quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Bíblia Sagrada

CURIOSIDADES DO PENTATEUCO

O livro do Gênesis deve ser lido por extenso. Contém as mais veneráveis e as mais solenes páginas de toda a Bíblia. Apenas os capítulos 9, 11, 36 e 46 (genealogias) é que poderiam ser deixados à parte.

Há no Êxodo diversas passagens legislativas cuja leitura apresenta menos interesse. Mas os capítulos seguintes são de essencial importância:

•    1 a 19 – vida e missão de Moisés.
•    20 – o Decálogo
•    32 a 34 – o bezerro de ouro e as manifestações Divinas a Moisés.

Para aquele que toma contato com a Bíblia, o Levítico, com suas leis rituais e suas prescrições culturais, causa decepção. Todavia, não será sem proveito que o leitor leia os capítulos 19 e 25 que contêm leis sociais, bem como o capítulo 26, no qual são enumeradas as benções e as maldições prometidas aos fiéis ou aos pecadores.

Nos Números, impõe-se à leitura a bela fórmula de bênção (6:22-27), em seguida a relação das peregrinações dos Hebreus (cap. 10, 14, 16 e 17), e por fim a narração dos episódios da água que saiu do rochedo, da serpente de bronze, da guerra contra Moab e do adivinho  Balaão (20 a 25).

O Deuteronômio apresenta capítulos de excepcional importância: 4 a 6, exortação à obediência e recapitulação do Decálogo. Do 7 ao 11, o que Deus fez pelo seu povo, e o que dele exige. Capítulos 27, 28 e 30, bênçãos prometidas por Deus ao seu povo fiel.



***Amanhã começaremos a falar dos livros históricos, começando pelo livro de Josué.***

Reflita

"Diz pra mim, por que é que anda tão calado e triste. Diz pra mim, por que vive tão sozinho, e ainda existe tanta dor, essa dor. Pense bem, essa droga não vai te tirar da solidão, se afastar de Deus só vai trazer pro teu coração, essa dor, tanta dor.
Olha ao redor, destruição, medo, tristeza, incertezas, tanta gente sem ter Deus no coração. Sonhos se vão,
nada além, decepções que nos levam, ao caminho de ilusões, a uma estrada que nos afasta do bem.
Por que você quer destruir a vida?
Essa não é a saída, Jesus te amou e sempre vai te amar.
Pra quer viver sozinho nessa solidão?
Por uma grande no teu coração. Pede o teu clamor, que Ele toda dor vai curar".
Música "Essa não é a saída" - Batista Lima.

Vídeo Especial

O tema do nosso vídeo de hoje é "Qual o valor da Oração"



Evangelho do Dia

MARCOS 7:14-23

Naquele tempo, 14Jesus chamou a multidão para perto de si e disse: “Escutai todos e compreendei: 15o que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior. 16Quem tem ouvidos para ouvir ouça”.
17Quando Jesus entrou em casa, longe da multidão, os discípulos lhe perguntaram sobre essa parábola. 18Jesus lhes disse: “Será que nem vós compreendeis? Não entendeis que nada do que vem de fora e entra numa pessoa pode torná-la impura, 19porque não entra em seu coração, mas em seu estômago e vai para a fossa?” Assim Jesus declarava que todos os alimentos eram puros.
20Ele disse: “O que sai do homem, isso é que o torna impuro. 21Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, 22adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. 23Todas estas coisas más saem de dentro e são elas que tornam impuro o homem”. 

Hoje Jesus nos ensina que tudo o que Deus tem feito é bom. Pode ser que, nossa intenção não reta seja a que contamine o que fazemos. Por isso, Jesus Cristo diz: «o que vem de fora e entra numa pessoa, não a torna impura; as coisas que saem de dentro da pessoa é que a tornam impura» (Mc 7,15). A experiência da ofensa a Deus é uma realidade. E com facilidade o cristão descobre essa marca profunda do mal e vê um mundo escravizado pelo pecado. A missão que Jesus nos encarrega é limpar, com ajuda de sua graça, todas as contaminações que as más intenções dos homens introduziram neste este mundo.

O Senhor nos pede que toda nossa atividade humana esteja bem realizada: espera que nela ponhamos intensidade, ordem, ciência, competência, preocupação de perfeição, não buscando outro alvo e sim restaurar o plano criador de Deus, que fez o melhor para o bom proveito do homem: «Pureza de intenção. A terás, se, sempre e em tudo, só buscais agradar a Deus» (São Josemaria).

Só nossa vontade pode estragar o plano divino e, é necessário vigiar para que não seja assim. Muitas vezes se metem a vaidade, o amor próprio, os desânimos por falta de fé, a impaciência por não conseguir os resultados esperados, etc. Por isso, nos advertia São Gregório Magno: «Não nos seduza nenhuma prosperidade aduladora, porque é um viajante teimoso aquele que para no caminho a contemplar as paisagens a menos que ele se esqueça do ponto ao que se dirige».

É conveniente, portanto, estar atentos no oferecimento de obras, manterem a presença de Deus e considerar freqüentemente a filiação divina, de maneira que todo nosso dia, com oração e trabalho, tome sua força e comece no Senhor, e que tudo o que começamos por Ele chegue a seu fim.

Podemos fazer grandes coisas se notamos que cada um de nossos atos humanos é co-redentor quando está unido aos atos de Cristo.

Formação

O QUE É DOUTRINA SOCIAL NA IGREJA?
Para compreendê-la é preciso valer-se do magistério da Igreja.

Para podermos bem compreender o que é a doutrina social da Igreja precisamos nos valer do magistério do Papa bem-aventurado João Paulo II: «A doutrina social da Igreja não é uma 'terceira via' entre capitalismo liberalista e coletivismo marxista, nem sequer uma possível alternativa a outras soluções menos radicalmente contrapostas: ela constitui por si mesma uma categoria. Não é tampouco uma ideologia, mas a formulação acurada dos resultados de uma reflexão atenta sobre as complexas realidades da existência do homem, na sociedade e no contexto internacional, à luz da fé e da tradição eclesial.

A sua finalidade principal é interpretar estas realidades, examinando a sua conformidade ou desconformidade com as linhas do ensinamento do Evangelho sobre o homem e sobre a sua vocação terrena e, ao mesmo tempo, transcendente; visa, pois, orientar o comportamento cristão. Ela pertence, por conseguinte, não ao domínio da ideologia, mas da teologia e especialmente da teologia moral» (Encíclica Sollicitudo Rei Socialis, n. 41).

João Paulo II procurou aqui deixar bem claro que a doutrina social da Igreja não é uma espécie do gênero que abrange o liberalismo e o socialismo. Este e aquele são ideologias, mas a doutrina social da Igreja é outra coisa. Como diz o Papa polonês, a doutrina social da Igreja «não é uma ideologia, mas a formulação acurada dos resultados de uma reflexão atenta sobre as complexas realidades da existência do homem, na sociedade e no contexto internacional, à luz da fé e da tradição eclesial».

Observem a radical dicotomia que faz o saudoso Pontífice na passagem que citamos da encíclica: de um lado, ele separa as ideologias; no lado oposto, ele coloca os resultados de uma reflexão sobre a realidade do homem e da sociedade. Efetivamente, este é o denominador comum das ideologias: elas não partem da realidade das coisas, mas de princípios arbitrários e relativos, abstratistas e parciais, artificiais e preconcebidos, postos pelo ideólogo como indiscutíveis.

As ideologias impõem-se mais pela adesão coletiva e pela coerência do sistema do que pela evidência dos seus princípios. Apesar de serem falsos ou parciais os princípios da ideologia, deles se tiram conclusões lógicas, harmônicas umas com as outras, de modo que essa coerência produz uma falsa impressão de verdade, constituindo forte motivo de convencimento. Além disso, ideologias se desenvolvem e disseminam por meio de grupos e movimentos coletivos. O fato de um número grande de pessoas compartilharem as mesmas crenças também passa a falsa impressão de serem verdadeiras. Nesse sentido, é significativo que Joseph Goebbels, um dos ideólogos do nazismo hitleriano, tenha dito que “uma mentira repetida mil vezes se torna verdade”.

Assim, o traço essencial da atitude ideológica é conceder maior importância às ideias do que às coisas. Isso por si só constitui um sintoma de desnaturação do intelecto, eis que as ideias são os instrumentos pelos quais devemos chegar às próprias coisas. Na ideologia, as ideias tornam-se fins em si mesmas, adquirem valor independente das coisas a que se referem, tomando vida própria. Os militantes de uma ideologia, destarte, procuram impor à sociedade concreta os planos por eles concebidos em seu universo subjetivo, forçando a realidade a que se adapte a esquemas apriorísticos, sem correspondência na verdade das coisas.

Subordinando o ser humano a enquadramentos artificiais e preconcebidos, as ideologias têm como resultado a discrepância entre a vida real e as instituições, o descompasso entre as fórmulas legais e a mentalidade do povo. Esse permanente conflito entre o “país legal” e o “país real” é um dos grandes males políticos da América Latina. Tudo começou após a Independência, quando as minorias dirigentes, encarregadas de organizar as novas nações, optaram por copiar modelos políticos estrangeiros, sem levar em conta uma possível inadequação dessas instituições à realidade latino-americana. Desde então, a cada nova moda ideológica que aparece na Europa ou nos Estados Unidos, nossas classes dirigentes, de esquerda ou de direita, na situação ou na oposição, se apressam a remoldar por ela todo o conjunto das nossas leis.

Desta maneira, a doutrina social da Igreja contrapõe à política ideológica, inspirada em princípios arbitrários e preconcebidos, uma política realista, fundada na verdade do ser das coisas e num conceito exato do homem e da sociedade. Não se trata mais de forçar a realidade para que ela caiba em esquemas apriorísticos, mas de ler no próprio ser do homem os princípios que devem conduzir a sua vida social. Por isso, a doutrina social da Igreja não pode ser uma ideologia concorrente em relação ao socialismo e ao liberalismo; ela vem exatamente para superar os esquemas ideológicos, para colocar-se num plano acima das ideologias. E assim o Papa João Paulo II a definiu como sendo «a formulação acurada dos resultados de uma reflexão atenta sobre as complexas realidades da existência do homem, na sociedade e no contexto internacional, à luz da fé e da tradição eclesial».
(Texto de Rodrigo R. Pedroso)

Santo do Dia

Santo Jerônimo Emiliano
Jerônimo Emiliani, de nobre família, nasceu em Veneza, Itália, em 1486. Sua juventude foi bastante tumultuada, com comportamentos mundanos e desregrados. Desde os quinze anos serviu como soldado e durante muito tempo foi mantido como prisioneiro pelo exército imperial de Treviso. Neste período, ele foi envolvido numa forte experiência de conversão. Atormentado pela memória de seus pecados, reconheceu em Cristo Crucificado o amor misericordioso do Pai.

Quando saiu em liberdade, se desfez de toda a fortuna e se consagrou a uma missão muito especial, baseada na revelação da paternidade divina: compartilhar e viver em comunidade com os órfãos, os pobres e os doentes. Assim, em 1531 fundou um instituto de religiosos na cidade de Somasca, Itália. Logo foram chamados de "padres Somascos". Jerônimo Emiliani permaneceu leigo e dedicou sua existência a Deus e à caridade. Seus trabalhos solidários se estendiam aos doentes e miseráveis como também as crianças órfãs e às prostitutas.

A motivação da sua vida espiritual foi o desejo de devolver a Igreja ao estado de santidade das primeiras comunidades cristãs. Este mesmo ideal determinou o modo de organizar a vida das casas que acolhiam os órfãos. O grupo religioso se destacou por proporcionar educação gratuita aos menores abandonados e órfãos. Dos muitos colaboradores que se aproximaram dele, alguns tomaram a decisão de seguir o seu estilo de vida. Assim nascia a Companhia dos Servos dos Pobres.

Prestes a morrer, Jerônimo Emiliani transmitiu a seus discípulos um testamento que sintetizava sua experiência espiritual e representava, ao mesmo tempo, um itinerário de vida cristã: "Segui o caminho do Crucificado, desprezai a iniqüidade, amai-vos uns aos outros e servi aos pobres".

Jerônimo Emiliani faleceu na cidade de Somasca, Itália, no dia 8 de fevereiro de 1537, vitimado pela peste que contraiu servindo aos doentes durante uma epidemia que se alastrou na cidade. Apesar disso cuidou dos enfermos até os últimos momentos de sua vida.

O papa Santo Pio V, em 1568 oficializou a Ordem dos Religiosos de Somasca. Jerônimo Emiliani foi canonizado em 1767 e o dia 8 de Fevereiro escolhido para a sua homenagem. Em 1928, o Papa Pio XI o declarou Padroeiro dos órfãos e das crianças abandonadas.



Obs: Hoje a Igreja também celebra o dia de Santa Josefina.