terça-feira, janeiro 03, 2012

Reflita

"A cruz de Cristo tornou-se uma fonte da qual brotam rios de água viva."  - Papa João Paulo II

VÍDEO ESPECIAL

O tema do nosso vídeo de hoje é "Porque Existem doenças genéticas"



Evangelho do Dia

JOÃO 1:24-34

29No dia seguinte, João viu Jesus aproximar-se dele e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. 30Dele é que eu disse: Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia antes de mim. 31Também eu não o conhecia, mas se eu vim batizar com água, foi para que ele fosse manifestado a Israel”.
32E João deu testemunho, dizendo: “Eu vi o Espírito descer, como uma pomba do céu, e permanecer sobre ele. 33Também eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza com o Espírito Santo’. 34Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!”

Hoje, esta passagem do Evangelho de São João nos leva plenamente na dimensão testemunhal que lhe é própria. Testemunha é a pessoa que comparece para declarar a identidade de alguém. Pois bem, João apresenta-se como o profeta por excelência, que afirma a centralidade de Jesus. Vejamos sob quatro pontos de vista.

Afirma-a, em primeiro lugar, como um vidente que exorta: «Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo» (Jo 1,29). Fá-lo, em segundo lugar, reiterando convictamente: «É dele que eu falei: ‘Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque antes de mim ele já existia’ (Jo 1,30). Confirma-o consciente da missão que recebeu: «Vim batizar com água para que ele fosse manifestado a Israel” (Jo 1,31). E, finalmente, voltando à sua qualidade de vidente, afirma: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, é ele quem batiza com o Espírito Santo’. Eu vi» (Jo 1,33-34).

Perante este testemunho, que conserva dentro da Igreja a mesma energia de há dois mil anos, nos perguntamos, irmãos: 
No meio de uma cultura laicista que nega o pecado, contemplo Jesus como Aquele que me salva do mal moral?
No meio de uma corrente de opinião que vê em Jesus somente um homem religioso extraordinário, creio nele como Aquele que existe desde sempre, antes de João, antes da criação do mundo?
No meio de um mundo desorientado por mil ideologias e opiniões, aceito Jesus como Aquele que dá sentido definitivo à minha vida? 
No meio de uma civilização que marginaliza a fé, adoro Jesus como Aquele em Quem repousa plenamente o espírito de Deus?

E uma última pergunta: O meu “sim” a Jesus é tão profundo que, como João, também eu proclamo aos que conheço e me rodeiam: «Dou-vos testemunho de que Jesus é o filho de Deus!»?

Formação

DIZER "SIM" E DIZER "NÃO"
Quando dizemos não a nós mesmos aprendemos a autodisciplina

Você já notou como lida com seus impulsos, com aquela vontade irresistível de fazer algo? Controlar nossos impulsos significa o quanto conseguimos ser capazes de adiar a gratificação por algo e, com isso, fazer escolhas mais inteligentes ou adaptáveis. Sabe o que é mais interessante: o controle dos impulsos se dá em nossa infância, quando lidamos com as primeiras frustrações e gratificações.

Quando dizemos “não” a nós mesmos, aprendemos a autodisciplina, palavra tão conhecida entre nós e citada em revistas, artigos, programas de TV. Essa habilidade é capaz de gerar felicidade e sucesso.

Nisso começa o desafio dos pais, cuidadores, professores, pois crianças nunca aprendem a autodisciplina sozinhas, mas também não aprendem na escola ou na sala de aula. Não há curso para isso [autodisciplina]. Aí entra a habilidade dos pais em dar limites aos filhos e ensiná-los que, para cada ato, há uma consequência, que as escolhas levam a determinados caminhos, positivos ou negativos.

Ao deixar claro para uma criança quais as expectativas que se tem sobre algo ou os limites e o resultado sobre aquilo que não se cumpriu, tudo fica mais claro. Ou seja, a criança aprende, desde pequena, que, se optar por algo errado, receberá sua escolha em troca, experimentando o resultado negativo das escolhas feitas.

O que é mais complicado quando é necessário dizer “não” para seu filho? Muitos pais podem dizer que a dificuldade está em ver que o filho ficou infeliz, ficou triste, desapontado. Claro que, como pais, o que se tenta fazer muitas vezes é, de fato, evitar o sofrimento, mas isso se torna uma forma enganosa de proteger. Será muito mais produtivo dar aos filhos formas de lidar com a perda e, com isso, criar formas de “amortecer” as situações e lindar com os obstáculos da vida.

Dizer “não” é muito mais complicado do que dizer “sim”; porém, olhando para o futuro os resultados de um “sim” e um “não”, no tempo certo, fazem toda a diferença quando seu filho for adolescente ou adulto. Não diga “sim” para acalmar o choro ou a irritação do seu filho, mas diga “sim” quando é necessário e “não” sempre que preciso, para que não colha dificuldades em longo prazo.

Na autenticidade e na democracia da relação pai e filho, nos dias atuais, cresce e liberdade em dizer o que se pensa e posicionar-se, porém, não podemos nos esquecer do papel de modelagem de comportamento que damos ao filhos. “Ninguém pode respeitar seus semelhantes se não aprender quais são os seus limites — e isso inclui compreender que nem sempre se pode fazer tudo que se deseja na vida. É necessário que a criança interiorize a ideia de que poderá fazer muitas, milhares, a maioria das coisas que deseja — mas nem tudo e nem sempre. Essa diferença pode parecer sutil, mas é fundamental.” (Zagury, T.)

Esse é o desafio da persistência, do amor, do cuidado e da certeza que um “sim” e um “não” bem colocados, e ao seu tempo, farão toda a diferença na construção de adultos saudáveis e resistentes aos embates da vida.
(texto de Elaine Ribeiro)

Santo do Dia

Santa Genoveva
A França não deu ao mundo somente Santa Joana D'Arc como exemplo de mulher santa por interferir na política dos homens. Presenteou a Humanidade também com Santa Genoveva. Embora não se atirasse à guerra como Joana D'Arc, Santa Genoveva fez da atividade política e social uma obrigação tão importante quanto a oração e o jejum. Se Joana é invocada como guerreira, Genoveva se faz protetora nas horas de calamidade e perseguição.

Nasceu em Nanterre, perto de Paris, no ano 422, de família muito humilde e modesta, época em que a Inglaterra ainda era dominada pelo paganismo, exigindo da Igreja uma postura de evangelização naquele importante país. Assim, tinha Genoveva cerca de 6 anos (alguns escritos falam em 8) quando uma missão católica passou por sua cidade a caminho da Bretanha, liderada por dois bispos. Um deles profetizou que a menina seria um prodígio cristão - e não errou.

Já aos 15 anos Genoveva fez voto de castidade, participando ainda de uma irmandade que, embora não se retirasse para os conventos, atuava religiosa e socialmente a partir de suas próprias casas. Sua história como protetora da França tem dois episódios significativos e sempre citados: a resistência aos hunos e o auxílio dos moradores do campo à cidade que vivia na penúria.
Quando Átila, "o flagelo de Deus", liderou os hunos na invasão a Paris, a população decidiu abandonar a cidade. Santa Genoveva os convenceu a ficar, pois deviam confiar em Deus que impediria a destruição da metrópole. Embora quase fosse linchada pelos mais temerosos, sua convicção contagiou e o povo ficou. Átila não só não invadiu Paris como pouco tempo depois foi obrigado a recuar e abandonar outras cidades conquistadas.

Mais tarde, quando a cidade mergulhava na fome e na escassez, Genoveva exortou a população agrícola a socorrer os moradores urbanos, salvando milhares da morte. Por isso é invocada sempre que a capital francesa passa por calamidades e não tem recusado proteção, segundo seus devotos.

Sua atuação na política também livrou muitos da cadeia e da perseguição, pois interferia frequentemente junto ao Rei Clóvis, conseguindo anistia aos prisioneiros políticos. Morreu por volta do ano 502, depois de ter convencido o rei a construir a famosa igreja dedicada a São Pedro e São Paulo. Durante a revolução francesa a abadia construída sobre seu túmulo, e que abrigava suas relíquias, foi saqueada pelos jacobinos, mas seu culto continuou e perdura até hoje na Igreja de Santo Estêvão do Monte.