quarta-feira, maio 18, 2011

Evangelho do Dia

JOÃO 12:44-50

Naquele tempo, 44Jesus exclamou em alta voz: “Quem crê em mim não é em mim que crê, mas naquele que me enviou. 45Quem me vê, vê aquele que me enviou. 46Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.
47Se alguém ouvir as minhas palavras e não as observar, eu não o julgo, porque eu não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo. 48Quem me rejeita e não aceita as minhas palavras já tem o seu juiz: a palavra que eu falei o julgará no último dia. 49Porque eu não falei por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, ele é quem me ordenou o que eu devia dizer e falar. 50Eu sei que o seu mandamento é vida eterna. Portanto, o que eu digo, eu o digo conforme o Pai me falou”. 

Hoje, Jesus grita; grita como alguém que precisa que suas palavras sejam ouvidas por todos. Seu grito sintetiza sua missão salvadora, pois tem vindo «não para julgar o mundo, mas para salvá-lo» (Jo 12,47), não por si mesmo, mas em nome do «Pai que me enviou, ele é quem me ordenou o que devo dizer e falar» (Jo 12,49).
Ainda não faz um mês que celebramos o Tríduo Pascal: o Pai estava tão presente na hora extrema, na hora da Cruz! Como escreveu João Paulo II, «Jesus, aflito pela previsão da prova que o esperava, ante Deus, o invoca com sua habitual e carinhosa expressão de confiança: ‘Abba, Pai’». Nas horas seguintes, se faz evidente o diálogo estreito do Filho com o Pai: «Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem» (Lc 23,34); «Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito» (Lc 23, 46).
A importância da obra do Pai, e do seu enviado, merece a resposta de quem o escuta. Essa resposta é o crer, ou seja, a fé (cf. Jo 12,44); fé que nos dá — por Jesus mesmo — a luz para não continuar na escuridão. Ao contrário, quem rejeita esses dons e manifestações e não acolhe essas palavras «já tem quem o julgue: a Palavra» (Jo 12,48).
Aceitar Jesus, então, é crer, ver, ouvir ao Pai, significa não estar na escuridão, obedecer o mandato da vida eterna. Bem vinda seja a repreensão de São João da Cruz: «[O Pai] tudo nos falou por esta palavra só (...). Por isso, quem quiser perguntar alguma coisa a Deus ou ter uma visão ou revelação, seria não só uma necedade, também estaria ofendendo a Deus, já que não estaria colocando seu olhar em Cristo, evitando querer alguma outra coisa ou novidade».
 

FORMAÇÃO

VOCAÇÕES: SINAL DA VITALIDADE DA IGREJA
Devemos rezar pelas vocações sacerdotais e religiosas.

Como é belo quando se percebe, nas nossas comunidades, a estima e o carinho que se tem em relação aos seus padres. São tantas as comunidades que manifestam a vontade de ter um padre mais perto e de se tornar paróquias para poder contar com a presença do sacerdote.
Jesus, antes de escolher e chamar Seus apóstolos do meio dos discípulos, retirou-se em oração para escutar a vontade do Pai (cf. Lc 6,12). Por isso, assim como Cristo rezou, também nós somos convidados a orar para que o Senhor da Messe suscite mais jovens generosos para aceitar o chamado de Deus. O dever de fomentar as vocações pertence a toda a comunidade cristã, que as deve promover, sobretudo, mediante uma vida plenamente cristã.
Em nossas igrejas, devemos constantemente fazer preces e súplicas pelas vocações sacerdotais e religiosas. O Santo Padre Bento XVI nos diz: "Os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo em época do predomínio da técnica no mundo e da globalização – do Deus que se mostrou a nós em Jesus Cristo e nos reúne na Igreja, para aprendermos, com Ele, a verdadeira vida, e manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade".
O Sumo Pontífice também orienta: "Especialmente neste tempo, em que a voz do Senhor parece sufocada por outras vozes e a proposta de seguir oferecendo a própria vida pode parecer demasiado difícil, cada comunidade cristã, cada fiel deveria assumir, conscientemente, o compromisso de promover as vocações. É importante encorajar e apoiar aqueles que mostram claros sinais de vocação à vida sacerdotal e à consagração religiosa, de modo que sintam o entusiasmo da comunidade inteira quando dizem o seu 'sim' a Deus e à Igreja". 
A história de toda vocação está interligada, quase sempre, com o testemunho de um sacerdote que vive com alegria a doação de si mesmo aos irmãos pelo Reino dos Céus. Isso porque a proximidade e a palavra de um padre são capazes de fazer despertar interrogações e de conduzir realmente a decisões definitivas. Assim podemos afirmar que as vocações sacerdotais nascem do contato com os sacerdotes, quase como uma herança preciosa comunicada com a palavra, o exemplo e toda a existência.
Para promover as vocações específicas ao ministério sacerdotal e a vida consagrada, para tornar mais forte e eficaz o anúncio vocacional, é indispensável o exemplo daqueles que já disseram o próprio “sim” a  Deus ao projeto de vida que Ele tem para cada um. Que o Dia Mundial das Vocações possa ser, mais uma vez, uma preciosa ocasião a muitos jovens para refletir sobre a própria vocação, respondendo com simplicidade, confiança e plena disponibilidade. A Virgem Maria, Mãe da Igreja, guarde cada pequena semente de vocação no coração daqueles que o Senhor chama a segui-Lo mais de perto.
(Texto de Dom Alfredo Scháffler)

"Eis que venho em breve! Felizes aqueles que põem em prática as palavras da profecia deste livro". (Apocalipse 22:7)

São João I
João nasceu em Túsculo, uma província da Itália. Foi eleito sucessor do papa Hormisda, em 523, e costuma ser identificado como João Diácono, autor da epístola "Ad senartun", importante para a história da liturgia batismal. É reconhecido também pela autoria de "A fé católica", transmitida pelos antigos, entre as obras do filósofo e mártir são Severino Boécio, cujo trabalho exerceu grande influencia sobre são/santo Tomás de Aquino. Vejamos qual foi a situação herdada pelo papa João I.
O papa Hormisda e o imperador Justino tinham feito cessar o cisma entre Roma e Constantinopla, que se iniciara em 484, com o então imperador Zenon, por meio do que parecia impossível: um acordo entre católicos e arianos. Com esse esquema obtivera bons resultados políticos, pois os godos eram arianos.
Porém, no final de 524, o imperador Justino publicou um decreto ordenando o fechamento das igrejas arianas de Constantinopla e a exclusão dos arianos de toda a função civil e militar.
Roma era, então, governada pelo imperador Teodorico, o Grande, o rei dos bárbaros arianos que tinham invadido a Itália. Ele obrigou o papa João I a viajar a Constantinopla para solicitar ao imperador Justino a revogação daquele decreto.
Apesar de o imperador Justino ter-se ajoelhado perante o primeiro sumo pontífice a pisar em Constantinopla, ele não conseguiu demovê-lo da perseguição aos arianos. A solicitação foi atendida apenas em parte, pois o imperador concordou em devolver as igrejas confiscadas aos arianos, mas manteve o impedimento de os arianos convertidos ao catolicismo poderem retornar ao arianismo.
Com o fracasso de sua missão, o papa João I despertou a ira do imperador Teodorico. Assim, quando colocou os pés em Roma, foi detido e aprisionado em Ravena, onde morreu em 18 de maio de 526. Foi, então, declarado mártir da Igreja.
 Obs: Hoje a Igreja também celebra o dia de São Felix de Cantalício, e São Leonardo Murialdo.

"Portanto, como pelo pecado de um só a condenação se estendeu a todos os homens, assim por um único ato de justiça recebem todos os homens a justificação que dá a vida. Assim como pela desobediência de um só homem foram todos constituidos pecadores, assim pela obediência de um só todos se tornarão justos." (Romanos 5:18-19)