sexta-feira, junho 15, 2012

Bíblia Sagrada


I E II EPÍSTOLAS AOS CORÍNTIOS

É dirigida aos fiéis de uma comunidade onde já reinavam disputas e abusos. Ela é escrita de Éfeso, por volta do ano 55. 

  • ·         O apóstolo começa por pregar a união, dando como motivo de sua atitude a bela doutrina sobre a humildade que nos ensina a cruz de Jesus (caps. 1 a 3).
  • ·         Lembra seus direitos à afeição dos fiéis de Coríntio (cap. 4)
  • ·         Protesta contra os escândalos sobrevindos na comunidade: processos judiciais entre os fiéis, imoralidade; e aproveita a ocasião para expressar sua opinião sobre o casamento e a virgindade (caps. 5 a 7).
  • ·         Examina o que se deve fazer com as carnes provenientes dos sacrifícios pagãos aos ídolos (caps. 8 a 10)
  • ·         Trata do traje das mulheres na Igreja e da celebração da comunhão (cap. 11)
  • ·         Dá conselhos a respeito dos dons espirituais, escrevendo então uma célebre passagem sobra a caridade (caps. 12 a 14)
  • ·         Fala da ressureição dos mortos (cap. 15)
  • ·         E enfim apela para a generosidade de seus leitores em favor da comunidade de Jerusalém.

Depois dessa Epístola deve-se colocar uma carta aos mesmos destinatários, atualmente perdida,  à qual alude aquela que chamamos de Segunda aos Coríntios. Nesta, o apóstolo defende-se de seus contraditores, primeiro de um modo geral, defendendo os direitos dos apóstolos, e em seguida já justificando-se pessoalmente de todas as acusações de que ele fora objeto por parte dos fiéis de Corinto.

Reflita

"O amor não consiste em sentir grandes coisas, mas em despojar-se e sofrer pelo amado." - São João da Cruz

Vídeo Especial

O tema do nosso vídeo de hoje é "Posso sonhar em vencer na vida"?




Evangelho do Dia

JOÃO 19:31-37

31Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz.
32
Os soldados foram e quebraram as pernas de um e, depois, do outro que foram crucificados com Jesus. 33Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; 34mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.
35
Aquele que viu, dá testemunho e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis. 36Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: “Não quebrarão nenhum dos seus ossos”. 37E outra Escritura ainda diz: Olharão para aquele que transpassaram”. 

oje se nos oferece ante os olhos corporais — melhor ainda, ante os “olhos interiores”, iluminados pela fé— a figura de Cristo que, acabado de morrer na Cruz, teve o costado aberto por uma lança infligida pelo centurião. «mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água.» (Jo 19,34). Espetáculo angustioso e, ao mesmo tempo muito eloquente! Não há mais o mínimo espaço para manter a tese de algum que afirma uma morte aparente: Jesus está certamente morto 100%. E mais, aquela misteriosa “água”, que não sairia de um corpo saudável, normal, nos indica segundo a medicina moderna que Cristo deve ter morrido a causa de um infarto ou, como diziam nossos antepassados, com o coração rebentado. Só neste caso se verifica a separação do soro dos glóbulos vermelhos. Isto explicaria aquele anômalo “sangue e água”.

Cristo, portanto, morreu verdadeiramente, e morreu seja a causa de nossos pecados seja por seu mais vivo e principal desejo: poder anular nossos pecados. «Com minha morte venci a morte e exaltei ao homem à sublimidade do céu» (Melitón de Sardis). Deus, que manteve a promessa de ressuscitar o seu Filho, manterá também a segunda promessa: ressuscitara-nos também a nós e nos elevará a sua própria direita. Mas põe uma condição mínima: crer Nele e deixarmos salvar por Ele. Deus não impõe a ninguém seu amor em detrimento da liberdade humana.


Em fim, sobre aquele Homem que sofreu a lançada em seu coração, «E diz em outra parte a Escritura: Olharão para aquele que transpassaram» (Jo 19,37). Confirma-nos também o Apocalipse: «Ei-lo que vem com as nuvens. Todos os olhos o verão, mesmo aqueles que o traspassaram. Por sua causa, hão de lamentarem-se todas as raças da terra. Sim. Amém.» (Ap 1,7). Esta é uma sagrada exigência da Justiça divina: finalmente, também aqueles que o rejeitaram obstinadamente, deverão reconhecê-lo. Inclusive, o tirano autólatra, o assassino sem piedade, o ateu soberbo..., todos sem exceção se verão obrigados a ajoelhar-se ante Ele, reconhecendo-o como o verdadeiro, único Deus. Não é melhor, então, ser seus amigos desde agora?

Formação

O QUE É A FÉ?
A FÉ CATÓLICA É COISA ABSOLUTAMENTE DIVERSA DE UMA SIMPLES CRENÇA.

Em artigo nosso anteriormente publicado, falamos do equívoco que é ver a religião como fenômeno exclusivamente sentimental e subjetivo, sem relevância intelectual e sem referência à realidade das coisas. Dizíamos que tal equívoco nasce de dois outros erros: (1) um que faz a religião depender somente da fé, como se não houvesse verdades religiosas que o homem pudesse conhecer à luz de sua razão natural; (2) outro que consiste numa falsa visão da fé, que é confundida com mera crença. Ora, como dissemos naquela oportunidade, esses dois erros são eliminados quando mostramos que: (1) existem verdades religiosas naturalmente acessíveis ao conhecimento humano; (2) a fé católica, como virtude teologal, é coisa diferente de uma simples crença.

E vamos começar desenvolvendo o segundo desses pontos: a fé católica é coisa absolutamente diversa de uma simples crença. É importante frisar isso, porque, hoje em dia, as pessoas parecem já não mais saber o que é fé, acham que ter fé é acreditar em qualquer coisa. Porém, como sublinhou o atual Papa Bento XVI, quando ainda era o Cardeal Ratzinger, responsável pela Congregação da Doutrina da Fé (órgão que assessora o Santo Padre na defesa da fé), na famosa declaração Dominus Iesus: «Deve-se manter firmemente a distinção entre a fé teologal e a crença nas outras religiões» (n. 7 do documento).Precisamos, portanto, retomar o sentido da fé. Para isso, podemos recorrer ao significado primitivo e etimológico da palavra. Fé (do latim fides) significa a confiança que depositamos na palavra de alguém. Este sentido ainda está bem presente em expressões legais, como “boa-fé” ou “má-fé”. Um oficial de justiça, por exemplo, quando atesta algum acontecimento, escreve “certifico e dou fé”; com isso ele quer dizer que é verdade o que ele está atestando e que as pessoas podem confiar no que ele está falando. Dos documentos lavrados em cartório também se diz que têm “fé pública” – é mais uma aplicação do mesmo sentido.

Quando confiamos na palavra de um homem, temos o que se chama “fé humana”. A fé humana é um meio de conhecimento, grande parte dos conhecimentos que temos de história, geografia ou de ciências naturais chega a nós por meio da fé humana. São conhecimentos que não podemos verificar por nós mesmos; todavia, nós os aceitamos confiando na palavra dos que nos ensinaram. Por exemplo, só sabemos que a Independência do Brasil foi proclamada em 1822 porque confiamos nos documentos que nos relatam isso e acreditamos no magistério dos historiadores – nenhum de nós já havia nascido àquela época e poderia verificar tal fato por si mesmo.

Como afirmei acima, quando aceitamos como verdade o que nos diz determinado homem, digno de confiança, temos o que se chama fé humana. Porém, quando aceitamos como verdadeira a Palavra revelada de Deus, temos o que se chama “fé divina”. É por isso que o Catecismo da Igreja Católica, nos seus parágrafos 142 e 143, define a fé como «a resposta do homem ao Deus que se revela».

Ter fé, portanto, não é acreditar em qualquer coisa; ter fé é aceitar como verdadeira a Palavra revelada de Deus, é aderir voluntariamente às verdades que Deus comunicou à humanidade, sem as aumentar nem as diminuir.

Isso, por si só, já mostra o quão distante está a fé católica de uma simples crença. A fé é um conhecimento, mas uma simples crença não é conhecimento. Uma crença pode ser puro fruto da imaginação, da fantasia e da subjetividade do crente. No entanto, a fé está baseada no fato histórico e objetivo da Revelação. A fé é um conhecimento sobrenatural historicamente transmitido por Deus à humanidade. «Deus, tendo falado outrora muitas vezes e de muitos modos a nossos pais pelos profetas, ultimamente, nestes dias, falou-nos por meio de seu Filho» (Hb 1,1-2).

O católico, portanto, não é um crente, mas um fiel, que guarda na inteligência e no coração o conhecimento sobrenatural transmitido aos homens por Deus. Este conhecimento sobrenatural em que consiste a fé está depositado nas duas fontes da Revelação divina, a Sagrada Escritura e a Tradição Apostólica, e nos é transmitido por intermédio do magistério da Igreja. Entretanto, existe um conhecimento natural de Deus que, de certo modo, consiste num preâmbulo da fé e do qual pretendemos falar, com a ajuda do Altíssimo, no próximo artigo.

(Texto de Rodrigo R. Pedroso - Comunidade Canção Nova).

Santo do Dia

São Vito
 
Vito nasceu no final do século III, na antiga cidade de Mazara, na Sicília ocidental, numa família pagã, muito rica e de nobre estirpe. Sua mãe morreu quando ele tinha tenra idade e seu pai, Halaz, contratou uma ama, Crescência, para cuidar do pequenino. Ela era cristã, viúva e tinha perdido o único filho havia pouco tempo, era de linhagem nobre, mas em decadência financeira. Ele ainda providenciou um professor, chamado Modesto, para instruir e formar seu herdeiro. Entretanto, o professor também era cristão.

Halaz era um obstinado pagão que encarava o cristianismo como inimigo a ser combatido. Por isso Modesto e Crescência nunca revelaram que eram seguidores de Cristo, contudo educaram o menino dentro da religião. Dessa forma, aos doze anos, embora clandestinamente, Vito já estava batizado e demonstrava identificação total com os ensinamentos de Jesus.

Ao saber do batismo, o pai tentou convencê-lo a abandonar a fé, o que não deu resultado. Halaz partiu para a força e castigou o próprio filho, entregando-o, então, ao governador Valeriano, que o encarcerou e maltratou por vários dias, tentando fazer Vito abdicar de sua fé. Modesto e Crescência, entretanto, conseguiram arquitetar uma fuga e, segundo a tradição, com a ajuda de um anjo, tiraram Vito das mãos do poderoso governador. Fugiram os três para Lucânia, em Nápoles, onde esperavam encontrar paz. Mas depois de algum tempo foram reconhecidos e passaram a viver de cidade em cidade, fugindo dos algozes.

Neste período, Vito, que desde os sete anos havia manifestado dons especiais, patrocinou muitos prodígios. Como o mais célebre deles, lembrado pela tradição, quando ele ressuscitou, em nome de Jesus, um garoto que tinha sido estraçalhado por cães raivosos.

A perseguição a eles teve uma trégua apenas quando o filho epilético do imperador Diocleciano ficou muito doente. O soberano, tendo conhecimento dos dons de Vito, mandou que o trouxessem vivo à sua presença. Na oportunidade, pediu que ele intercedesse por seu filho. Vito, então, rezou com todo fervor e em nome de Jesus foi logo atendido. Porém Diocleciano pagou com a traição. Mandou prender Vito, que não aceitou renegar a fé em Cristo para ser libertado. Diante da negativa, foi condenado à morte, que ocorreu no dia 15 de junho, possivelmente de 304, depois de muitas torturas, quando ele tinha apenas quinze anos de idade.

Esta narrativa é tão antiga que alguns acontecimentos podem ser, em parte, apenas uma vigorosa tradição cristã. Como esta outra que diz que Vito, Modesto e Crescência teriam sido levados diante da multidão no Circo, submetidos a torturas violentíssimas e, finalmente, jogados aos cães raivosos. Entretanto, um milagre os salvou. Os cães, em vez de atacá-los, deitaram-se aos seus pés. Irado, o sanguinário Diocleciano mandou que fossem colocados dentro de um caldeirão com óleo quente, onde morreram lentamente.

O jovem mártir Vito existiu conforme consta no Martirológio Gerominiano, enquanto Modesto e Crescência só foram incluídos no calendário da Igreja no século XI. Suas relíquias, que depois de sua morte foram sepultadas em Roma, em 755 foram enviadas para Paris. Mais tarde, foram entregues ao santo rei da Boêmia, Venceslau, que era muito devoto do santo. Em 958, esse rei fez construir a belíssima catedral que leva o nome de São Vito e que conserva suas relíquias até hoje.

Desde a Idade Média, ele é considerado um dos "quatorze santos auxiliares", os santos cuja intercessão é muito eficaz em ocasiões específicas e para cura determinada. No caso de são Vito, principalmente na Europa, é invocado para a cura da epilepsia, da "coréia", doença conhecida popularmente como "dança de São Vito", e da mordida de cão raivoso. Além de ser padroeiro de muitas localidades.