quinta-feira, maio 17, 2012

Bíblia Sagrada


ZACARIAS

Contemporâneo de Ageu, esse profeta estende seu olhar sobre um horizonte mais vasto. Sua linguagem é tenebrosa e simbólica: um anjo transmite-lhe os oráculos divinos. Ele prega uma reforma moral, ao mesmo tempo que exorta o povo a reconstruir o templo. Vê em Zorobabel o eleito de Deus, dando-lhe o título messiânico de Germe. O escrito contém uma importante descrição do reino pacífico do Messias, e uma espécie de apocalipse, anunciando a ruína dos inimigos de Jerusalém e a conversão das nações.

A segunda parte do livro (9 a 14) representa uma situação histórica diferente, que parece referir-se às últimas décadas do século IV a.C.

Reflita

“Quando vejo que o peso ultrapassa as minhas forças, não penso sobre isso, não analiso, nem me aprofundo, mas recorro como uma criança ao Coração de Jesus e digo-Lhe uma palavra apenas: a Vós tudo é possível … ” (Diário de Santa Faustina, p. 1033)

Vídeo Especial

O tema do nosso vídeo de hoje é "Casamento Josefino"




Evangelho do Dia

JOÃO 16:16-20

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
16
“Pouco tempo ainda, e já não me vereis. E outra vez pouco tempo, e me vereis de novo”. 17Alguns dos seus discípulos disseram então entre si: “O que significa o que ele nos está dizendo: ‘Pouco tempo, e não me vereis, e outra vez pouco tempo, e me vereis de novo’, e: ‘Eu vou para junto do Pai?’”.
18
Diziam, pois: “O que significa este pouco tempo? Não entendemos o que ele quer dizer”. 19Jesus compreendeu que eles queriam interrogá-lo; então disse-lhes: ‘Estais discutindo entre vós porque eu disse: ‘Pouco tempo e já não me vereis, e outra vez pouco tempo e me vereis?’
20
Em verdade, em verdade vos digo: Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria”.

Hoje contemplamos mais uma vez a palavra de Deus com a ajuda do evangelista João. Nestes últimos dias da Páscoa sentimos uma inquietação especial por viver esta palavra e entendê-la. A mesma inquietação dos primeiros discípulos que se expressa profundamente nas palavras de Jesus —«Um pouco de tempo, e não mais me vereis; e mais um pouco, e me vereis de novo» (Jo 16,16)— concentra a tensão de nossas inquietações de fé, da busca de Deus em nosso dia a dia.

Os cristãos do século XXI sentimos essa mesma urgência que os cristãos do primeiro século. Queremos ver Jesus, precisamos experimentar a sua presença em meio de nós para reforçar a nossa fé, esperança e caridade. Por isso, sentimos tristeza ao pensar que Ele não esteja entre nós, que não podamos sentir e tocar sua presença, sentir e escutar sua palavra. Mas essa tristeza se transforma em alegria profunda quando experimentamos sua presença segura entre nós.


Essa presença, era recordada pelo Papa João Paulo II na sua última Carta encíclica Ecclesia de Eucharistia, concretiza-se —especificamente— na Eucaristia: «A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja». Ela experimenta com alegria, como se realiza constantemente, de muitas maneiras, a promessa do Senhor: `Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo’ (Mt 28,20). (...) A Eucaristia é mistério de fé, e ao mesmo tempo, “mistério de luz”. Quando a Igreja a celebra, os fiéis podem reviver, de algum jeito a experiência dos discípulos de Emaús: «Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram (Lc 24,31)».


Peçamos a Deus uma fé profunda, uma inquietação constante que se sacie na Eucaristia, ouvindo e compreendendo a Palavra de Deus; comendo e saciando a nossa fome no Corpo de Cristo. Que o espirito Santo enche de sua luz a nossa busca de Deus.

 




Formação

A SABEDORIA ESCONDIDA EM TODAS AS COISAS
PRECISAMOS APRENDER A CONTEMPLAR A VIDA

“Quero recordar agora as obras do Senhor, o que vi contarei. Ele sondou as profundezas do abismo e do coração humano, penetrou os seus segredos. Porque o Altíssimo possui toda a ciência e vê o sinal dos tempos. Nenhum pensamento lhe escapa e nenhuma palavra lhe é escondida. Todas as coisas formam dupla, uma diante da outra e ele não fez nada incompleto [...]” (Eclo 42, 15.18.20.24)

Um dos males muito profundos do nosso tempo é a incapacidade de contemplar, de parar gratuitamente diante da vida, da criação, dos acontecimentos, só para dar uma espiadinha despretensiosa e procurar saborear um pouco o sentido da existência.

Nosso mundo tudo quanto toca deseja manipular, usar em favor do tempo, do lucro, da vantagem... Mas, assim, não se vê o essencial, perde-se o mais importante, torna-se míope para o fundamental.

Na sua simplicidade, o Autor sagrado olha a criação; olha-a contemplando-a, como uma criança deslumbrada, deixando-se envolver e maravilhar pelo que contempla. Assim, em tudo reconhece a presença sábia, providente e amorosa do Senhor.

Percebe que a realidade lhe escapa – e ainda hoje é assim: Tu, ó homem, não podes compreender de modo exaustivo o mistério da realidade, da vida, dos porquês da natureza, nem mesmo do teu coração...

E quando nos colocamos, de modo soberbo e pretensioso, diante desses mistérios, eles se tornam opacos, nada nos revelam e provocam uma angústia sem fim, a qual nos faz nos sentir pequenos, vazios, jogados à toa, num mundo sem sentido. Por outro lado, quando tomamos consciência de que, no princípio de tudo e por trás de tudo, há um Amor infinito, uma Sabedoria providente e amorosa, então tudo ganha novo sentido.

Ainda que não compreendamos tantas coisas e não tenhamos a resposta exata para tantas perguntas, podemos, feito crianças, olhar para o Alto, para Aquele que habita nos céus, e exclamar com sabedoria de menino:

“Eu não sei; mas, Tu sabes! Eu não compreendo; mas, Tu compreendes! Estou em tuas mãos benditas; tudo está em tuas santas e providentes mãos! Tu me amas; eu te amo! O teu Nome é Eternidade; o teu Nome é Amor!”

(Texto de Dom Henique Costa, Bispo Auxiliar de Aracaju)

Santo do Dia

São Pascoal Baylon
 
Pascoal Baylon nasceu na cidade de Torre Hermosa, na Espanha, em 16 de maio de 1540. Filho de uma família humilde, foi pastor de ovelhas desde muito jovem e, aos dezoito anos, seguindo sua vocação, tentou ser admitido no convento franciscano de Santa Maria de Loreto. Sua primeira tentativa foi frustrada, mas, em 1564, após recusar uma grande herança de um rico senhor que havia sido curado por ele e por causa dos seus dons carismáticos, ele pôde ingressar na Ordem.

Pascoal, por humildade, permaneceu um simples irmão leigo, exercendo as funções de porteiro e ajudante dos serviços gerais. Bom, caridoso e obediente às regras da Ordem, fazia penitência constante, alimentando-se muito pouco e mantendo-se em constante oração. Por causa de sua origem pobre, não possuía nenhuma formação intelectual, porém era rico em dons transmitidos pelo Espírito Santo, possuindo uma sabedoria inata.

Era tão carismático que a ele recorriam ilustres personalidades para aconselhamento, até mesmo o seu provincial, que lhe confiou a tarefa perigosa de levar documentos importantes para Paris. Essa viagem Pascoal fez a pé, descalço e com o hábito de franciscano, arriscando ser morto pelos calvinistas.

Defensor extremado de sua fé, travou grande luta contra os calvinistas franceses, que negavam a eucaristia. Apesar da sua simplicidade, Pascoal era muito determinado quando se tratava de dissertar sobre sua espiritualidade e conhecimentos eucarísticos.

Foi autor de um pequeno livro de sentenças que comprovam a real presença de Cristo na eucaristia e o poder sagrado transmitido ao sumo pontífice. Por isso foi considerado um dos primeiros e mais importantes teólogos da eucaristia.

Ele morreu no dia 17 de maio de 1592, aos cinqüenta e dois anos, em Villa Real, Valência. Em 1690, foi canonizado. O papa Leão XIII nomeou são Pascoal Baylon patrono das obras e dos congressos eucarísticos.