quinta-feira, fevereiro 16, 2012

24 Anos de Monte Tabor.

Bíblia Sagrada


CRÔNICAS

Os dois livros das Crônicas, chamados também de Paralipômenos, constituíram primitivamente uma só obra com os livros de Neemias e Esdras.

O cronista, que escreveu sem dúvida aí pelo começo do século III a.C., utilizou-se de grande número de fontes que ele cita com exatidão: os livros do vidente Samuel, do profeta Natã, os oráculos de Aías de Siló, as memórias de Jeú. Outras fontes eram os Anais dos reis de Israel e de Judá, por fim certos trechos dos livros de Samuel e dos Reis são reproduzidos textualmente.

O autor, certamente membro de uma família sacerdotal, coloca-se em um ponto de vista certamente religioso. Antes de tudo, que pôr em evidência como Deus se utiliza do governo de reis fieis para a realização de seus desígnios, nomeadamente para a conservação integral da aliança. Tenciona ele igualmente demonstrar que a verdadeira vocação do povo eleito consiste em dedicar-se ao culto divino no templo, que assim se deve tornar o centro de toda a nação. Justificava-se este ponto de vista na época que o livro foi exarado. Os judeus deportados foram então reintegrados na Palestina pelo decreto de Ciro, em 536, depois de terem permanecido cerca de 70 anos na Babilônia. Já existia, então, nenhuma autonomia nacional. Só a religião e o culto é que ainda podiam servir para fortalecer a alma da comunidade Judia restaurada. A explicação dessa transformação de uma nação politicamente autônoma numa comunidade religiosa constitui a finalidade do autor das Crônicas.

Esta obra parece ser uma reivindicação, cheia de convicção, do primado do culto, da religião e da fidelidade a aliança divina sobre todos os valores políticos e terrestres. Em vários lugares ele testemunha a mais viva fé na retribuição divina em uma intervenção direta de Deus no curso dos acontecimentos históricos. Dessa forma é sua intenção inculcar ao leitor uma sólida esperança na vinda de uma realeza espiritual e um digno sentimento de soberania exclusiva de Deus sobre o mundo.

Três passagens do livro das Crônicas merecem ser assinaladas de modo particular:

·         As duas orações de Davi (I Cro 17-29)

·         A oração de Salomão suplicando a sabedoria (II Cro 1)

·         A dedicação do Templo ( II Cro 6-7)



***Amanhã falaremos dos livros de Esdras e Neemias.***
 

Reflita

“A alma pura é uma bela rosa, e as Três Pessoas divinas descem do céu para poder respirar o seu perfume.” - São João Maria Vianney

Dicas da Semana

MÚSICAS

FLAVINHO

GRECCO

ITALO VILLAR

IR. KELLY PATRICIA

KENNIA

LIVROS

  • FORTES NA TRIBULAÇÃO - Pe. FABRÍCIO
Os problemas fazem parte da vida. E ainda não existe nenhum truque que os faça desaparecer. A alternativa, portanto, é encará-los. Pensando nisso, Padre Fabrício Andrade escreveu este livro com o anseio de nos orientar na melhor resposta que podemos dar às dificuldades, sempre objetivando o amadurecimento da nossa fé e nosso comprometimento com a vontade de Deus.
Neste livro você será convidado a descobrir a verdade à sua volta, a razão de seus sofrimentos e medos, e a experimentar uma transformação, algo completamente novo. Para aceitar o convite, no entanto, é indispensável determinação e coragem, uma vez que será liberto do “seu querer” e guiado pelo vento do Senhor.

  • ONDE DEUS ESTÁ - Pe. REINALDO CAZUMBA
Quantas vezes nos sentimos desamparados, abandonados até mesmo por Deus? Em muitos momentos, os nossos sentimentos e vazios humanos nos fazem duvidar que o Senhor esteja conosco, caminhando ao nosso lado, e à espera de uma simples súplica para entrar e mudar completamente a nossa vida.
Neste livro, Padre Reinaldo Cazumbá quer lhe despertar para uma fé viva, tirando-o da mornidão espiritual, da apatia e da falta de fervor. Abra os olhos e o coração para esta verdade: o Senhor está próximo de nós, basta que recorramos a Ele.

Evangelho do Dia

MARCOS 8:27-33


Naquele tempo, 27Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesareia de Filipe. No caminho perguntou aos discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?”
28
Eles responderam: “Alguns dizem que tu és João Batista; outros que és Elias; outros, ainda, que és um dos profetas”. 29Então ele perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “Tu és o Messias”.
30
Jesus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a seu respeito. 31Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, devia ser morto, e ressuscitar depois de três dias. 32Ele dizia isso abertamente.
Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo. 33Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu a Pedro, dizendo: “Vai para longe de mim, Satanás!” Tu não pensas como Deus, e sim como os homens”. 


Hoje continuamos a ouvir a Palavra de Deus com a ajuda do Evangelho de São Marcos. Um evangelho com uma inquietação bem clara: descobrir quem é este Jesus de Nazaré. Marcos foi nos oferecendo, com os seus textos, a reação de diferentes personagens perante Jesus: os doentes, os discípulos, os escribas e fariseus. Hoje nos pede diretamente a nós: «E vós, quem dizeis que eu sou?» (Mc 8,29).

Certamente, os que nos chamamos cristãos temos o dever fundamental de descobrir a nossa identidade para dar testemunho da nossa fé, dando bom exemplo com a nossa vida. Este dever urge-nos para poder transmitir uma mensagem clara e compreensível aos nossos irmãos e irmãs que podem encontrar em Jesus uma Palavra de Vida que dê sentido a tudo o que pensam, dizem e fazem, mas este testemunho deve começar sendo nós próprios conscientes do nosso encontro pessoal com Ele. João Paulo II, na sua Carta apostólica “Novo millennio ineunte”, escreveu-nos: «O nosso testemunho seria enormemente deficiente se não fossemos os primeiros contempladores do seu rosto».


São Marcos, com este texto, oferece-nos um bom caminho de contemplação de Jesus. Primeiro Jesus pergunta que dizem as pessoas que Ele é; e podemos responder como os discípulos: João Batista, Elias, uma personagem importante, bom, atraente. Uma resposta boa, sem dúvida, mas ainda longe da Verdade de Jesus. Ele pergunta-nos: «E vós, quem dizeis que eu sou?» (Mc 8,29). É a pergunta da fé, da implicação pessoal. A resposta apenas a encontramos na experiência do silencio e da oração. É o caminho da fé que recorre Pedro, e o que devemos também nós fazer.


Irmãos e irmãs, experimentemos desde a nossa oração a presença libertadora do amor de Deus presente nas nossas vida. Ele continua fazendo aliança conosco com signos claros da sua presença, como aquele arco posto nas nuvens prometido a Noé.

Sacramentos

O SACRAMENTO DA CONFIRMAÇÃO - CRISMA
Nele recebemos a Efusão do Espirito Santo

O Catecismo da Igreja Católica ensina que a Confirmação – Crisma, pertence, juntamente com o Batismo e a Eucaristia, aos três sacramentos da iniciação cristã da Igreja Católica. Nesse sacramento, tal como ocorreu no Pentecostes, o Paráclito desceu sobre a comunidade dos discípulos, então reunida. Também nele o Espírito Santo desce em cada batizado que pede à Igreja o dom d'Ele [Espírito Santo], dessa forma o sacramento encoraja o fiel e o fortalece para uma vida de testemunho de amor a Cristo.

A Confirmação é o sacramento que completa o Batismo e pelo qual recebemos o dom do Espírito Santo. Quem se decide livremente por uma vida como filho de Deus e pede o Espírito de Deus, sob o sinal da imposição das mãos e da unção do óleo do Crisma, obtém a força para testemunhar o amor e o poder de Deus com palavras e atos. Essa pessoa agora é membro legítimo e responsável da Igreja Católica.

Chama-se Crisma (nas Igrejas Orientais: Crismação com o Santo Myron) por causa do rito essencial que é a unção. Chama-se Confirmação, porque confirma e reforça a graça batismal. O óleo do Crisma é composto de óleo de oliveira (azeite) perfumado com resina balsâmica. Na manhã da Quinta-feira Santa, o bispo consagra-o para ser utilizado no Batismo, na Confirmação, na Ordenação dos sacerdotes e dos bispos e na consagração dos altares e dos sinos. O óleo representa a alegria, a força e a saúde. Quem é ungido com o Crisma deve difundir o bom perfume de Cristo (cf. II Cor 2,15).

O efeito da Confirmação é a efusão especial do Espírito Santo, como no Pentecostes. Tal efusão imprime na alma um carácter indelével e traz consigo um crescimento da graça batismal: enraíza mais profundamente na filiação divina; une mais firmemente a Cristo e à sua Igreja; revigora na alma os dons do Espírito Santo; dá uma força especial para testemunhar a fé cristã.

O YOUCAT – Catecismo Jovem da Igreja Católica, afirma que: Ser Confirmado – Crismado significa fazer um acordo com Deus. O confirmado diz: sim, eu creio em Ti, meu Deus, dá-me o Teu Espírito para que eu te pertença totalmente, nunca me separe de Ti e te testemunhe com o corpo e com a alma, durante toda a minha vida, em obras e palavras, em bons e maus dias! E Deus diz: sim, Eu também creio em ti, Meu filho, e te darei o Meu Espírito e até a mim mesmo, pertencer-te-ei totalmente, nunca me separarei de ti, nesta e na vida eterna, estarei no teu corpo e na tua alma, nas tuas obras e nas tuas palavras mesmo que me esqueças, estarei sempre aqui, em bons e maus dias.
Pode e deve receber este sacramento qualquer cristão católico que tenha recebido o sacramento do Batismo e esteja em estado de graça, isto é, não ter cometido nenhum pecado mortal (pecado grave). Mediante um pecado grave separamos de Deus e só podemos nos reconciliar com Ele por meio do sacramento da Penitência – Confissão.

O sacramento da Confirmação normalmente é presidido pelo Bispo, por razões pastorais, ele [bispo] pode incumbir determinado sacerdote de celebrá-lo. No rito litúrgico da Santa Missa do Crisma o Bispo dá ao crismando um suave sopro para que se lembre de que está se tornando um soldado de Cristo, a fim de perseverar com bravura na fidelidade ao Senhor.

Portanto, este belíssimo sacramento Confirmação completa o Batismo, por ele o fiel recebe o dom do Espírito Santo, faz um acordo com Deus, e assim, cheio dos dons do Espírito, é chamado a testemunhar o amor ao Senhor, se preciso for, a dar a vida uma vez que recebeu uma força especial para seguir Cristo até o fim de sua vida.

Santo do Dia

Santo Onésimo
 
Onésimo era o nome do escravo de um importante e rico cidadão chamado Filemon que viveu na Frígia, atual Turquia, na Ásia Menor. Filemon, sua esposa e filho, em certa ocasião ouvindo o apóstolo Paulo se converteram, tocados pela palavra de Cristo. Paulo batizou a toda a família e os dois se tornaram amigos. Este escravo, cujo nome em grego significa útil, roubou dinheiro de seu amo. Assim, temendo ser castigado resolveu fugir.

O castigo para os escravos recapturados era ter a letra "F" marcada em brasa na testa e para os ladrões era a morte. Por isto foi para Roma onde deve ter cometido alguma infração, pois foi preso e algum tempo depois libertado. No cárcere conheceu o apóstolo Paulo que mais uma vez era prisioneiro dos romanos. Ouvindo sua palavra, o escravo foi tocado pela Paixão de Cristo e se arrependeu. Procurando o apostolo, confessou sua culpa e foi perdoado. Assim, Onésimo se converteu e recebeu o batismo do próprio Paulo, que o enviou de volta para o também amigo Filemon com uma carta.

Nela, o santo apóstolo explicou que estaria disposto a pagar em dinheiro pelo erro do escravo, caso Filemon não o perdoasse, pois estava convencido de que Onésimo estava mudado e se emendara completamente. Narrou a sua conversão e, inspirado pelo Espírito Santo escreveu: "Venho suplicar-te por Onésimo, meu filho, que eu gerei na prisão. Ele outrora não te foi de grande utilidade, mas agora será muito útil, tanto a mim como a ti. Eu envio-o a ti como se fosse o meu próprio coração....Portanto, se me consideras teu irmão na fé, recebe-o como a mim próprio". (Fm 18 e 19)

Sabedor da sinceridade e do poder que Paulo tinha para fazer pessoas se converterem à vida cristã, para dali em diante viverem na honestidade e na caridade, Filemon perdoou Onésimo. Depois, deu total apoio ao seu ex-escravo que passou a trabalhar com a palavra e também com seu próprio exemplo.

Onésimo ficou muito ligado ao apóstolo Paulo, que o enviou à cidade de Colossos como evangelizador. Depois foi consagrado bispo de Efeso, onde substituiu Timóteo. Durante sua missão episcopal, a fama de suas virtudes ultrapassou os limites de sua diocese. Segundo uma tradição antiga, na época do imperador Domiciano foi preso e levado a Roma, onde morreu apedrejado, como mártir cristão.

Embora este acontecimento não tenha total comprovação, a Igreja incluiu Santo Onésimo entre seus santos, porque são fortes os indícios de que seja realmente um mártir do cristianismo dos primeiros tempos.