quinta-feira, fevereiro 09, 2012

Bíblia Sagrada

JOSUÉ

Deve este livro seu nome ao general e sucessor de Moisés, cuja missão é ai relatada. Seu autor permanece desconhecido. A redação final deve ter sido feita na época dos reis, mediante documentos antiquíssimos, que, em parte, podem remontar até os próprios tempos de Josué.

Os acontecimentos que este livro nos narra parecem data do fim do século XIII a.C. Trata-se da lenta instalação dos israelitas na terra de Canaã. Apesar das derrotas, das privações e dos muitos obstáculos, o povo de Deus conserva inalterável esperança no cumprimento das promessas divinas.

As passagens principais são o episódio de Raab, a prostituta, recompensada por Deus pela assistência dada aos israelitas (cap. 2), a passagem do Jordão, assinalada por um prodígio comparável ao da travessia do mar vermelho (cap.3), a tomada de Jericó, relação que atraiu ao poder divino a vitória dos homens (cap. 6), a derrota diante de Hai, atribuída ao crime de Acã, e a consequente tomada dessa cidade (cap. 7 e 8).
A vitória de Josué em Gabaon merece particular menção por causa da célebre narração da parada do sol. Parece que devemos interpretar este texto, que aliás é uma citação tirada de uma antiga coleção de cânticos guerreiros, como uma espécie de figura de estilo poético, para exprimir o fervor da oração de Josué, ao mesmo tempo, a imediata graça, concedida por Deus, de alcançar a vitória antes do pôr-do-sol (cap. 10).

As narrações de Josué não se esforçam por silenciar ou por encobrir os costumes cruéis e brutais dos povos antigos, mais timbram principalmente em enaltecer o poder divino, mais forte do que o dos inimigos. Em numerosas passagens lemos menções à fidelidade de Deus. O povo de Deus, atualmente, tão bem como nos tempos de Josué, não pode subtrair-se as condições de existência que lhe foram traçadas. Ainda hoje guerras e lutas são inevitáveis para que os homens possam atingir sua verdadeira pátria, que é o reino dos céus.

As palavras de despedida de Josué já envelhecido (cap. 23 e 24) encerram um belo ensinamento de fidelidade, de gratidão e de confiança nas promessas divinas: “Apegai-vos, diz ele, ao Senhor que depôs em vosso proveito povos números e poderosos...Se acaso vos desagrada servir ao Senhor, escolhei neste dia a quem quereis servir, mais eu e minha casa serviremos ao Senhor”. A esta declaração, o povo responde: “Nós serviremos ao Senhor, nosso Deus e obedeceremos à sua voz”.

O livro dos Juízes demonstra quanto o povo foi infiel a esses compromissos e como a misericórdia divina não lhe faltou toda vez que esse mesmo povo se arrependia de seus desmandos.



***Amanhã falaremos sobre o livro de Juízes***

Reflita

"Nossa língua deveria ser utilizada somente para rezar, nosso coração para amar, nossos olhos para chorar". - São João Maria Vianney

Dicas da Semana

MÚSICAS

EROS BIONDINI

EUGENIO JORGE

ETERNA

EXALTACRISTO

EXPRESSO HG

LIVROS

  • O CARISMA DA CURA - Pe. ISAC ISAIAS VALLE
O livro: "O Carisma da Cura" mostra a profunda relação entre o físico, o emocional e o espiritual em nossas vidas e, ao mesmo tempo oferece uma orientação segura, para uma Oração verdadeira pela Cura das pessoas, dela necessitadas, realçando, sempre a primazia da Cura Espiritual." (Dom Eduardo B. de Sales Rodrigues - Arcebispo Metropolitano de Sorocaba).

A cura interior é um carisma (um dom espiritual) do Espírito Santo. Assim como Jesus Cristo é o mesmo "ontem, hoje e sempre" (e o é, igualmente, o Espírito Santo), os carismas também são formas de atuação de nosso Deus Uno e Trino, entre nós.As palavras de Dom Eduardo resumem o conteúdo desta publicação, voltada a leigos e servos de grupos de oração. 

  • QUEM É JESUS? - Pe. RUFUS PEREIRA
Mestre, líder, sábio... Afinal, quem é Jesus?
Esta seleção de textos do padre Rufus Pereira poderá nos elucidar, por meio de valiosos testemunhos e da apresentação de episódios da vida de Jesus, a respeito da figura mais enigmática e extraordinária de todos os tempos da história humana. Você ficará admirado com tantas descobertas.

Evangelho do Dia

MARCOS 7:24-30

Naquele tempo, 24Jesus saiu e foi para a região de Tiro e Sidônia. Entrou numa casa e não queria que ninguém soubesse onde ele estava. Mas não conseguiu ficar escondido.
25Uma mulher, que tinha uma filha com um espírito impuro, ouviu falar de Jesus. Foi até ele e caiu a seus pés. 26A mulher era pagã, nascida na Fenícia da Síria. Ela suplicou a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio. 27Jesus disse: “Deixa primeiro que os filhos fiquem saciados, porque não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos”.
28A mulher respondeu: “É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair”.
29Então Jesus disse: “Por causa do que acabas de dizer, podes voltar para casa. O demônio já saiu de tua filha”. 30Ela voltou para casa e encontrou sua filha deitada na cama, pois o demônio já havia saído dela. 

Hoje nos mostra a fé de uma mulher que não pertencia ao povo escolhido, mas que tinha a confiança em que Jesus podia curar a sua filha. Aquela mãe «A mulher era pagã, nascida na Fenícia da Síria. Ela suplicou a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio» (Mc 7,26). A dor e o amor a levam a pedir com insistência, sem levar em consideração nem desprezos, nem atrasos, nem indignação. E consegue o que pede, pois «Ela voltou para casa e encontrou sua filha deitada na cama, pois o demônio já tinha saído dela» (Mc 7,30).

São Agostinho dizia que muitos não conseguem o que pedem pois são «aut mali, aut male, aut mala». Ou são maus e a primeira coisa que teriam que pedir seria ser bons; ou pedem erroneamente, sem insistência, em vez de pedir com paciência, com humildade, com fé e por amor; ou pedem coisas ruins que se recebessem fariam dano à alma ou ao corpo ou aos outros. Devemos nos esforçar, pois, por pedir bem. A mulher siro-fenícia é boa mãe, pede algo bom («que expulsasse de sua filha o demônio») e pede bem («veio e jogou-se aos seus a pés»).

O Senhor nos faz usar perseverantemente a oração de petição. Certamente, existem outros tipos de pregaria, a adoração, a expiação, a oração de agradecimento, mas Jesus insiste em que nós freqüentemos muito a oração de petição.

Por que? Muitos poderiam ser os motivos: porque necessitamos da ajuda de Deus para alcançar nosso fim; porque expressa esperança e amor; porque é um clamor de fé. Mas existe um que talvez seja pouco considerando: Deus quer que as coisas sejam um pouco como nós queremos. Deste modo, nossa petição, que é um ato livre, unida à liberdade onipotente de Deus, faz com que o mundo seja como Deus quer e um pouco como nós queremos. É maravilhoso o poder da oração!

Sacramentos

Inciaremos nessa quinta feira aqui no blog, uma postagem sobre os sacramentos da Igreja, hoje falaremos um pouco mais afundo sobre o sacramento do Batismo e nas próximas quintas-feiras falaremos sobre os outro sacramentos.

O SACRAMENTO DO BATISMO
Nele o homem uni-se a Cristo.

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) ensina que os sacramentos são um encontro pessoal com Cristo, este encontro é, no fundo, o sacramento original, eles são sinais sensíveis e eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, mediante os quais nos é concedida a vida divina. São sete os sacramentos: batismo, confirmação – crisma, Eucaristia, penitência – confissão, unção dos enfermos, ordem e matrimônio, todos eles estão ordenados para a Eucaristia, como para o seu fim, segundo santo Tomás de Aquino.

A partir do CIC os sacramentos são categorizados eme três formas. 1) Sacramentos da iniciação cristã (batismo, confirmação – crisma e Eucaristia); 2) Sacramentos de cura (penitência – confissão, unção dos enfermos); 3) Sacramentos a serviço da comunhão e da missão (ordem e matrimônio).

Os sacramentos de iniciação cristã lançam os alicerces da vida cristã: os fiéis, renascidos pelo batismo, são fortalecidos pela confirmação e alimentados pela Eucaristia. O primeiro dos sacramentos de iniciação cristã é o batismo, ele é o caminho do reino da morte para a vida, a porta da Igreja e o começo de uma comunhão duradoura com Deus. Nesse sacramento o homem une-se a Cristo, pois ele é uma aliança com Deus, e a condição prévia para receber os outros.

No Antigo Testamento encontram-se várias prefigurações do batismo: a água, fonte de vida e de morte; a arca de Noé, que salva por meio da água; a passagem do Mar Vermelho, que liberta Israel da escravidão do Egito; a travessia do Jordão, que introduz Israel na Terra Prometida, imagem da vida eterna. O próprio Jesus Cristo se fez batizar por João Batista, no Jordão: na cruz, do seu lado trespassado, derramou Sangue e Água, sinais do batismo e da Eucaristia, e depois da Ressurreição confia aos apóstolos esta missão: «Ide e ensinai todos os povos, batizando-os no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo» (Mt 28, 19-20). A Igreja, desde do o dia de Pentecostes, administra o batismo a quem crê em Jesus Cristo.

Batizar significa imergir na água. O batizado é imerso na morte de Cristo e ressurge com Ele como nova criatura (II Cor 5,17). Por isso este [batismo] também é chamado banho da regeneração e da renovação no Espírito Santo (cf. Tt 3,5) e iluminação, porque o batizado se torna filho da luz (cf. Ef 5, 8). Porque tendo nascido com o pecado original, ele tem necessidade de ser libertado do poder do maligno e de ser transferido para o reino da liberdade dos filhos de Deus.

Entre os efeitos do batismo se destacam o perdão do pecado original e de todos os pecados pessoais e as penas devidas ao pecado, fazendo o homem participar na vida divina trinitária mediante a graça santificante, confere as virtudes teologais – fé, esperança, caridade e os dons do Espírito Santo. Por fim, o batizado pertence para sempre a Cristo.

O rito essencial deste sacramento consiste em imergir na água o candidato ou em derramar a água sobre a sua cabeça, enquanto é invocado o Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, sendo capaz de receber o batismo toda pessoa ainda não batizada. Do batizando é exigida a profissão de fé, expressa pessoalmente no caso do adulto, ou então por parte dos pais e da Igreja no caso da criança. Também o padrinho ou madrinha e toda a comunidade eclesial têm uma parte de responsabilidade nisso. Sendo ele necessário para a salvação daqueles a quem foi anunciado o Evangelho e que têm a possibilidade de pedir este sacramento.

Aqueles que morrerem sem o batismo, o Catecismo da Igreja Católica ensina que, porque Cristo morreu para a salvação de todos, podem ser salvos, mesmo sem o batismo, aqueles que morreram por causa da fé (batismo de sangue), aqueles que estavam sendo preparados para receber tal sacramento – catecúmenos e todos os que, sob o impulso da graça, sem conhecer Cristo e a Igreja, procuram sinceramente a Deus e se esforçam por cumprir a Sua vontade (batismo de desejo). Quanto às crianças, mortas sem batismo, a Igreja na sua liturgia confia-as à misericórdia de Deus.

Portanto, dentre os sacramentos de iniciação cristã, destaca-se o batismo como o primeiro, a porta da Igreja e o começo de uma comunhão duradoura com Deus, lançando o alicerce da vida cristã, configurando o cristão a Cristo, sendo assim, no batismo, o homem para sempre pertence a Cristo.
(Fonte: Catecismo da Igreja Católica)

Santo do Dia

Santa Apolônia
Os seis anos de 243 a 249, durante os quais o rumo do Império Romano ficou sob a direção de Felipe o Árabe, foram considerados: um intervalo de trégua do regime do anticristianismo. No último ano, porém, houve um episódio que comprovou que a aversão aos cristãos, pelo menos na província africana, não havia desaparecido.

O ocorrido era narrado por Dionísio, o bispo da Alexandria no Egito, em uma carta que enviou ao bispo Fabio da diocese de Antioquia, em 249. Na carta ele escreveu que: "No dia 9 de fevereiro, um charlatão alexandrino, "maligno adivinho e falso profeta", que insuflava a população pagã, sempre pronta a se agitar, provocou uma terrível revolta. As casas dos cristãos foram invadidas. Os pagãos saquearam os vizinhos católicos ou aqueles que estivessem mais próximos, levando as jóias e objetos preciosos. Os móveis e as roupas foram levados para uma praça, onde ergueram uma grande fogueira. Os cristãos, mesmo os velhos e as crianças, foram arrastados pelas ruas, espancados, escorraçados e, condenados a morte, caso não renegassem a fé em voz alta. A cidade parecia que tinha sido tomada por uma multidão de demônios enfurecidos".

"Os pagãos prenderam também a bondosa virgem Apolônia, que tinha idade avançada. Foi espancada violentamente no rosto porque se recusava a repetir as blasfêmias contra a Igreja, por isto teve os dentes arrancados. Além disso, foi arrastada até a grande fogueira, que ardia no centro da cidade. No meio da multidão enlouquecida, disseram que seria queimada viva se não repetisse, em voz alta, uma declaração pagã renunciando a fé em Cristo. Neste instante, ela pediu para ser solta por um momento, sendo atendida ela saltou rapidamente na fogueira, sendo consumida pelo fogo."

O martírio da virgem Apolônia, que terminou aparentemente em suicídio, causou, exatamente por isto, um grande questionamento dentro da Igreja, que passou a avaliar se era correto e lícito, se entregar voluntariamente à morte para não renegar a fé. Esta dúvida encontrou eco também no livro " A cidade de Deus" de Santo Agostinho, que também não apresentou uma posição definida.

Contudo, o gesto da mártir Apolônia, a sua vida reclusa dedicada à caridade cristã, provocou grande emoção e devoção na província africana inteira, onde ela consumou o seu sacrifício. Passou a ser venerada, porque foi justamente o seu apostolado desenvolvido entre os pobres da comunidade que a colocou na mira do ódio e da perseguição dos pagãos, e o seu culto se difundiu pelas dioceses no Oriente e no Ocidente.

Em várias cidades européias surgiram igrejas dedicadas a ela. Em Roma foi erguida uma igreja, hoje desaparecida, próxima de Santa Maria em Trasteve, Itália.

Sobre a sua vida não se teve outro registro, senão que seus devotos a elegeram, no decorrer dos tempos, como protetora contra as doenças da boca e das dores dos dentes. Mas restou seu exemplo de generosa e incondicional oferta a Cristo. A Igreja a canonizou e oficializou seu culto conforme a data citada na carta do bispo Dionísio.



Obs: Hoje a Igreja também celebra o dia de São Miguel Ferbes Cordero Munhoz.