quinta-feira, junho 14, 2012

Bíblia Sagrada


ROMANOS

Essa Epístola (que se pensa geralmente ter sido escrita no ano 57) desenvolve ainda esse ponto de vista num magnífico comentário doutrinal, cujas ideias principais são: 

  • ·         O estado de pecado em que se encontram os homens e a impossibilidade de se salvarem com seu próprio mérito (caps. 1 a 3)
  • ·         A salvação que Deus tinha dado pela fé à Abraão ele a concede agora a todos os homens pela fé em Jesus Cristo (caps. 4 a 6)
  • ·         A transformação operada por Deus no fiel pelo poder do Espirito Santo, e o dom inestimável que Deus dá aos homens por amor (caps. 7 e 8).
  • ·         Exame da missão do povo Hebreu, depositário nas promessas, infiel a sua vocação, mas chamado a uma conversão futura (caps. 9 a 11).
  • ·         O apóstolo expõe os fundamentos de uma vida moral verdadeiramente cristã, onde descrevem os deveres dos cristãos para com seus adversários, as autoridades; recomenda a tolerância e a condescendência mútua na caridade (caps. 12 a 15).

Reflita

"Renuncie aos desejos e encontrará e o que seu coração deseja." - São João da Cruz

Vídeo Especial

O tema do nosso vídeo de hoje é "Qual é o destino do espirito que é condenado ao inferno?"




Evangelho do Dia

MATEUS 5:20-26

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20“Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus. 21Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’.
22
Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: ‘patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de ‘tolo’ será condenado ao fogo do inferno.
23
Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta.
25
Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. 26Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”. 
 
Hoje, Jesus nos convida a ir além do que pode viver qualquer simples cumpridor da lei. Ainda, sem cair na concreção das más ações, muitas vezes o costume endurece o desejo da procura da santidade, moldando-nos de forma acomodatícia à rotina do comportar-se bem e, nada mais. São João Bosco costumava repetir: «O bom, é inimigo do ótimo». Ai é onde nos alcança a Palavra do Mestre, que nos convida a fazer coisas “maiores” (cf. Mt 5,20), que partem de uma atitude diferente. Coisas maiores, que paradoxalmente, passam pelas menores, pelas pequenices. Encolerizar-se, menosprezar e renegar do irmão não são adequadas para o discípulo do Reino, que foi chamado a ser —nada mais e nada menos— que sal da terra e luz do mundo (cf. Mt 5,13-16), desde a vigência das bem aventuranças (cf. Mt 5,3-12).

Jesus, com autoridade, muda a interpretação do preceito negativo ‘Não matar’ (cf. Ex 20,13) pela interpretação positiva da profunda e radical exigência da reconciliação, colocada —para maior ênfase— em relação com o culto. Assim, não há oferenda que sirva quando «te lembrares que teu irmão tem algo contra ti» (Mt 5,23). Por isso, importa arrumar qualquer pleito, porque caso contrário a invalidez da oferenda se voltará contra ti (cf. Mt 5,3-26).


Tudo isto, só o pode mobilizar um grande amor. São Paulo nos dirá: «De fato os mandamentos: ‘Não cometerás adultério’, ‘Não matarás’, ‘Não roubarás’, ‘Não cobiçarás’, e qualquer outro mandamento, se resumem neste: ‘Amarás o próximo como a ti mesmo’. O amor não faz nenhum mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento perfeito da Lei» (Rom 13,9-10). Peçamos ser renovados no dom do amor —até no mínimo detalhe— para com o próximo e, nossa vida será a melhor e mais autêntica oferenda a Deus.

Formação

CONECTADOS VIVEMOS MELHOR?
SERÁ QUE É MAIS CÔMODO VIVER APENAS NO MUNDO VIRTUAL?

Que tal um dia com o celular desligado, sem abrir os e-mails, sem entrar nas Redes Sociais? E quem sabe ainda desligar a TV, o rádio, passar longe do computador e ignorar o tablet?
Para os dias atuais, esse é um desafio quase impossível de se cumprir. O “desconectar” até soa como estar “fora do mundo”, desatualizado. A palavra “conectar” significa ligar, unir – o que, ironicamente, pouco tem acontecido com as pessoas. A linguagem informatizada tomou conta do nosso cotidiano e foi adentrando, pouco a pouco, em nosso vocabulário. No entanto, essa “conexão” está longe de existir; ao menos na vida real.
 
Hoje podemos nos “conectar” com pessoas que estão do outro lado do mundo, falar e até ver, em tempo real, alguém que está num fuso horário oposto ao nosso. Mas é muito comum passarmos pelas pessoas e nem sequer olharmos em seus olhos. Pouco percebermos as necessidades de quem está ao nosso lado, em nossa casa, em nosso trabalho ou em nosso convívio diário. Quantas vezes nem mesmo cumprimentamos as pessoas ao lado das quais passamos!
 
Conhecemos todos os novos aplicativos para celulares e não mais conhecemos a pessoa com quem nos casamos, nem os nossos filhos ou nossos irmãos, e nem mesmo nossos pais. Sabemos dos mais diversos lançamentos da era digital e nem percebemos que os nossos relacionamentos estão se dissolvendo, enquanto despendemos demasiado tempo nas Redes Sociais. Passamos o dia entretidos com as multifuncionalidades oferecidas pelo touch screen dos games ou dos tablets, e nem nos lembramos de tocar com delicadeza e amor o rosto de quem amamos. E ainda nos arrogamos o privilégio de nos denominarmos de “a geração conectada”.
Sem dúvida alguma, os avanços tecnológicos trouxeram grandes contribuições para a nossa vida, facilitaram em muito nosso trabalho e nos abriram inúmeras possibilidades. São incontáveis os benefícios que eles geraram. Contudo, o problema está no que fazemos com eles.
Fomos nos tornando escravos da tecnologia. Muitos de nós não conseguimos mais “nos desconectar”; temos a necessidade de estar sempre "on-line". O vício pela conectividade cresceu tanto que, atualmente, já existe clínicas de recuperação para dependentes digitais. Enquanto isso, os “relacionamentos reais” estão definhando. Pessoas sob o mesmo teto estão tornando-se estranhas umas às outras e, em contrapartida, o número de “amigos” nas Redes Sociais chega aos milhares. Tornou-se mais cômodo “conhecer” alguém por intermédio de seu perfil na rede do que gastar tempo com essa pessoa, olhando em seus olhos, tocando em seu ombro e dizendo -lhe: “Conte comigo!”.

Mas como resolver esse problema? É preciso abandonar a vida digital? Não. E isso nem seria possível, uma vez que temos necessidade da tecnologia praticamente para tudo o que fazemos.
O segredo está no equilíbrio. Não se pode se desprender totalmente da tecnologia, nem se deixar subjugar por ela. É preciso ter nas mãos o poder da decisão: “Eu escolho me conectar” e “Eu escolho me desconectar!”.
 
Conectados vivemos melhor, sim; mas desde que isso passe pela nossa liberdade de escolha.
 
(Texto deViviane Eloy - Comunidade Canção Nova)

Santo do Dia

Iolanda da Polonia
 
Iolanda, ou Helena, como foi chamada depois pelos súditos poloneses, nasceu no ano de 1235, filha de Bela IV, rei da Hungria, que era terciário franciscano, e irmã da bem-aventurada Cunegundes. Além disso, era sobrinha de santa Isabel da Hungria, também da Ordem Terceira. Aliás, a tradição franciscana acompanhou a linhagem desde seus primórdios, pois a família descendia de santa Edwiges, santo Estêvão e são Ladislau.

Porém é claro que Iolanda não se tornou santa só porque vinha de toda essa tradição extremamente católica e repleta de santos. Não basta ter o caminho da fé apontado para entrar-se nele. É preciso que todo o ser o aceite e o corpo se disponha a caminhar por uma trilha de entrega total e muito árdua, como ela fez.

Iolanda foi educada desde muito pequena pela irmã, Cunegundes, que se casara, então, com um dos reis mais virtuosos da Polônia, Boleslau, o Casto. Por tradição familiar e social da época, Iolanda deveria também se casar com alguém da terra e, anos depois, escolheu outro Boleslau, o duque de Kalisz, conhecido como "o Pio". Foi uma época de muita alegria para o povo polonês, que viu nas duas estrangeiras pessoas profundamente bondosas, cristãs, justas e caridosas. Pena que tenha sido uma época não muito longa, pois alguns anos depois o quarteto foi desmanchado pela fatalidade.

Primeiro morreu o rei, ficando Cunegundes viúva. Logo o mesmo aconteceu com Iolanda. Ela já tinha então três filhas, das quais duas se casaram e uma terceira retirou-se para o convento das clarissas de Sandeck, onde já se encontrava Cunegundes. As duas logo seriam seguidas por Iolanda.

Muitos anos se passaram e as três damas cristãs continuavam naquele lugar, fazendo do silêncio do claustro o terreno para um fecundo período de meditação e oração. Quando morreu Cunegundes, em 1292, Iolanda deixou aquele mosteiro e foi mais para o Ocidente, ao convento das clarissas de Gniezno, fundado por seu marido. Ali terminou seus dias como superiora, no dia 14 de junho de 1298.

Amada pela população, seu culto ganhou força entre os fiéis do Leste europeu e difundiu-se por todo o mundo católico ao longo dos tempos. Seu túmulo tornou-se meta de romeiros, pelos milagres e graças atribuídos à sua intercessão. Em 1827, o papa Urbano VIII autorizou a beatificação e marcou a festa litúrgica para o dia do seu trânsito.