sexta-feira, julho 01, 2011

Evangelho do Dia

MATEUS 11:25-30

25Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos peque­ninos. 26Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 27Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
28Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. 29Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde­ de coração, e vós encon­trareis descanso. 30Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. 

Hoje, quando nos encontremos cansados pelos afazeres de cada dia — porque todos temos cargas pesadas e às vezes difíceis de suportar— pensemos nas palavras de Jesus: «Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei» (Mt 11,28). Repousemos Nele, que é o único que nos pode descansar de tudo o que nos preocupa e, assim encontrar a paz e todo o amor que não sempre nos dá o mundo.
O descanso autenticamente humano necessita uma dose de “contemplação”. Se elevarmos os olhos ao céu e rogamos com o coração e, somos simples, com certeza encontraremos e veremos a Deus, porque ali está («Por aquele tempo, Jesus pronunciou estas palavras: Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos»: Mt 11,25). Mas não só está ali, encontraremos também no “suave jugo” das pequenas coisas de cada dia: vejamos no sorriso daquele menino pequeno cheio de inocência, no olhar agradecido daquele enfermo que visitamos, nos olhos daquele pobre que nos pede a nossa ajuda, nossa bondade…
Repousemos todo nosso ser, e confiemos plenamente a Deus que é nossa única salvação e salvação do mundo. Tal como o recomendava João Paulo II, para repousar verdadeiramente, é necessário dirigir «uma olhada cheia de gozosa complacência [ao trabalho bem feito]: una olhada “contemplativa”, que já não aspira as novas obras, e sim a gozar da beleza do que se realizou» na presença de Deus. A Ele, devemos dirigir uma ação de graças: tudo nos vem do Altíssimo e, sem Ele, nada poderíamos fazer.
Exatamente, um dos grandes perigos atuais é que «o nosso é um tempo de contínuo movimento, que frequentemente desemboca no ativismo, com o fácil risco do “fazer por fazer”. Devemos resistir esta tentação tentando “ser” antes que “fazer” (João Paulo II). No entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada. (cf. Lc 10,42): «Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas.» (Mt 11,29).

Formação

AS DESCOBERTAS DE SÃO PAULO
Com a conversão de São Paulo houve muitos frutos na vida da Igreja.

Em Atos dos Apóstolos, por meio da conversão de São Paulo houve muitos frutos importantes na vida da Igreja.
O apóstolo dos gentios, em sua época, via que estava surgindo uma nova "seita, o cristianismo" que ia contra a religião judaica da qual ele era embaixador. Porque, para os judeus, acreditavam que o ser humano era o salvador de si mesmo por meio de suas boas obras, mas esta "seita" por sua vez, afirmava que a salvação só era obtida por meio de Jesus Cristo, porque Ele é o Salvador. Por isso Paulo queria destruir os cristãos de qualquer forma, a uma certa altura dos acontecimento, ele obteve dos sumos sacerdotes uma carta de recomendação para aprisionar todos os cristãos que ele encontrasse pelo caminho.
E olha que interessante, antes de serem chamados de "cristãos" eles eram chamados de os "seguidores do caminho" e interessante é que os seguidores de Jesus são chamados a percorrer no mundo o novo caminho, o caminho do seguimento d'Ele.
Mas quando o apóstolo está se aproximando de Damasco, Jesus aparece para ele, não com um aspecto humano, mas como uma luz resplandecente.

Nesse caminho para Damasco São Paulo faz três descobertas importantes:

Primeira descoberta: Paulo descobriu a originalidade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele descobriu que Jesus era diferente de todos os profetas e fundadores de religião, porque todas eles estavam mortos e encerrados no passado; ele descobriu que este Jesus está vivo e Ressuscitado em meio a nós.

Segunda descoberta: Paulo também descobriu a originalidade da Igreja, a Igreja é uma comunidade viva, uma comunidade de graça e salvação. Ela forma uma totalidade, mais tarde ela a chamará de "Corpo Místico de Cristo". Logo, perseguir a Igreja é perseguir o próprio Cristo.

E a terceira descoberta: A Igreja é universal e espiritual. A sua conversão não é obra humana, mas sim obra da graça de Deus. Nossa vocação é obra divina, é um chamado de Deus. O Senhor nos chamou para sermos apóstolos de Cristo. Paulo se encontrou com Jesus a caminho de Damasco e nós podemos encontrar o Senhor todos os dias na Eucaristia.

Jesus Cristo mesmo nos diz: "Minha carne é verdadeira comida e meu sangue verdade bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu Sangue permanece em mim e Eu nele. Quem come a minha carne e bebe o meu Sangue terá a vida eterna".
"O Corpo alimentado pela Eucaristia está destinado de um modo mais profundo à ressurreição" (São Justino).
Quando os judeus ouviram este realismo a respeito da Eucaristia eles voltaram atrás no seguimento de Jesus. E essa crise que foi gerada também no coração dos discípulos de Jesus, quando Ele afirmou: "A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue verdadeira bebida" e muitos deles voltaram atrás, mas Cristo não voltou atrás e lhes perguntou: "E vocês não querem também voltar atrás?" E São Pedro afirmou: "A quem iremos, Senhor, só tu tens palavras de vida eterna!"
Pedro compreendeu que as palavras de Jesus não eram meramente humanas, mas eram cheias do Espírito Santo. A Eucaristia é, sobretudo, um sacramento por meio do qual Cristo permanece conosco. A Eucaristia é o Emanuel é o Deus conosco. Já afirmava o Beato João Paulo II, em sua encíclica: "A Igreja da Eucaristia": "A Eucaristia é o supremo bem da Igreja".
A Eucaristia é o sacramento pascal por excelência, ela nos sustenta para que possamos amar o outro até o extremo, como fez Jesus Cristo na cruz.

(Texto de Dom Benedito Beni - Bispo da Diocese de Lorena -SP)

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus



Jesus apareceu numerosas vezes a Santa Margarida Maria Alacoque, de 1673 até 1675, para falar sobre a devoção ao seu Sagrado Coração, a "grande devoção". A Igreja instituiu a solenidade do Sagrado Coração de Jesus que é celebrada pela Igreja na sexta-feira seguinte ao segundo domingo depois de Pentecostes. Há diversas formas de devoção ao Coração de Jesus. Entre elas: a consagração pessoal, que, segundo Pio XI, "entre todas as práticas do culto ao Sagrado Coração é sem dúvida a principal"; e também, a consagração da família.
Dos colóquios de Santa Margarida com Jesus, distinguem-se 12 promessas. São elas:
- A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
- Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
- Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
- Eu os consolarei em todas as suas aflições.
- Serei seu refúgio seguro na vida e, principalmente, na hora da morte.
- Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
- Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
- As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
- As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
- Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
- As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
- A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

Consagração da Família ao Sagrado Coração de Jesus
Sagrado Coração de Jesus, que manifestastes a Santa Margarida Maria Alacoque o desejo de reinar sobre as famílias cristãs, nós vimos hoje proclamar vossa realeza absoluta sobre a nossa família. Queremos, de agora em diante, viver a vossa vida, queremos que floresçam, em nosso meio, as virtudes às quais prometestes, já neste mundo, a paz.
Queremos banir para longe de nós o espírito mundano que amaldiçoastes. Vós reinareis em nossas inteligências pela simplicidade de nossa fé; em nossos corações pelo amor sem reservas de que estamos abrasados para convosco, e cuja chama entreteremos pela recepção freqüente de vossa divina Eucaristia.
Dignai-vos, Coração divino, presidir as nossas reuniões, abençoar as nossas empresas espirituais e temporais, afastar de nós as aflições, santificar as nossas alegrias, aliviar as nossas penas. Se, alguma vez, algum de nós tiver a infelicidade de Vos ofender, lembrai-Vos, ó Coração de Jesus, que sois bom e misericordioso para com o pecador arrependido.
E quando soar a hora da separação, nós todos, os que partem e os que ficam, seremos submissos aos vossos eternos desígnios. Consolar-nos-emos com o pensamento de que há de vir um dia em que toda a família, reunida no Céu, poderá cantar para sempre a vossa glória e os vossos benefícios. Digne-se o Coração Imaculado de Maria, digne-se o glorioso Patriarca São José apresentar-Vos esta consagração e no-la lembrar todos os dias de nossa vida. Viva o Coração de Jesus, nosso Rei e nosso Pai.
 
Consagração pessoal ao Sagrado Coração de Jesus

Eu (o seu nome), vos dou e consagro, ó Sagrado Coração de Jesus Cristo, a minha vida, as minhas ações, penas e sofrimentos, para não querer mais servir-me de nenhuma parte do meu ser, senão para Vos honrar, amar e glorificar. É esta a minha vontade irrevogável: ser todo vosso e tudo fazer por vosso amor, renunciando de todo o meu coração a tudo quanto vos possa desagradar.
Tomo-vos, pois, ó Sagrado Coração, por único bem do meu amor, protetor da minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e da minha inconstância, reparador de todas as imperfeições da minha vida e meu asilo seguro na hora da morte.
Sê, ó Coração de bondade, a minha justificação diante de Deus, vosso Pai, para que desvie de mim a vossa justa cólera. Ó Coração de amor, deposito toda a minha confiança em vós, pois tudo temo de minha malícia e de minha fraqueza, mas tudo espero de vossa bondade! Extingui em mim tudo o que possa desagradar-vos ou que se oponha à vossa vontade.
Seja o vosso puro amor tão profundamente impresso em meu coração, que jamais possa eu esquecer-vos nem separar-me de vós. Suplico-vos que o meu nome seja escrito no vosso Coração, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e toda a minha glória em viver e morrer como vosso escravo. Amém.

Santo do Dia

Santo Oliver Plunkett
Oliver Plunkett, irlandês, nasceu no ano de 1625, em Loughcrew, numa família de nobres. Ele queria ser padre, mas para realizar sua vocação estudou particularmente e na clandestinidade. Devido à perseguição religiosa empreendida contra os católicos, seus pais o enviaram para completar o seminário em Roma, onde recebeu a ordenação em 1654.
A ilha irlandesa pertence à Coroa inglesa e possuía maioria católica. Mas como havia rompido com a Igreja de Roma, o exército real inglês, liderado por Cromwel, assumiu o poder para conseguir a unificação política da Inglaterra, Escócia e Irlanda. Obcecado pelo projeto, mandara até mesmo assassinar o rei Carlos I. E na Irlanda não fez por menos, todos os religiosos, sem exceção, foram mortos, além de leigos, militares e políticos; enfim, todos os que fossem católicos. Por isso o então padre Plunkett ficou em Roma exercendo o ministério como professor de teologia.
Em 1669, o bispo da Irlanda, que estava exilado na Itália, morreu. Para sucedê-lo, o papa Clemente IX consagrou o padre Oliver Plunkett, que retornou para a Irlanda viajando como clandestino. Dotado de carisma, diplomacia, inteligência, serenidade e de uma fé inabalável, assumiu o seu rebanho com o intuito de reanimar-lhes a fé. Junto às autoridades ele conseguiu amenizar os rigores impostos aos católicos.
Porém Titus Oates, que fora anglicano e depois conseguiu tornar-se jesuíta, ingressando num colégio espanhol, traiu a Igreja romana. Ele, para usufruir os benefícios da Coroa inglesa, apresentou uma lista de eclesiásticos e leigos afirmando que tentariam depor o rei Carlos II. Nessa relação estava o bispo Plunkett, que foi condenado à morte por decapitação pública.
A execução ocorreu em Londres, no dia 1o de julho de 1681. Antes, porém, ele fez um discurso digno de um santo e mártir. Segundo registros da época, o seu heroísmo na hora do martírio, somado ao seu discurso, contribuiu para a glória da Igreja de Roma mais do que muitos anos do mais edificante apostolado.
O seu culto foi confirmado no dia 1o de julho ao ser beatificado em 1920. Canonizado pelo papa Paulo VI em 1975, santo Oliver Plunkett possui duas sepulturas. O seu corpo esta na Abadia de Downside, em Londres, enquanto sua cabeça esta na Abadia de Drogheda, na Irlanda. Ele foi o último católico condenado à morte na Inglaterra em razão de sua fé.

Obs: Hoje a Igreja também celebra o dia de São Galo.