quinta-feira, junho 21, 2012

Bíblia Sagrada


EPÍSTOLA A TITO

É também um grego, colaborador de Paulo. Este lhe escreve para lhe dar conselhos sobra a organização das comunidades da ilha de Creta. Esses conselhos são semelhantes aos dá I Epístola a Timóteo.

Reflita

Nas construções, uma pedra está agarrada a outra, se não fosse assim, a construção cairia. Assim deve ser entre nós: devemos viver unidos uns aos outros, em família e na sociedade. - São Gregório Magno

Vídeo Especial

O tema do nosso video de hoje é "É permitido músicas protestantes dentro da Missa?"




Evangelho do Dia

MATEUS 6:7-15

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. 8Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus.
11
O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. 13E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. 14De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes”. 

Hoje, Jesus nos sugere um grande e difícil ideal: o perdão das ofensas. E estabelece uma medida muito razoável: a nossa: «De fato, se vós perdoardes aos outros as suas faltas, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará; Mas, se vós não perdoardes aos outros, vosso Pai também não perdoará as vossas faltas» (Mt 6,14-15). Em outro lugar havia mostrado a regra de ouro a da convivência humana: «Tudo, portanto, quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o, vós também, a eles» (Mt 7,12).

Queremos que Deus nos perdoe e que os outros também o façam; mas nós nos resistimos em fazê-lo. Custa pedir perdão; mas dá-lo custa ainda mais. Se fôssemos humildes de verdade, não nos seria tão difícil; contudo o orgulho faz com que ele seja trabalhoso. Por isso podemos estabelecer a seguinte equação: a maior humildade, a maior facilidade; o maior orgulho, maior dificuldade. Isto lhe dará uma pista para conhecer seu grau de humildade.


Acabada a guerra civil espanhola (ano 1939), uns sacerdotes ex-reclusos celebraram uma missa de ação de graças na igreja de Els Omells. O celebrante, depois das palavras do Pai Nosso «perdoa nossas ofensas», ficou parado e não podia continuar. Não se via com ânimos de perdoar a quem lhes haviam feito padecer tanto ali mesmo num campo de trabalhos forçados. Passados uns instantes, no meio de um silêncio que se podia cortar, retomou a oração: «assim como nós perdoamos aos que nos ofendem». Depois se perguntaram qual tinha sido a melhor homilia. Todos estiveram de acordo: a do silêncio do celebrante quando rezava o Pai Nosso. Custa, mas é possível com a ajuda do Senhor.


Além disso, o perdão que Deus nos dá é total, chega até o esquecimento. Marginamos muito rápido os favores, mas as ofensas... Se os matrimônios as soubessem esquecer, se evitariam e se poderiam solucionar muitos dramas familiares.


Que a Mãe de misericórdia nos ajude a compreender aos demais e a perdoá-los generosamente.

Formação

COMO CONHECER DEUS?
SERÁ QUE HÁ NO HOMEM UMA RELIGIÃO NATURAL?

"Diz o insensato em seu próprio coração: Não há Deus" (Sl 13,1). A Sagrada Escritura não chama de infiéis os que negam a existência do Senhor, mas de insensatos, ou seja, pessoas sem senso, que não raciocinam. Isso significa algo muito importante: o não reconhecimento da presença de Deus não é um problema de falta de fé, mas de raciocínio. Efetivamente, para reconhecer a existência d'Ele não é preciso ter fé, basta pensar direito, fazer uso correto da própria inteligência.

Na verdade, a própria fé, de certa forma, pressupõe esse conhecimento sobre Deus, o qual obtemos apenas com as luzes de nossa razão. Como nos referimos em nosso artigo anterior e conforme consta dos parágrafos 142 e 143 do Catecismo da Igreja Católica (CIC), "fé é a resposta do homem ao Deus que se revela". Ter fé é confiar na palavra de alguém e aceitá-la como verdadeira. A fé é divina quando esse Alguém em quem confiamos é o próprio Pai do céu. Ora, aceitar a Palavra revelada pelo Senhor pressupõe que reconhecemos, previamente, a existência de um Deus que pode se revelar. Ou seja, o conhecimento sobrenatural da revelação pressupõe uma compreensão natural do Senhor.

Como alcançamos esta ciência? Em primeiro lugar, a realidade divina é uma verdade que pertence ao bom senso da humanidade. Cícero, filósofo romano, dizia que "não há povo tão bruto, bárbaro ou selvagem que não tenha a ideia da existência de Deus, ainda que se engane sobre a Sua natureza". Este é um traço que, radicalmente, nos separa dos animais irracionais, pois, fora de nossa espécie, não há registro de nenhum traço de veneração religiosa. Em compensação, jamais se observou sociedade humana que não tivesse alguma ideia de religião ou de divindade. Entre os seres que vivem sobre a Terra, só o homem presta culto a Deus; e sempre onde se encontrou o homem, aí também se encontrou a religião.

O argumento é persuasivo, porém nada prova definitivamente. Ainda que toda a humanidade concordasse com a existência do Senhor, todos poderiam estar enganados. Entretanto, é possível, verdadeiramente, a partir das realidades à nossa volta, demonstrar a existência d'Ele com a mais absoluta certeza de que a razão humana é capaz.

Como nos ensina o apóstolo dos gentios na Carta aos Romanos: "O que se pode conhecer de Deus é-lhes manifesto, pois Deus lho manifestou. De fato, as coisas invisíveis d’Ele, depois da criação do mundo, compreendendo-se pelas coisas feitas, tornaram-se visíveis, e assim o seu poder eterno e a sua divindade» (Rm 1,19-20). 

Efetivamente, a existência de Deus foi demonstrada pelo filósofo grego Aristóteles, que viveu no século IV antes de Cristo. Na Idade Média, a demonstração aristotélica foi desdobrada em cinco vias por Santo Tomás de Aquino e, até hoje, não foi refutada, porque, para tanto, seria preciso negar ou a própria existência do mundo ou os primeiros princípios do ser. Entretanto, tais provas são difíceis e reclamam, para a sua perfeita compreensão, um profundo conhecimento do conjunto da filosofia aristotélico-tomista.

Isso mostra a importância de se estudar a filosofia de Aristóteles e Santo Tomás de Aquino. O decreto Optatam Totius, do Concílio Vaticano II, por exemplo, determina que, na formação sacerdotal, as disciplinas filosóficas sejam ensinadas segundo "um patrimônio filosófico perenemente válido" (n. 15), em que se inclui, essencialmente, a filosofia aristotélico-tomista. Trata-se de uma filosofia perene, que começa com os primeiros filósofos gregos, desenvolve-se com Sócrates e Platão, é sistematizada e aperfeiçoada por Aristóteles, recebe contribuições dos estóicos e é continuada por Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino, representando uma conquista definitiva da humanidade e um patrimônio intelectual de valor permanente, inclusive para os homens de hoje.

Essa filosofia perene nos proporciona os princípios que nos habilitam não somente a demonstrar com certeza a existência divina, mas também outras verdades fundamentais para a vida religiosa, como a imortalidade da alma e a existência de uma lei moral que define o certo e o errado no comportamento humano.

Tal a importância do estudo da filosofia, que o grande Papa Leão XIII publicou uma encíclica, a Aeterni Patris, apenas para estimular esses estudos, especialmente a respeito da filosofia de Santo Tomás. Neste documento, o Pontífice diz: "Sabe-se que entre os chefes das facções heréticas não faltaram os que confessaram publicamente que, uma vez afastada a doutrina de Tomás de Aquino, eles poderiam facilmente enfrentar e vencer todos os doutores católicos e aniquilar a Igreja. Sem dúvida, esperança vã, mas não vão testemunho" (n. 46).

Portanto, existe uma religião natural, que é constituída das verdades e deveres religiosos demonstrados à luz natural da razão humana pela reta filosofia. É por isso que a formação de um padre prevê o estudo da filosofia antes da teologia. A filosofia fornece aquele conhecimento natural de Deus que constitui o que os teólogos chamam de “os preâmbulos da fé”. O Catolicismo é uma religião revelada (sobrenatural) assentada sobre uma religião demonstrável (natural).

(Texto de Rodrigo R. Pedroso)

Santo do Dia

São Luís Gonzaga
 
Luís nasceu no dia 9 de março de 1568, na Itália. Foi o primeiro dos sete filhos de Ferrante Gonzaga, marquês de Castiglione delle Stiviere e sobrinho do duque de Mântua. Seu pai, que servia ao rei da Espanha, sonhava ver seu herdeiro e sucessor ingressar nas fileiras daquele exército. Por isso, desde pequenino, Luís era visto vestido como soldado, marchando atrás do batalhão ao qual seu pai orgulhosamente servia.

Entretanto, Luís não desejava essa carreira, pois, ainda criança fizera voto de castidade. Quando tinha dez anos, foi enviado a Florença na qualidade de pajem de honra do grão-duque de Toscana. Posteriormente, foi à Espanha, para ser pajem do infante dom Diego, período em que aproveitou para estudar filosofia na universidade de Alcalá de Henares. Com doze anos, recebeu a primeira comunhão diretamente das mãos de Carlos Borromeu, hoje santo da Igreja.

Desejava ingressar na vida religiosa, mas seu pai demorou cerca de dois anos para convencer-se de sua vocação. Até que consentiu; mas antes de concordar definitivamente, ele enviou Luís às cortes de Ferrara, Parma e Turim, tentando fazer com que o filho se deixasse seduzir pelas honras da nobreza dessas cortes.

Luís tinha quatorze anos quando venceu as resistências do pai, renunciou ao título a que tinha direito por descendência e à herança da família e entrou para o noviciado romano dos jesuítas, sob a direção de Roberto Belarmino, o qual, depois, também foi canonizado.

Lá escolheu para si as incumbências mais humildes e o atendimento aos doentes, principalmente durante as epidemias que atingiram Roma, em 1590, esquecendo totalmente suas origens aristocráticas. Consta que, certa vez, Luís carregou nos ombros um moribundo que encontrou no caminho, levando-o ao hospital. Isso fez com que contraísse a peste que assolava a cidade.

Luís Gonzaga morreu com apenas vinte e três anos, em 21 de junho de 1591. Segundo a tradição, ainda na infância preconizara a data de sua morte, previsão que ninguém considerou por causa de sua pouca idade. Mas ele estava certo.

O papa Bento XIII, em 1726, canonizou Luís Gonzaga e proclamou-o Padroeiro da Juventude. A igreja de Santo Inácio, em Roma, guarda as suas relíquias, que são veneradas no dia de sua morte. Enquanto a capa que são Luís Gonzaga usava encontra-se na belíssima basílica dedicada a ele, em Castiglione delle Stiviere, sua cidade natal.