanto, atualmente, conta apenas com dezenove mosteiros espalhados pelo mundo todo.
Hugo, reconhecendo na situação o sonho que tivera, ouviu-os com atenção e ofereceu-lhes fazer sua obra num lugar de difícil acesso, solitário, árido e inóspito. Assim, tiveram todo o seu apoio episcopal. Esses homens buscavam apenas o total silêncio e solidão para orar e meditar. Tudo o que desejavam, ou seja, queriam atingir a elevação espiritual, cortando definitivamente as relações com as coisas mundanas. Eles eram Bruno e seus primeiros seis seguidores e a ordem que fundaram foi a dos monges cartuxos.
Bruno era um nobre e rico fidalgo alemão, que nasceu e cresceu na bela cidade de Colônia. Sua família era conhecida pela piedade e fervorosa devoção cristã. Cedo aquele jovem elegante resolveu abandonar a vida de vaidades e prazeres, que considerava inútil, sem sentido e improdutiva. Como era propício à nobreza, foi estudar na França e Itália. No primeiro país concluiu os estudos na escola da diocese de Reims, onde também se ordenou e posteriormente lecionou teologia. Como aluno, teve até mesmo um futuro papa.
Mas também conhecia a fama de santidade do bispo de Grenoble, por isso decidiu procurá-lo. Assim, no lugar indicado por ele, Bruno liderou a construção da primeira Casa de Oração, com pequenas celas ao redor. Nascia a Ordem dos monges Cartuxos, cujas Regras foram aprovadas em 1176, mas ele já havia morrido. Lá, ele e seus discípulos se obrigaram ao silêncio permanente e absoluto. Oravam, trabalhavam, repousavam e comiam, mas no mais absoluto e total silêncio.
Em 1090, o sumo pontífice era seu ex-aluno, que, tomando o nome de papa Urbano II, chamou Bruno para ser seu conselheiro. Ele, devendo obediência, abandonou aquele lugar ermo que amava profundamente. Porém não resistiu muito em Roma. Logo obteve aprovação do papa para construir seu mosteiro de Grenoble e também a autorização para fundar outra Casa da Ordem dos Cartuxos, na Calábria, num local ermo chamado bosque de La Torre, hoje chamado Serra de São Bruno, província de Vito Valentia.
Viveu assim recolhido até que adoeceu gravemente. Chamou, então, os irmãos e fez uma confissão pública da sua vida e reiterou a profissão da sua fé, entregando o espírito a Deus em 6 de outubro de 1101. Gozando de fama de santidade, seu culto ganhou novo impulso em 1515. Na ocasião, o seu corpo, enterrado no cemitério no Convento de La Torre, foi exumado e encontrado completamente intacto, tendo, assim, sua celebração confirmada. Em 1623, o papa Gregório XV declarou Bruno santo da Igreja.
Seguindo o carisma de seu fundador, a Ordem dos Cartuxos é uma das mais austeras da Igreja Católica e seguiu assim ao longo dos tempos, como ele mesmo previu: "Nunca será reformada, porque nunca será deformada". Entretanto, atualmente, conta apenas com dezenove mosteiros espalhados pelo mundo todo.
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