terça-feira, junho 12, 2012

Bíblia Sagrada


AS EPÍSTOLAS DE SÃO PAULO

Para bem entender as cartas de Paulo, é preciso coloca-las em sua ordem e situá-las na narrativa dos Atos dos Apóstolos.


I E II CARTA AOS TESSALONICENSES

São as mais antigas. Elas devem ter sido escritas por volta do ano 50 depois de Cristo. Na primeira o Apóstolo lembra aos fiéis de Tessalônica com que desinteresse ele lhes pregou o Evangelho (caps. 1 e 2); fala-lhes da alegria que lhe causa o pensamento da fidelidade deles e da esperança que tem ele de vê-los progredir sempre mais (cap. 3); Convida-os a se mostrarem firmes e encoraja-os a viverem na esperança, falando-lhes da ressureição dos mortos (caps. 4 e 5).

Na segunda carta ele previne seus leitores contra as falsas ideias relativas ao retorno glorioso do Senhor, que então se figurava muito próximo (caps. 1 e 2); convida os fiéis a porem toda a sua confiança em Deus, para que se fortaleçam e sejam preservados do demônio, e procura ajuda-los a evitar a ociosidade (cap. 3).

Reflita

“Da mesma forma que Eva foi formada do lado de Adão adormecido, assim a Igreja nasceu do coração transpassado de Cristo morto na cruz.” - Santo Ambrósio.

Vídeo Especial

O tema do nosso vídeo de hoje é "Como posso ser dispensado de um voto"





Evangelho do Dia

MATEUS 5:13-16

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 13“Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens.
14
Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. 15Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. 16Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”. 

Hoje, São Mateus nos lembra aquelas palavras que Jesus nos fala sobre a missão dos cristãos: ser sal e luz do mundo. O sal, por uma parte, é este condimento necessário que dá sabor aos alimentos: sem sal, que pouco valem os pratos! Por outra parte, ao longo dos séculos o sal tem sido um elemento fundamental para a conservação dos alimentos pelo seu poder de evitar a decomposição. Jesus nos diz:
-
Deveis ser sal em vosso mundo, e como o sal, dar sabor e evitar a deterioração.

Em nosso tempo, muitos perderam o sentido de sua vida e dizem que não vale à pena; que está cheia de desgostos, dificuldades e sofrimentos; que passa muito depressa e que tem como perspectiva final —e bem triste— a morte.


«Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal perde seu sabor, com que se salgará? Não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e pisado pelas pessoas» (Mt 5,13). O cristão deve dar o sabor: mostrar com a alegria e o otimismo sereno de quem sabe que é filho de Deus, que tudo nesta vida é caminho de santidade; que dificuldades, sofrimentos e dores nos ajudam a purificar-nos; e que ao final nos espera a vida de Gloria, a felicidade eterna.


E, também como o sal, o discípulo de Cristo deve preservar-se da corrupção: onde estão os cristãos de fé viva, não pode haver injustiças, violências, abusos aos débeis... Todo o contrário, devemos deixar resplandecer a virtude da caridade com toda a força: a preocupação pelos outros, a solidariedade, a generosidade...


E, assim, o cristão é a luz do mundo (cf. Mt 5,14). O cristão é esta tocha que, com o exemplo de sua vida, leva a luz da verdade a todos os cantos do mundo, mostrando o caminho da salvação... Lá onde antes só havia escuridão, incertezas e dúvidas, nasce a claridade, a certeza e a segurança.

 

Formação

NAMORAR CERTO PARA DAR CERTO
SEJA AMIGO DA PESSOA COM QUEM VOCÊ PRETENDE CASAR

A experiência prova que namorar certo dá certo. Mas como namorar certo? Talvez seja esta a principal questão para quem deseja viver um namoro cristão. A Palavra de Deus diz em Eclesiástico 3 que: “há um tempo para cada coisa debaixo do Céu...”. E acrescenta que não há nada melhor para o homem do que viver bem cada coisa ao seu tempo.

A fase do namoro é o tempo propício para se conhecer o outro. Entrar na história um do outro, descobrir os gostos, conhecer os sonhos, compreender as lutas, passear de mãos dadas, cultivar a amizade, abraçar, beijar, mas sem ir muito além disso. Uma vez que depois do namoro vem o noivado com aquilo que lhe é próprio. É no noivado, por exemplo, que se vive o envolvimento maior entre as famílias de ambos e os compromissos mais concretos quanto ao futuro do casal na preparação da casa e a organização do casamento também faz parte dessa etapa. Depois, sim, vem o tão sonhado dia do casamento e, com ele, abre-se um novo horizonte, no qual a vida a dois trará a feliz descoberta do amor que se realizar na doação de um ao outro a cada dia e para sempre.
Tudo isso é lindo, e é plano de Deus para quem tem vocação ao matrimônio, mas é preciso viver bem cada coisa a seu tempo, para experimentar a verdadeira felicidade. Querer desfrutar das etapas fora do momento, certamente não trará bons resultados. Com a natureza aprendemos muito, inclusive que é preciso esperar o tempo certo para colher os frutos mais saborosos. Se tirarmos uma laranja ainda verde do pé, provavelmente perderemos toda a doçura que ela poderia nos oferecer no futuro. Na vida não é diferente e a responsabilidade é ainda maior.

Quando o assunto é namoro, digo-lhe por experiência, que vale a pena esperar cada instante, mês ou até anos para ver os desígnios de Deus se realizando em sua vida por intermédio do matrimônio com a pessoa certa, no momento certo. Sou casada há pouco mais de um ano e quando conheci meu esposo, já de início percebi que ele era o rapaz com quem eu gostaria de formar uma família. Fomos apresentados e quanto mais íamos nos conhecendo, tanto mais íamos nos encontrando nas partilhas, nos sonhos e em todos os sentidos. Por ser um sentimento recíproco, “tínhamos tudo para ficar juntos” em pouco tempo.
Porém, como é próprio nos nossos relacionamentos aqui na Canção Nova, começamos trilhando um caminho de amizade, conhecimento e espera. Um ano depois, demos os passos e iniciamos o namoro, depois o noivado e só depois de três anos é que chegou o momento do casamento. Nem sempre é fácil passar por todo o processo, mas posso afirmar, com segurança, que vale a pena! Hoje, quando olho para nossa história, percebo que toda as etapas vividas foram importantes na construção da nossa família, inclusive o tempo inicial em que cultivamos a amizade.
Meu esposo é meu melhor amigo e isso faz toda a diferença em nosso relacionamento a partir das coisas simples do dia a dia. Se você aceita um conselho, é este que lhe dou: Seja amigo (a) da pessoa com quem você pretende se casar. “Gaste tempo” conhecendo sua história, seus sonhos, seus gostos, sua alma... Não tenha pressa na conquista, o amor é provado também pelo tempo. E seja qual for o motivo de sua espera ou a etapa em que se encontra hoje, procure dar sentido a este tempo.
Uma coisa é certa: Deus quer sua felicidade e não está alheio às suas necessidades. Enquanto espera, procure descobrir e apreciar a beleza que está à sua volta e abra-se às novidades que a vida lhe oferece. Abra-se aos relacionamentos, seja acolhedor (a), procure ser agradável, preste atenção nas pessoas, exalte as virtudes de quem está à sua volta, não pare nos defeitos, ninguém é perfeito neste mundo e é o amor que nos faz vencer os limites.
Nossa espera precisa ser confiante e ativa. Investir na cura interior, por exemplo, é uma ótima dica para quem deseja namorar certo para dar certo. Leia a respeito do assunto, escute as pessoas e não desanime, nem se deixe vencer pelo cansaço, espere de boa vontade com os olhos fixos no Senhor.
"Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças" (Isaías 40, 31a).
Lembra-se de que o tempo de Deus é diferente do nosso, por isso fique atento (a), hoje mesmo Ele pode lhe fazer uma ótima surpresa. 

(Texto de Djanira Silva)

Santo do Dia

São João de Sahagun
 
João Gonzáles de Castrillo, filho de nobres e cristãos, nasceu em 1430 na cidade de Sahagun, reino de León, Espanha. Estudou na sua cidade natal com os monges beneditinos da abadia de São Facundo, recebendo a ordenação sacerdotal em 1453.

O arcebispo de Burgos nomeou-o seu pajem e depois cônego e capelão da diocese. Depois da morte do bispo, João doou todos os seus bens, menos uma residência, onde construiu a capela de Santa Agnes, em Burgos. Devoto da Santíssima Eucaristia, celebrava a missa diariamente, ministrando o sacramento, pregando para a população pobre e ignorante. Essa era sua maneira de catequizar. Mas depois João afastou-se para cursar teologia na faculdade de Salamanca. Porém, antes de retornar à sua diocese, deixou sua marca naquela cidade.

Consta dos registros oficiais que, certa vez, a comunidade dividiu-se em dois partidos antagônicos e a disputa saiu do campo das idéias para chegar a uma luta de vida e morte. Entretanto, antes que a batalha iniciasse, João colocou-se entre os dois, pregou, orientou, aconselhou e um pacto de paz foi assinado entre eles para nunca mais haver derramamento de sangue. Desde então ganhou o apelido de "O Pacificador".

O seu fervor ao celebrar o santo sacrifício emocionava os fiéis, que em número cada vez maior acorria para ouvir seus ensinamentos. Um fato foi relatado sobre ele e que todos aqueles que estavam dentro da igreja também presenciaram: a forma do corpo de Jesus em uma de suas consagrações. Com isso passou a ser o conselheiro espiritual de todos na cidade e todos seguiam seus conselhos.

Em 1463, ele foi acometido de uma doença muito grave. Na ocasião, decidiu que, depois de curado, entraria para uma ordem religiosa. No ano seguinte, ingressou na Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, em Salamanca. Conhecido como João de Sahagun, logo foi o noviço sênior, enquanto continuava a pregar em público, tornando seus sermões cada vez mais eloqüentes e destemidos.

Consta que, durante uma de suas pregações, condenava com veemência os poderosos e, ao perceber a presença de um duque que se sentiu atingido pelo discurso, disse diretamente a ele que não temia a morte, como se adivinhasse seus pensamentos.

Chamado de apóstolo de Salamanca, foi eleito prior da comunidade em 1478. Ele mesmo previu a sua morte. Que ocorreu como uma conseqüência dos dons que possuía de enxergar o coração das pessoas e de aconselhá-las, para conseguir a conversão e a remissão da vida pecadora desses cristãos. Ele foi envenenado, por vingança de uma ex-amante, cujo companheiro, convertido por ele, a abandonou para voltar à vida familiar cristã.

João de Sahagun morreu em 11 de junho de 1479. Venerado ainda em vida por sua santidade, depois da morte as graças e milagres por sua intercessão continuaram a ocorrer. O seu culto foi autorizado para o dia 12 de junho, quando foi declarado santo pela Igreja, em 1690. A cidade de Salamanca considera são João de Sahagun um dos seus padroeiros.



Obs: Hoje a Igreja também celebra o dia de São Bernardo de Menton, São Gaspar Bertoni e Santo Onofre.