terça-feira, janeiro 24, 2012

Reflita

Mesmo que eu quisesse negar
Ainda que tentasse esconder
O seu amor, Senhor
Se fez real em mim
Não quero e nem posso isso mudar
Nao esqueço o que fez por mim
Entregando sua vida em meu lugar
Nunca ninguem, Senhor
Me amou de modo assim
Eu descobri ao seu lado é meu lugar

É por isso que não calo a minha voz
É por isso que eu canto essa canção
E te faço aqui juras de amor

Pois, bem antes conquistou meu coração
Música "Real em Mim" - Rosa de Saron.

Bíblia Sagrada

Bom galera, hoje vamos continuar o nosso estudo sobre a Bíblia, e o tema de hoje é a Divisão da Sagrada Escritura


A Bíblia se divide em suas grandes partes, chamadas respectivamente Antigo e Novo Testamento. O Termo Testamento substitui atualmente um antigo termo grego que significa Pacto ou aliança. Com efeito, em toda a Bíblia, trata-se da aliança feita por Deus com os homens, primeiramente por intermédio de Moisés, e em seguida pelo ministério de Jesus Cristo.

É importante lembrar como foi feita cada uma dessas coleções. A cada coleção dos livros do Antigo Testamento originou-se no seio da comunidade dos judeus que a foram ajuntando no decorrem de sua história. Dividiram-na em três partes?
1.    A Lei (Torá), que contém cinco livros (chamado mais tarde de O Pentateuco, que significa os cinco volumes), forma o núcleo fundamental da Bíblia. São eles: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

2.    Os Profetas
. Os judeus abrangiam sob esse título não somente os livros que hoje são denominados  Profetas, mas também a maioria dos escritos que hoje costumamos chamar de Livros Históricos.

3.    Os Escritos.
Os judeus designavam por esse nome os seguintes Livros: Salmos, Provérbios, Jó, Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel, Esdras, Neemias e as Crônicas.
 É essa a divisão que se refere o Divino Mestre quando mais de uma vez falou da “Lei e os Profetas” (Mt 22-40).

Essa coleção já estava terminada no segundo século antes de nossa era.
Nessa mesma época os judeus já estavam, em parte, dispersos pelo mundo. Uma importante colônia judaica vivia então no Egito, em Alexandria, onde se falava muito a língua grega. A Bíblia foi então traduzida para o Grego. Alguns escritos recentes foram-lhe acrescentados sem que os judeus de Jerusalém os reconhecessem como inspirados. São os seguintes livros: Tobias e Judite, alguns suplementos dos livros de Daniel e de Ester, os livros da Sabedoria e do Eclesiástico, Baruc e a carta de Jeremias, que se lê hoje no último capítulo de Baruc. A Igreja Cristã admitiu-os como inspirados da mesma forma que os outros livros.

No tempo da Reforma, os protestantes, depois de terem hesitado por algum tempo, decidiram não mais admiti-los nas suas Bíblias, pelo simples fato de não fazerem parte da Bíblia Hebraica primitiva. Daí a diferença que há ainda hoje entre as edições protestantes e as edições Católicas da Bíblia. Quanto ao Novo Testamento não há diferença alguma.

A Bíblia Católica divide os 46 livros do Antigo Testamento do seguinte modo:
1.    O Pentateuco (isto é, a Lei).

2.    Os livros Históricos: Josué, Juízes, Rute, os dois livros de Samuel, os dois livros dos Reis, os dois livros da Crônicas, os livros de Esdras e Neemias, Tobias, Judite, Ester e os dois de Macabeus.

3.    Os livros Sapienciais: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria e Eclesiástico.

4.    Os livros Proféticos: Isaías, Jeremias, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
A Coleção dos livros do Novo Testamento começou a formar-se na segunda metade do primeiro século de nossa era.

Seus 27 livros são assim atribuídos:

1.    Cinco livros Históricos: Os Evangelhos, Mateus, Marcos, Lucas e João e o livro dos Atos dos Apóstolos.

2.    21 Cartas dos Apóstolos:
São Paulo escreveu 14 (Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Colossenses, I e II Tessalonicenses, Tito, Efésios, I e II Timóteo, Filipenses, Hebreus, Filêmon). As outras são: I de São Tiago, I e II de Pedro, I de Judas, I, II e III de João.

3.    Um livro Profético:
O Apocalipse, escrito por São João.

As duas coleções que formam a Bíblia foram sendo traduzidas do grego para o latim desde o início do segundo século da nossa era. Mas a tradução latina mais divulgada é a que fez São Jerônimo à base dos textos originais hebraico e grego, no fim do quarto século, denominada “Vulgata” (Vulgarizada).






Por hoje é isso galera, amanhã falaremos sobre o conteúdo da Bíblia.
Deus abençoe!!!

VÍDEO ESPECIAL

O tema do nosso vídeo de hoje é "Como saber se um fato pertence a tradição".



Evangelho do Dia

MARCOS 3:31-35

Naquele tempo, 31chegaram a mãe de Jesus e seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. 32Havia uma multidão sentada ao redor dele. Então lhe disseram: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura”. 33Ele respondeu: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 34E olhando para os que estavam sentados ao seu redor, disse: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos. 35Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. 


Hoje contemplamos Jesus, numa cena muito especial e, também, comprometedora, ao seu redor havia uma multidão de pessoas do povoado. Os familiares mais próximos de Jesus chegaram desde Nazaré a Cafarnaum. Mas, quando viram tanta quantidade de gente, permaneceram do lado de fora e mandaram chamá-lo. Disseram-lhe: «Tua mãe e teus irmãos e irmãs estão lá fora e te procuram» (Mc 3,32).

Na resposta de Jesus, como veremos, não há nenhum motivo para rechaçar os seus familiares. Jesus tinha se afastado deles para seguir o chamado divino e mostra agora que também internamente renunciou a eles: não por frialdade de sentimentos ou por menosprezo dos vínculos familiares, senão porque pertence completamente a Deus Pai. Jesus Cristo fez Ele mesmo, pessoalmente, aquilo que justamente pede aos seus discípulos.

Em vez da sua família da terra, Jesus escolheu uma família espiritual. Passando um olhar sobre os que estavam sentados ao seu redor, disse-lhes: «Eis minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe». (Mc 3, 34-35). São Marcos, em outros lugares do seu Evangelho, refere outro dos olhares de Jesus ao seu redor.

Será que Jesus quer nos dizer que só são seus parentes os que escutam com atenção sua palavra? Não! Não são seus parentes aqueles que escutam sua palavra, senão aqueles que escutam e cumprem a vontade de Deus: esses são seu irmão, sua irmã, sua mãe.

Jesus faz uma exortação a aqueles que estão ali sentados a entrar em comunhão com Ele através do cumprimento da vontade divina. Mas, vemos, também, na suas palavras uma louvação a sua mãe, Maria, a sempre bem-aventurada por ter acreditado.

Formação

HÓSTIA: O QUE A PALAVRA LHE SUGERE?
Os Cristão adotaram a palavra hóstia, para referir-se ao cordeiro.

Certa vez, pensando sobre o "Sacramento da Caridade", me fiz a seguinte pergunta: Por que será que costumamos associar "eucaristia" com "hóstia".

Fala-se em adorar a hóstia, ajoelhar-se diante da hóstia, levar a hóstia em procissão (na festa de Corpus Christi), guardar a hóstia... Uma criança chegou certa vez para a catequista e perguntou: "Tia, quanto tempo falta para eu tomar a hóstia?" (Referia-se à primeira comunhão).

Tive então a idéia de ir atrás da origem da palavra "hóstia". Corri para um dicionário (aliás, vários), e me dei conta que esta palavra vem do latim. Descobri que, em latim, "hóstia" é praticamente sinônimo de "vítima". Ao animal sacrificado em honra dos deuses, à vítima oferecida em sacrifício à divindade, os romanos (que falavam latim) chamavam de "hóstia". Ao soldado tombado na guerra vítima da agressão inimiga, defendendo o imperador e a pátria, chamavam de "hóstia". Ligada à palavra "hóstia" está a palavra latina "hóstis", que significa: "o inimigo". Daí vem a palavra "hostil" (agressivo, ameaçador, inimigo), "hostilizar" (agredir, provocar, ameaçar). E a vítima fatal de uma agressão, por conseguinte, é uma "hóstia".

Então, aconteceu o seguinte: O cristianismo, ao entrar em contato com a cultura latina, agregou no seu linguajar teológico e litúrgico a palavra "hóstia", exatamente para referir-se à maior "vítima" fatal da agressão humana: Cristo morto e ressuscitado.

Os cristãos adotaram a palavra "hóstia" para referir-se ao Cordeiro imolado (vitimado) e, ao mesmo tempo ressuscitado, presente no memorial eucarístico.

A palavra "hóstia" passa, pois, a significar a realidade que Cristo mesmo mostrou naquela ceia derradeira: "Isto é o meu corpo entregue... o meu sangue derramado". O pão consagrado, portanto, é uma "hóstia", aliás, a "hóstia" verdadeira, isto é, o próprio Corpo do ressuscitado, uma vez mortalmente agredido pela maldade humana, e agora vivo entre nós feito pão e vinho, entregue para ser comida e bebida: Tomai e comei..., tomai e bebei...

Infelizmente, com o correr dos tempos, perdeu-se muito este sentido profundamente teológico e espiritual que assumiu a palavra "hóstia" na liturgia do cristianismo romano primitivo, e se fixou quase que só na materialidade da "partícula circular de massa de pão ázimo que é consagrada na missa". A tal ponto de acabamos por chamar de "hóstia" até mesmo as partículas ainda não consagradas!

Hoje, quando falo em "hóstia", penso na "vítima pascal", penso na morte de Cristo e sua ressurreição, penso no mistério pascal. Hóstia para mim é isto: a morte do Senhor e sua ressurreição, sua total entrega por nós, presente no pão e no vinho consagrados. Por isso que, após a invocação do Espírito Santo sobre o pão e o vinho e a narração da última ceia do Senhor, na missa, toda a assembléia canta: "Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus".

Diante desta "hóstia", isto é, diante deste mistério, a gente se inclina em profunda reverência, se ajoelha e mergulha em profunda contemplação, assumindo o compromisso de ser também assim: corpo oferecido "como hóstia viva, santa, agradável a Deus" (Rm 12,1). Adorar a "hóstia" significa render-se ao seu mistério para vivê-lo no dia-a-dia. E comungar a "hóstia" significa assimilar o seu mistério na totalidade do nosso ser para se tornar o que Cristo é: entrega de si a serviço dos irmãos, hóstia.

E agora entendo melhor quando o Concílio Vaticano II, ao exortar para a participação consciente, piedosa e ativa no "sacrossanto mistério da eucaristia", completa: "E aprendam a oferecer-se a si próprios (grifo nosso) oferecendo a hóstia imaculada, não só pelas mãos do sacerdote, mas também juntamente com ele e, assim, tendo a Cristo como Mediador, dia a dia se aperfeiçoem na união com Deus e entre si, para que, finalmente, Deus seja tudo em todos" (SC 48).
(Texto de Frei José Ariovaldo da Silva - Mestre em Sagrada Liturgia, prof. Inst Teológico Petrópolis)

Santo do Dia

Santo Francisco de Sales
Francisco de Sales, primogênito dos treze filhos dos Barões de Boisy, nasceu no castelo de Sales, na Sabóia, em 21 de agosto de 1567. A família devota de São Francisco de Assis, escolheu esse para ele, que posteriormente o assumiu como exemplo de vida. A mãe se ocupava pessoalmente da educação de seus filhos. Para cada um escolheu um preceptor. O de Francisco era o padre Deage, que o acompanhou até sua morte, inclusive em Paris, onde o jovem barão fez os estudos universitários no Colégio dos jesuítas.

Francisco estudou retórica, filosofia e teologia que lhe permitiu ser depois o grande teólogo, pregador, polemista e diretor espiritual que caracterizaram seu trabalho apostólico. Por ser o herdeiro direto do nome e da tradição de sua família, recebeu também lições de esgrima, dança e equitação, para complementar sua já apurada formação. Mas se sentia chamado para servir inteiramente a Deus, por isso fez voto de castidade e se colocou sob a proteção da Virgem Maria.

Aos 24 anos, Francisco, doutor em leis, voltou para junto da família, que já lhe havia escolhido uma jovem nobre e rica herdeira para noiva e conseguido um cargo de membro do Senado saboiano. Ao vê-lo recusar tudo, seu pai soube do seu desejo de ser sacerdote, através do tio, cônego da catedral de Genebra, com quem Francisco havia conversado antes. Nessa mesma ocasião faleceu o capelão da catedral de Chamberi, e, o cônego seu tio, imediatamente obteve do Papa a nomeação de seu sobrinho para esse posto.
Só então seu pai, o Barão de Boisy, consentiu que seu primogênito se dedicasse inteiramente ao serviço de Deus. Sem poder prever que ele estava destinado a ser elevado à honra dos altares; e, muito mais, como Doutor da Igreja!

Durante os cinco primeiros anos de sua ordenação, o então padre Francisco, se ocupou com a evangelização do Chablais, cidade situada às margens do lago de Genebra, convertendo, com o risco da própria vida, os calvinistas. Para isso, divulgava folhetos nos quais refutava suas heresias, mediante as verdades católicas. Conseguindo reconduzir ao seio da verdadeira Igreja milhares de almas que seguiam o herege Calvino. O nome do padre Francisco começava a emergir como grande confessor e diretor espiritual.

Em 1599, foi nomeado Bispo auxiliar de Genebra; e, três anos depois, assumiu a titularidade da diocese. Seu campo de ação aumentou muito. Assim, Dom Francisco de Sales fundou escolas, ensinou catecismo às crianças e adultos, dirigiu e conduziu à santidade grandes almas da nobreza, que desempenharam papel preponderante na reforma religiosa empreendida na época com madre Joana de Chantal, depois Santa, que se tornou sua co-fundadora da Ordem da Visitação, em 1610.

Todos queriam ouvir a palavra do Bispo, que era convidado a pregar em toda parte. Até a família real da Sabóia não resistia ao Bispo-Príncipe de Genebra, que era sempre convidado para pregar também na Corte.

Publicou o livro que se tornaria imortal: "Introdução à vida devota". Francisco de Sales também escreveu para suas filhas da Visitação, o célebre "Tratado do Amor de Deus", onde desenvolveu o lema : "a medida de amar a Deus é amá-lo sem medida". Os contemporâneos do Bispo-Príncipe de Genebra não tinham dúvidas a respeito de sua santidade, dentre eles Santa Joana de Chantal e São Vicente de Paulo, dos quais foi diretor espiritual.

Francisco de Sales faleceu no dia 28 de dezembro de 1622, em Lion, França. O culto ao Santo começou no próprio momento de sua morte. Ele é celebrado no dia 24 de janeiro porque neste dia, do ano de 1623, as suas relíquias mortais foram trasladadas para a sepultura definitiva em Anneci. Sua beatificação, em 1661, foi a primeira a ocorrer na basílica de São Pedro em Roma. Foi canonizado quatro anos depois. Pio IX declarou-o Doutor da Igreja e Pio XI proclamou-o o Padroeiro dos jornalistas e dos escritores católicos. Dom Bosco admirava tanto São Francisco de Sales que deu o nome de Congregação Salesiana à Obra que fundou para a educação dos jovens.