MATEUS 7:1-4
1Tendo Jesus descido do monte, numerosas multidões o seguiam. 2Eis que um leproso se aproximou e se ajoelhou diante dele, dizendo: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”. 3Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero, fica limpo”. No mesmo instante, o homem ficou curado da lepra. 4Então
Jesus lhe disse: “Olha, não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao
sacerdote, e faze a oferta que Moisés ordenou, para servir de
testemunho para eles”.
Hoje é um dia consagrado pelo martírio dos apóstolos São Pedro e São
Paulo. «Pedro, primeiro predicador da fé; Paulo, mestre esclarecido da
verdade» (Prefácio). Hoje é um dia para agradecer à fé apostólica, que é
também a nossa, proclamada por estas duas colunas com sua prédica. É a
fé que vence ao mundo, porque crê e anuncia que Jesus é o Filho de Deus:
«Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!» (Mt
16,16). As outras festas dos apóstolos São Pedro e São Paulo vêem outros
aspectos, mas hoje contemplamos aquele que permite nomeá-los como
«primeiros predicadores do Evangelho» (Coleta): com seu martírio
confirmaram seu testemunho.
Sua fé, e a força para o martírio, não lhes veio de sua capacidade
humana. Jesus então lhe disse: Feliz é Simão, filho de Jonas, porque não
foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos
céus (cf. Mt 16,17). Igualmente, o reconhecimento “daquele que ele
perseguia” como Jesus o Senhor foi claramente, para Saulo, obra da graça
de Deus. Em ambos os casos, a liberdade humana que pede o ato de fé se
apóia na ação do Espírito.
A fé dos apóstolos é a fé da Igreja, uma, santa, católica e apostólica.
Desde a confissão de Pedro em Cesaréia de Felipe, «cada dia, na Igreja,
Pedro continua dizendo: ‘Vós sois o Cristo, o Filho do Deus vivo!’» (São
Leão Magno). Desde então até nossos dias, uma multidão de cristãos de
todas as épocas, idades, culturas e, de qualquer outra coisa que possa
estabelecer diferenças entre os homens, proclamou unanimemente a mesma
fé vitoriosa.
Pelo batismo e a crisma estamos no caminho do testemunho, isto é, do
martírio. É necessário que estejamos atentos ao “laboratório da fé” que o
Espírito realiza em nós (João Paulo II), e que peçamos com humildade
poder experimentar a alegria da fé da Igreja.