terça-feira, abril 10, 2012

Bíblia Sagrada


BARUC

Os historiadores contemporâneos estão de acordo em não reconhecer em Baruc o mesmo personagem que serviu de secretário de Jeremias, embora lhe seja homônimo: deve ter sido um profeta posterior à restauração.
A primeira parte foi possivelmente composta em hebraico, mas só possuímos hoje o texto em grego; consiste numa magnifica exortação à penitência. A segunda parte, provavelmente escrita em grego, abrange, além de um majestoso poema à sabedoria, como único meio de chegar-se a Deus, um veemente apelo à coragem, à resignação e à esperança.

Uma carta de Jeremias aos cativos foi acrescentada, em época desconhecida, ao livro de Baruc. Parece ter sido uma paráfrase do cap. 10 de Jeremias contra a idolatria.

Reflita

“Por mais dura que seja sua provação, nunca se igualará ou superará a do Filho de Deus.” - Padre Pio.

Vídeo Especial

O tema do nosso vídeo de hoje é "Porque alguns nascem pagãos ou ateus".



Evangelho do Dia

JOÃO 20:11-18

Naquele tempo, 11Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo. 12Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.
13
Os anjos perguntaram: “Mulher, por que choras?” Ela respondeu: ”Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram”. 14Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus. 15Jesus perguntou-lhe: “Mulher, por que choras? A quem procuras?” Pensando que era o jardineiro, Maria disse: “Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar”.
16
Então Jesus disse: “Maria!” Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: “Rabuni” (que quer dizer: Mestre). 17Jesus disse: “Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. 18Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!”, e contou o que Jesus lhe tinha dito. 

hoje, na figura de Maria Madalena, podemos contemplar dois níveis de aceitação de nosso Salvador: imperfeito, o primeiro; completo, o segundo. Desde o primeiro, Maria se nos apresenta como uma sincera discípula de Jesus. Ela o segue, mestre incomparável; está heroicamente ligada, crucificado por amor; o busca, mais além da morte, sepultado e desaparecido. Quão impregnadas de admirável entrega ao seu “Senhor” são as duas exclamações que nos conservou, como pérolas incomparáveis, o evangelista João: «Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram!» (Jo 20,13); «Senhor, se foste tu que o levaste, diz-me onde o colocaste, e eu irei buscá-lo»(Jo 20,15). Poucos discípulos contemplaram a historia, tão carinhosos e leais como a Madalena.

No entanto, a boa noticia de hoje, desta terça-feira, oitava de Páscoa, supera infinitamente toda bondade ética e toda fé religiosa em um Jesus admirável, mas, em último término, morto; e nos traslada ao âmbito da fé no Ressuscitado. Aquele Jesus que, em um primeiro momento, deixando-a no nível da fé imperfeita, se dirige à Madalena perguntando-lhe: «Mulher, por que você está chorando» (Jo 20,15) e à qual ela, com olhos míopes, responde como corresponde a um hortelão que se interessa pelo seu sentimento; aquele Jesus, agora, em um segundo momento, definitivo, a interpelou com seu nome: «Maria!» e a comove até o ponto estremecê-la de ressurreição e de vida, isto é, Dele mesmo, o Ressuscitado, o Vivente por sempre. Resultado? Madalena crente e Madalena apóstolo: «Então Maria Madalena foi e anunciou aos seus discípulos: eu vi o senhor» e contou o que Jesus tinha dito (Jo 20,18).


Hoje não deixa de ser frequente o caso dos cristãos que não veem claro o mais além desta vida, assim, que duvidam da ressurreição de Jesus. Estarei entre eles? De modo semelhante são numerosos os cristãos que têm suficiente fé como para seguir-lhe privadamente, mas que temem proclamar apostólicamente. Faço parte desse grupo? Se assim for, como Maria Madalena, digamos-lhe: —Mestre!, abracemo-nos aos seus pés e vamos encontrar os nossos irmãos para dizer-lhes: —O Senhor ressuscitou e eu o vi.

Formação

O MINISTÉRIO DA CRUZ E DA RESSUREIÇÃO

A meditação sobre o mistério da cruz de Cristo é fundamental para a vida de todo o cristão. Na Quaresma e na Semana Santa, a reflexão sobre a Paixão de Nosso Senhor ganha ainda mais importância. Neste tempo, ao meditar sobre a Paixão de Cristo, também somos chamados a meditar sobre a Sua Ressurreição, já que pelo batismo ressuscitamos com Ele para uma vida nova (cf. Col 3, 1). O mistério da cruz e da ressurreição são realidades que fazem parte da vida cristã, por isso, precisamos aprender a conviver com elas.

Nesse tempo, somos chamados a refletir a respeito do Mistério Pascal de Cristo, sua Paixão, Morte e Ressurreição. Num primeiro momento, Jesus se apresenta a nós como o Servo sofredor. Cristo crucificado é o homem das dores, experimentado nos sofrimentos (cf. Is 53, 1-12). Porém, este mesmo Servo, que sofreu e morreu por nós, ressuscitou e alcançou para nós a Salvação. Estávamos perdidos por causa de nossos pecados, mas Ele alcançou para nós a vida nova, que se dá pela ação do Espírito Santo em nossas vidas.

Desta forma, o Sábado Santo é o dia da espera, um dia não de luto, tristeza, mas de esperança. Pois neste intervalo de tempo, a cruz toma o seu sentido pleno, na espera da ressurreição. Por isso a cruz e a ressurreição são duas realidades que revelam a presença do Mistério de Cristo em nossas vidas. Jesus se faz presente, pois, pelo Seu Espírito, somos capazes de viver essa vida nova. Esta é a presença do Ressuscitado em nós, que nos dá a força para vivermos a radicalidade do Evangelho.

E já que ressuscitamos com Cristo, como explicar a realidade dos sofrimentos? Continuamos sofrendo porque, apesar de Cristo estar presente em nossa vida, com Ele está presente também o mistério da Sua cruz.

Ainda experimentamos o sofrimento, mesmo que pelo batismo ressuscitamos com Cristo, porque a ressurreição ainda não se realizou plenamente e de modo definitivo. No sacrifício da cruz, o Senhor pagou pelos nossos pecados e tomou sobre si os nossos sofrimentos (cf. Is 53, 4-5). Este é o mistério da cruz de Cristo Ressuscitado, que se deu na Sua Paixão e Morte no madeiro da cruz e que faz parte da vida de todos os cristãos. Por isso, somos chamados a entregar a Cristo os nossos sofrimentos, para que estes, unidos ao Seu único e eterno sacrifício, tenham valor no plano da salvação.
 
Meditar na cruz de Cristo nos faz lembrar que Ele morreu por nossos pecados. Fomos sepultados com Cristo, mas ressuscitamos com Ele e somos chamados a viver uma vida nova e a buscar as coisas do Alto (cf. Col 3, 1). Nesse chamado, Jesus não nos dá simplesmente uma ordem, mas também nos dá o auxílio do Seu Espírito, por isso, podemos viver como filhos de Deus. Por Seu sacrifício na cruz, Cristo pagou pelos nossos pecados, dessa forma, somos capazes de romper com o pecado e viver essa nova vida.

A cruz de Cristo, os sofrimentos e tendências para o pecado continuam a fazer parte de nossa vida. Mas, Ele também está presente, até o fim dos tempos conosco (cf. Mt 28, 20). O mistério da cruz e da ressurreição se fazem presentes em nossas vidas até a vinda do Reino dos Céus, no qual não haverá mais dor nem sofrimento. Nele acontecerá a nossa ressurreição definitiva, não haverá mais choro nem lágrimas (cf. Ap 21, 4) e viveremos com Cristo por toda a eternidade.

(Texto de Natalino Ueda - Missionário da Comunidade Canção Nova)
Santa Madalena de Canossa
 
Madalena Gabriela Canossa nasceu no dia 1º de março de 1774 na cidade italiana de Verona, que pertencia à sua nobre e influente família. Seu pai faleceu quando tinha cinco anos. Sua mãe abandonou os filhos para se casar novamente. As crianças foram entregues aos cuidados de uma péssima instituição e Madalena adoeceu várias vezes. Por essas etapas dolorosas, Deus a guiou por estradas imprevisíveis.

Aos dezessete anos, desejou consagrar sua vida a Deus e por duas vezes tentou a experiência do Carmelo. Mas sentiu que não era esta a sua vida. Retornou para a família, guardando secretamente no coração a sua vocação. No palácio, aceitou a administração do vasto patrimônio familiar, surpreendendo a todos com seu talento para os negócios. Entretanto, nunca se interessou pelo matrimônio.

Os tristes acontecimentos do século, políticos, sociais e eclesiais, marcados pelas repercussões da Revolução Francesa, bem como as alternâncias dos vários imperadores estrangeiros na região italiana, deixavam os rastros na devastação e no sofrimento humano, enchendo a sua cidade de pobres e menores abandonados.

Em 1801, duas adolescentes pobres e abandonadas pediram abrigo em seu palácio. Ela não só as abrigou como recolheu muitas outras. Pressentiu que este era o caminho do espírito e descobriu no Cristo Crucificado o ponto central de sua espiritualidade e de sua missão. Abriu o palácio dos Canossa e fez dele não uma hospedaria, mas uma comunidade de religiosas, mesmo contrariando seus familiares.

Sete anos depois, superou as últimas resistências de sua família, deixando em definitivo o palácio. Madalena foi para o bairro mais pobre de Verona, para concretizar seu ideal de evangelização e de promoção humana, fundando a congregação das Filhas da Caridade, para a formação de religiosas educadoras dos pobres e necessitados. Seguindo o exemplo de Maria, a Mãe Dolorosa, ela deixou que o espírito a guiasse até os pobres de outras cidades italianas. Em poucos anos as fundações se multiplicaram, e a família religiosa cresceu a serviço de Cristo.

Madalena escreveu as Regras da Congregação das Filhas da Caridade em 1812, as quais, após dezesseis anos, foram aprovadas pelo papa Leão XII. Mas só depois de várias tentativas mal-sucedidas Madalena conseguiu dar andamento para a Congregação masculina, como havia projetado inicialmente. Foi em 1831, na cidade de Veneza, o primeiro oratório dos Filhos da Caridade para a formação cristã dos jovens e adultos.

Ela encerrou sua fecunda existência terrena numa Sexta-Feira da Paixão. Morreu em Verona, assistida pelas Filhas, no dia 10 de abril de 1835. As congregações foram para o Oriente em 1860. Atualmente, estão presentes nos cinco continentes e são chamados de irmãs e irmãos canossianos. Em 1988, o papa João Paulo II proclamou-a santa Madalena de Canossa, determinando o dia de sua morte para seu culto litúrgico.



Obs: Hoje a Igreja também celebra o dia de São Macário de Antiorquia