Bom galera, hoje vamos continuar o nosso estudo sobre a Bíblia, e o tema de hoje é a Divisão da Sagrada Escritura
A Bíblia se divide em suas grandes partes, chamadas respectivamente Antigo e Novo Testamento. O Termo Testamento substitui atualmente um antigo termo grego que significa Pacto ou aliança. Com efeito, em toda a Bíblia, trata-se da aliança feita por Deus com os homens, primeiramente por intermédio de Moisés, e em seguida pelo ministério de Jesus Cristo.
É importante lembrar como foi feita cada uma dessas coleções. A cada coleção dos livros do Antigo Testamento originou-se no seio da comunidade dos judeus que a foram ajuntando no decorrem de sua história. Dividiram-na em três partes?
1. A Lei (Torá), que contém cinco livros (chamado mais tarde de O Pentateuco, que significa os cinco volumes), forma o núcleo fundamental da Bíblia. São eles: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
2. Os Profetas. Os judeus abrangiam sob esse título não somente os livros que hoje são denominados Profetas, mas também a maioria dos escritos que hoje costumamos chamar de Livros Históricos.
3. Os Escritos. Os judeus designavam por esse nome os seguintes Livros: Salmos, Provérbios, Jó, Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel, Esdras, Neemias e as Crônicas.
É essa a divisão que se refere o Divino Mestre quando mais de uma vez falou da “Lei e os Profetas” (Mt 22-40).
Essa coleção já estava terminada no segundo século antes de nossa era.
Nessa mesma época os judeus já estavam, em parte, dispersos pelo mundo. Uma importante colônia judaica vivia então no Egito, em Alexandria, onde se falava muito a língua grega. A Bíblia foi então traduzida para o Grego. Alguns escritos recentes foram-lhe acrescentados sem que os judeus de Jerusalém os reconhecessem como inspirados. São os seguintes livros: Tobias e Judite, alguns suplementos dos livros de Daniel e de Ester, os livros da Sabedoria e do Eclesiástico, Baruc e a carta de Jeremias, que se lê hoje no último capítulo de Baruc. A Igreja Cristã admitiu-os como inspirados da mesma forma que os outros livros.
No tempo da Reforma, os protestantes, depois de terem hesitado por algum tempo, decidiram não mais admiti-los nas suas Bíblias, pelo simples fato de não fazerem parte da Bíblia Hebraica primitiva. Daí a diferença que há ainda hoje entre as edições protestantes e as edições Católicas da Bíblia. Quanto ao Novo Testamento não há diferença alguma.
A Bíblia Católica divide os 46 livros do Antigo Testamento do seguinte modo:
1. O Pentateuco (isto é, a Lei).
2. Os livros Históricos: Josué, Juízes, Rute, os dois livros de Samuel, os dois livros dos Reis, os dois livros da Crônicas, os livros de Esdras e Neemias, Tobias, Judite, Ester e os dois de Macabeus.
3. Os livros Sapienciais: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria e Eclesiástico.
4. Os livros Proféticos: Isaías, Jeremias, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
A Coleção dos livros do Novo Testamento começou a formar-se na segunda metade do primeiro século de nossa era.
Seus 27 livros são assim atribuídos:
1. Cinco livros Históricos: Os Evangelhos, Mateus, Marcos, Lucas e João e o livro dos Atos dos Apóstolos.
2. 21 Cartas dos Apóstolos: São Paulo escreveu 14 (Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Colossenses, I e II Tessalonicenses, Tito, Efésios, I e II Timóteo, Filipenses, Hebreus, Filêmon). As outras são: I de São Tiago, I e II de Pedro, I de Judas, I, II e III de João.
3. Um livro Profético: O Apocalipse, escrito por São João.
As duas coleções que formam a Bíblia foram sendo traduzidas do grego para o latim desde o início do segundo século da nossa era. Mas a tradução latina mais divulgada é a que fez São Jerônimo à base dos textos originais hebraico e grego, no fim do quarto século, denominada “Vulgata” (Vulgarizada).
Por hoje é isso galera, amanhã falaremos sobre o conteúdo da Bíblia.
Deus abençoe!!!