terça-feira, maio 08, 2012

Bíblia Sagrada


NAUM

A vida desse profeta é desconhecida. Ignora-se onde se situava a aldeia de Escosh, de onde ele era originário. O oráculo que nos é conservado a esse respeito descreve antes de tudo o julgamento divino que se exerce no mundo, e em seguida manifesta uma alegria transbordante com a ruína de Nínive (608).

Reflita

“Lembre-se de que você tem no Céu não somente um Pai, mas também uma Mãe.” - Pe. Pio

Vídeo Especial

O tema do nosso vídeo de hoje é "Laqueadura"




Evangelho do Dia

JOÃO 14:27-31

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 27“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. 28Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isto, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis.
30
Já não falarei muito convosco, pois o chefe deste mundo vem. Ele não tem poder sobre mim, 31amas, para que o mundo reconheça que eu amo o Pai, eu procedo conforme o Pai me ordenou”. 

Hoje, Jesus nos fala indiretamente da cruz: deixara-nos a paz, mas ao preço de sua dolorosa saída deste mundo. Hoje lemos suas palavras ditas antes do sacrifício da Cruz e que foram escritas depois de sua Ressurreição. Na Cruz, com sua morte venceu a morte e ao medo. Não nos dá a paz como a do mundo «Não é à maneira do mundo que eu a dou» (cf. Jo 14,27), senão que o faz passando pela dor e a humilhação: assim demonstrou seu amor misericordioso ao ser humano.

Na vida dos homens é inevitável o sofrimento, a partir do dia em que o pecado entrou no mundo. Umas vezes é dor física; outras, moral; em outras ocasiões se trata de uma dor espiritual..., e a todos nos chega a morte. Mas Deus, em seu infinito amor, nos deu o remédio para ter paz no meio da dor: Ele aceitou “ir-se” deste mundo com uma “saída” cheia de sofrimento e serenidade.


Por que ele fez assim? Porque, deste modo, a dor humana —unida à de Cristo— se converte em um sacrifício que salva do pecado. «Na Cruz de Cristo (...), o mesmo sofrimento humano ficou redimido» (João Paulo II). Jesus Cristo sofre com serenidade porque satisfaz ao Pai celestial com um ato de custosa obediência, mediante o qual se oferece voluntariamente por nossa salvação.


Um autor desconhecido do século II põe na boca de Cristo as seguintes palavras: «Veja as cuspidas no meu rosto, que recebi por ti, para restituir-te o primitivo alento de vida que inspirei em teu rosto. Olha as bofetadas de meu rosto, que suportei para reformar à imagem minha teu aspecto deteriorado. Olha as chicotadas de minhas costas, que recebi para tirar da tua o peso de teus pecados. Olha minhas mãos, fortemente seguras com pregos na árvore da cruz, por ti, que em outro tempo estendeste funestamente uma de tuas mãos à árvore proibida».

Formação

O CRISTÃO E A VIDA NO ESPÍRITO
SÃO DIVERSOS OS DONS E OS MINISTÉRIOS.

"Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos" (I Cor 12,4-6).

O Espírito Santo não Se revela apenas em uma só pessoa nem de uma só maneira. A Igreja, Corpo de Cristo, é como um corpo humano normal. Assim como Deus diferenciou os membros de nosso corpo, assim também o Espírito Santo faz ao formar o Corpo de Jesus Cristo. Ele coloca cada membro no lugar que designou, dando, a cada um, o dom que lhe é necessário para aquele lugar específico. Essa diversidade marca e forma o Corpo.

Na variedade de dons, a voz do Espírito pode ser ouvida e as várias necessidades do Corpo satisfeitas. Podemos não ter a menor ideia da extensão das necessidades dos crentes, mas Deus nos concedeu dons para corresponder a cada uma delas. Contudo, Ele não as concede para uma única pessoa nem para um grupo pequeno. Quanto a isso, o apóstolo Paulo é uma exceção, pois tinha todos os dons. O Espírito Santo de Deus não está sujeito a qualquer limitação no tocante à distribuição de Suas dádivas. Ele faz como bem entender e usa quem Ele escolhe, sem estar sujeito a qualquer restrição da parte do homem.

Se não houver oportunidades para os dons funcionarem adequadamente, pode haver muito prejuízo. É o que acontece quando a liberdade do Espírito, de usar quem deseja, é eliminada, ficando restrita a uma só pessoa, em geral aos pastores, líderes e sacerdotes. Dessa forma muitas necessidades nunca são satisfeitas, porque somente poucos dons se manifestam; e o mais grave: a autoridade do Espírito Santo e do Senhor Jesus é ignorada.  

Há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos (I Cor 12,5-6).

Aqui, vemos como as várias formas de ministério devem ser exercidas. O Espírito Santo distribui os dons conforme deseja, mas quem os recebe está sujeito à autoridade do Senhor. Quando o Espírito nos concede um dom, nos tornamos servos e mordomos, e temos de agir sob Sua direção. Não temos o direito de fazer nada em independência ou por nossa própria vontade. Não importa quão grande seja o poder do Espírito em nós, ainda assim não passamos de servos e mordomos de Cristo, e temos de nos comportar como tais. 

Quando Deus está agindo na Igreja, a vontade humana não tem lugar. O Senhor sempre trabalha conforme a Sua vontade. Isso é uma severa condenação a tudo o que os homens têm estabelecido no tocante à obra divina. Com isso, ela contradiz a prática de numerosas comunidades cristãs, nas quais o ministério está limitado a uma ou a poucas pessoas. 

Além disso, o conceito de que qualquer pessoa tem o direito de servir igualmente nega o ensino bíblico. Na Igreja de Deus, tudo é realizado com unção e ordem (cf. I Cor 14,39.40). A obediência e a dependência são requisitos fundamentais para os servidores da obra de Deus.

Será que esse princípio está enraizado em nosso coração? Se os cristãos puserem essa verdade em prática, Deus será glorificado e Suas bênçãos transbordarão. Testemunho santo e pregação ungida mudam o mundo.

(Texto de Padre Inácio José do Vale - Professor de Teologia)

Santo do Dia

São Vítor
 
Vítor, o Mouro, era africano natural da Mauritânia. Cristão desde criança, quando adulto ingressou no exército do imperador Maximiano. Quando este desejou sufocar uma rebelião na Gália, atual França, recrutou, então, um grande contingente de homens do Oriente e do norte da África.

O destacamento em que veio Vítor se estabeleceu em Milão, na Itália. Entretanto o imperador exigia que todos os soldados, antes de irem para a batalha, oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos do Império. Os que se recusavam eram condenados à morte.

Pois Vítor se recusou, mantendo e reafirmando sua fé cristã a cada ordem recebida nesse sentido. Ele foi levado ao tribunal e interrogado. Confessou novamente sua doutrina, entretanto, renovando sua lealdade ao imperador, quanto às ordens militares. O soldado Vítor, mesmo assim, foi encarcerado, permanecendo por seis dias sem comida ou água.

Essa cadeia onde ficou, ao lado da Porta Romana, até hoje é tristemente conhecida como o cárcere de São Vítor. Findo esse prazo, Vítor foi arrastado pelas ruas da cidade até o hipódromo do Circo, situado junto à atual Porta Ticinense, onde, interrogado novamente pelo próprio imperador, se negou a abandonar sua religião. Foi severamente flagelado, mas manteve-se firme. Levado de volta ao cárcere, teve as feridas cobertas por chumbo derretido, mas o soldado africano saiu ileso do pavoroso castigo.

Rapidamente Vítor se recuperou e, na primeira oportunidade, fugiu da cadeia, refugiando-se numa estrebaria junto a um teatro, onde hoje se encontra a Porta Vercelina. Acabou descoberto, levado a uma floresta próxima e decapitado. Era o dia 8 de maio de 303.

Conta a tradição milanesa que seu corpo permaneceu sem sepultura por uma semana, quando o bispo são Materno o encontrou intacto e vigiado por duas feras. Ali mesmo foi construída uma imensa igreja, a ele dedicada. Aliás, não é a única. Há, em Milão, várias outras igrejas e monumentos erguidos em sua homenagem, mas o mais significativo, sem dúvida, é o seu cárcere.

Vítor é um dos santos mais amados e venerados pelos habitantes de Milão. Tendo sido martirizado naquela cidade, sua prisão e seu martírio permanecem vivos na memória do povo, que sabe contar até hoje, detalhadamente, seu sofrimento, apontando com precisão os locais onde as tristes e sangrentas cenas aconteceram no início do século IV.

O culto ao mártir são Vítor, o Mouro, se espalhou pelo mundo católico do Ocidente e do Oriente, sendo invocado como o padroeiro dos prisioneiros e exilados.



Obs: Hoje a Igreja também celebra o dia de Santo Acácio.