quarta-feira, março 07, 2012

Bíblia Sagrada


LIVRO DE JÓ

O livro de Jó é uma composição literária estreitamente aparentada com o gênero dramático, cuja ação nos é apresentada numa introdução e numa conclusão em prosa que enquadram um longo poema dialogado.

O autor, aliás desconhecido, situa a sua composição no século V a.C., em lugares e em situações assaz imprecisas. O personagem de Jó era, para os antigos israelitas, uma figura-tipo do justo sofredor. O assunto do poema é o problema do sofrimento.

Três amigos (aos quais mais tarde se ajunta um quarto) apresentam-se a Jó para consolá-lo em suas desgraças – inopinadamente ele se vira privado de todos os seus bens e de seus próprios filhos, ao mesmo tempo que atingido em sua própria saúde. Os amigos de Jó representam as ideias corrente em Israel: o sofrimento é um castigo; todo homem é pecador; apenas porém, com uma ideia nova, a da missão educativa e purificada do sofrimento.

O problema, embora ventilado de todos os lados, permanece sem solução. Ás piedosas e inofensivas consolações que os amigos propõem ao patriarca em seus sofrimentos, Jó responde por uma afirmação de sua inocência e por um apelo incessante feito a Deus, do qual sabe perfeitamente que procedem as suas provações.

Então, Deus mesmo entra em cena: responde a Jó, reconhecendo que ele é u justo, mas que não procedeu com bastante retidão, pretendendo perscrutar os desígnios de Deus. Enviando provações aos homens, o Senhor é ao mesmo tempo justiça e bondade. Ao homem toca humilhar-se com paciência e esperança na sua presença, sem querer desvendar os planos misteriosos do Criador.

Portanto, o problema do sofrimento não foi resolvido totalmente. Cumpria ao homem esperar a satisfatória solução que lhe foi dada pela voluntária paixão e morte de Jesus Cristo; só então é que a mente humana poderia descobrir o sentido divino e eterno do sofrimento e tirar dele não só a conformidade com os decretos divinos, mas ainda verdadeira paz e consolações celestiais.

Esse poema composto num estilo totalmente oriental, estende-se longamente em discursos extenuantes. Entretanto, alguns capítulos podem ser enumerados entre as composições mais belas de toda a Bíblia:

  • ·         O prólogo (cap. 1-2)
  • ·         A primeira queixa de Jó (cap. 3)
  • ·         As lamentações do justo (vários capítulos)
  • ·         O apelo a Deus (cap. 12-14)
  • ·         As obras de Deus e seu governo (cap. 36-37)
  • ·         As palavras de Deus sobre as maravilhas da criação (cap. 38-42).


***Amanhã falaremos sobre o livro dos Salmos***

Reflita

“É preciso ter uma Meta, e a nossa meta é muito grande.
Quem se acostuma com coisa pequena não pode ir para o Céu.
Quem se contenta com pouco vai para o Inferno, que é muito Fácil, e vai cavando sua cova.
Já o Céu é para quem sonha grande, pensa grande, Ama grande e tem coragem de viver pequeno.” - Pe. Léo

Vídeo Especial

O tema do nosso vídeo de hoje é "A semente divina".



Evangelho do Dia

MATEUS 20:17-28

Naquele tempo, 17enquanto Jesus subia para Jerusalém, ele tomou os doze discípulos à parte e, durante a caminhada, disse-lhes: 18“Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos mestres da Lei. Eles o condenarão à morte, 19e o entregarão aos pagãos para zombarem dele, para flagelá-lo e crucificá-lo. Mas no terceiro dia ressuscitará”.
20 A mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com seus filhos e ajoelhou-se com a intenção de fazer um pedido. 21Jesus perguntou: “Que queres?” Ela respondeu: “Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda”. 22Jesus, então, respondeu-lhes: “Não sabeis o que estais pedindo. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos”. 23Então Jesus lhes disse: “De fato, vós bebereis do meu cálice, mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. Meu Pai é quem dará esses lugares àqueles para os quais ele os preparou”.
24 Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram irritados contra os dois irmãos. 25Jesus, porém, chamou-os, e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações têm poder sobre elas e os grandes as oprimem. 26Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; 27quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo. 28Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos”. 

Hoje, a Igreja, inspirada pelo Espírito Santo, nos propõe neste tempo de Quaresma um texto onde Jesus sugere aos seus discípulos, e, portanto, também a nós, uma mudança de mentalidade. Jesus hoje inverte as visões humanas e terrenas de seus discípulos e lhes abre um novo horizonte de compreensão sobre qual deve ser o estilo de vida de seus seguidores.

Nossas inclinações naturais nos movem ao desejo de dominar as coisas e as pessoas, mandar e dar ordens, que seja feito o que nós gostamos, que as pessoas nos reconheçam um status, uma posição. Pois bem, o caminho que Jesus nos propõe é o oposto: «Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós, seja vosso escravo» (Mt 20,26-27). “Servidor”, “escravo”: não podemos ficar no enunciado das palavras! As escutamos centena de vezes, e devemos ser capazes de entrar em contacto com a realidade, saber o que significa, e confrontar tal realidade com nossas atitudes e comportamentos.

O Concilio Vaticano II afirma que «o homem adquire sua plenitude através do serviço e a entrega aos demais». Neste caso, nos parece que damos a vida, quando realmente a estamos encontrando. O homem que não vive para servir não serve para viver. E nesta atitude, nosso modelo é o próprio Cristo, o homem plenamente homem, pois «Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos» (Mt 20,28).

Ser servidor, ser escravo, tal e como Jesus nos pede é impossível para nós. Está fora do alcance de nossa pobre vontade: devemos implorar; esperar e desejar intensamente que nos concedam esses dons. A Quaresma e suas práticas quaresmais, jejum, esmola e oração, nos lembram que para receber esses dons nós devemos dispor adequadamente.

Formação

A AMIZADE ENTRE PAIS E FILHOS
Os bons exemplos jamais serão esquecidos.

Os pequenos detalhes podem mudar toda uma história. Foi assim com a minha família e poderá ser com a sua também. Meu avô tem um Corsel azul ano 78, um carro bem antigo e conservado, uma verdadeira relíquia, e há mais de 30 anos ele colocou um adesivo nele com a seguinte frase: “Adote seu filho, antes que um traficante o faça!”

Jamais me esqueci desse autoadesivo, aquele simples detalhe trazia estampado o lema de nossa família, o amor e o cuidado do meu avô, livrou-nos das mãos dos traficantes. Infelizmente, a realidade das drogas se agravou muito nos últimos tempos, as razões que levam um jovem a recorrer a elas são inúmeras, mas o amor dos pais sempre será um excelente caminho de prevenção para esse mal.

Muitos jovens têm se perdido nas drogas, na violência, na prostituição, procurando na maioria das vezes preencher a solidão, o vazio e a falta de amizade não encontrada em casa nesses meios. Na verdade, eles querem ser ouvidos e se sentir amados. Buscam nas "aventuras" que as drogas proporcionam meios para ser felizes, querem ser acolhidos por seus pais, buscam o abraço não recebido, a palavra de consolo não dada e, indireta e equivocadamente, fazem dos traficantes seus heróis, pois estes são aparentemente capazes de fornecer o seu objeto de felicidade: a droga.

Ora, os jovens apenas querem encontrar alguém que os escute e compreenda, e acima de tudo, os ame como eles são.  Mas nesta dinâmica não podemos fechar os olhos para o mistério da liberdade. Conheço muitos pais que amam os filhos, mas estes, infelizmente, escolheram o caminho das drogas. No entanto, somente no amor o homem é verdadeiramente livre. Por isso, os que estão vivendo essa situação somente pelo amor serão resgatados e libertos.

Sou jovem, mas já pude perceber que o mal do mundo não está nas drogas, no álcool, na prostituição, na violência em si, etc., o mal do mundo está na falta de AMOR, de acolhimento, de presença – falta de Deus. É certo que a formação de uma pessoa normalmente passa por três organismos: família, escola e Igreja. É triste ver que esta educação está sendo deixada nas mãos dos meios de comunicação de massa, os quais, na maioria das vezes, deformam em vez de formar os homens. Convido você a fazer a seguinte reflexão:
O que seus filhos têm visto na TV? Quais músicas eles têm escutado? Em quais sites andam navegado? Como está sua relação com eles? Gaste tempo com seus filhos, converse com eles, interesse-se pelos sonhos e projetos deles, seja amigo deles!

Proponho um desafio: "Adote" seu filho! Isso não quer dizer que você não deva corrigi-lo, pois quem ama corrige! Nunca esqueça: um jovem não quer um cúmplice, quer um pai, um amigo, alguém que o ame e, principalmente, deixe estampado em sua vida o lema do amor, pois, os bons exemplos jamais serão esquecidos.

“Não basta ser pai, tem que participar.” Lembra desse slogan?
Agora quero convidar você que é pai e mãe, professor (a), avô, avó, tio (a), etc., a adotar os jovens. Adote seu filho! Seja presença, escute-o, conte suas histórias, mostre a eles suas relíquias, não tenha medo de propagar o lema da sua família. Com certeza, muita coisa mudará dentro de sua casa. Ame seus filhos, pois o amor poderá salvá-los das mãos do inimigo.

O carro do meu avô certamente não durará mais 30 anos, porém, o conteúdo daquele adesivo, o pequeno detalhe, gravado em uma frase, e testemunhado com a sua vida, este, sim, jamais será esquecido.

Os pequenos detalhes podem mudar toda uma história. Foi assim, com a minha família e poderá ser com a sua também.
Meu avô tem um Corsel azul ano 78, um carro bem antigo e conservado, uma verdadeira relíquia, há mais de 30 anos ele colocou neste carro um adesivo com a seguinte frase: “Adote seu filho, antes que um traficante o faça!”

Jamais me esqueci deste adesivo, aquele simples detalhe trazia estampado o lema de nossa família, o amor e o cuidado do meu avô, livrou-nos das mãos dos traficantes.

Infelizmente a realidade das drogas se agrava nos últimos tempos, as razões que levam um jovem a recorrer a elas são inúmeras, mas o amor dos pais é um excelente caminho de prevenção a elas.

Muitos jovens têm se perdido nas drogas, na violência, na prostituição, procurando nestes meios o acolhimento dos seus pais, o abraço não recebido em casa, buscam nos traficantes alguém que o escute, e compreendam.

Conheço muitos pais que amam os seus filhos, mas que eles infelizmente escolheram pelo caminho das drogas, creio que o amor dos pais será a única via no qual estes filhos agora escravos das drogas, serão libertos pelo amor.

Sou jovem, mas já pude perceber que o mal do mundo não está nas drogas, no álcool, na prostituição, na violência, etc, o mal do mundo está na falta de AMOR, de acolhimento, de presença – Falta de Deus.

É certo que a formação de uma pessoa normalmente passa por três organismos: família, escola e igreja. É triste ver que esta educação está sendo deixada nas mãos dos meios de comunicação de massa, convido você a seguinte reflexão:
O que seus filhos tem visto na TV? Quais músicas eles tem escutado? Quais sites andam navegado? Como está a relação com seus filhos?

Convido você a gastar tempo com seus filhos, converse, interesse-se pelos seus sonhos, projetos, seja amigo do seu filho. Proponho um desafio:

Adote seu filho!

E isso não quer dizer que você não deva corrigi-lo, quem ama corrige. Nunca se esqueça: um jovem não quer um cúmplice, quer um pai, amigo, alguém que o ame, e principalmente deixe estampado em sua vida o lema do amor, pois, os bons exemplos jamais são esquecidos.

“Não basta ser pai, tem que participar.” Lembra desse slogan?

Teríamos muito a falar sobre esse tema, e voltaremos a fazê-lo, mas agora quero convidar a você que é pai e mãe a adotar seu filho! Seja presença, escute, conte suas histórias, mostre a eles suas relíquias, o lema da sua família, com certeza muita coisa mudará dentro de sua casa.

Ame seus filhos, pois o amor poderá preveni-los das mãos do inimigo.

O carro do meu avô certamente não durará mais 30 anos, porém o conteúdo daquele adesivo, o pequeno detalhe, gravado em uma frase, e testemunhado com a sua vida, este sim jamais será esquecido.
(Texto de Emanuel Stênio - Missionário da Comunidade Canção Nova)

Santo do Dia

Santas Perpétua e Felicidade
 
Senhora e escrava, Perpétua e Felicidade sofreram a prisão juntas, na fé e na solidariedade, no ano de 203, na África do Norte.

O imperador Severo, também de origem africana, havia decretado a pena de morte para os cristãos. Perpétua era de família nobre, filha de pai pagão, tinha vinte e dois anos e um filho recém-nascido. Sua escrava, Felicidade, estava grávida de oito meses e rezava diariamente para que o filho nascesse antes da execução e obteve essa graça. Isso aconteceu num parto de muito sofrimento, dois dias antes de serem levadas à arena, para as feras famintas.

Perpétua escreveu um diário na prisão, onde relata todo o sofrimento de que foram vítimas e que figura entre os escritos mais realistas e comoventes da Igreja. Além de descrever os horrores da escuridão e a forma selvagem como eram tratadas no calabouço, ela narrou como seu pai a procurou na prisão, com autorização do juiz, para tentar fazê-la desistir da fé em Cristo e assim salvar sua vida.

Mas ambas, senhora e escrava, mantiveram-se firmes, também como outros seis cristãos que se tornaram seus companheiros no martírio. Elas que ainda não tinham sido batizadas fizeram questão de receber o sacramento na prisão, para reafirmar suas posições de cristãs e, em nenhum momento sequer, pensaram em salvar as vidas negando o cristianismo.

Segundo os escritos oficiais que complementam o diário de Perpétua, os homens foram despedaçados por leopardos. Perpétua e Felicidade foram degoladas, depois de atacadas por touros e vacas. Era o dia 07 de março de 203.

Perpétua viveu a última hora dando extraordinária prova de amor e de tranqüila dignidade. Viu Felicidade ser abatida sob os golpes dos animais, e docemente a amparou e a suspendeu nos braços; depois recompôs o seu vestido estraçalhado, demonstrando um genuíno respeito por ela. Esses gestos geraram na população pagã, um breve momento de comoção piedosa. Mas por poucos segundos, pois a vontade da massa enfurecida prevaleceu, até ver o golpe fatal da degolação.

Pelo martírio, Perpétua e Felicidade entram para a Igreja, que as veneram nesse dia com as honras litúrgicas.