quarta-feira, junho 13, 2012

Bíblia Sagrada


GÁLATAS

O motivo desta carta foi o seguinte: alguns judeus cristãos queriam obrigar os pagãos neoconvertidos a se conformarem à antiga lei religiosa judaica. O apóstolo protesta contra esse particularismo.

Nessa epístola (cuja data é controvertida, colocando-a alguns em 48 e outros mais ou menos em 56), ele conta como foi chamado ao apostolado pelo próprio Jesus, e afirma que só há um evangelho autêntico,  aquele que foi anunciado unanimente por todos os outros apóstolos (caps. 1 e 2). Mostra em seguida a conformidade de sua doutrina com as promessas do Deus de Abraão, que foi “justificado pela fé” (cap. 3 e 4). Finalmente, expõe o que é liberdade cristã e a vida do fiel sob a conduta do Espirito de Deus. (caps. 5 e 6).

Reflita

"Quem não pode fazer grandes coisas, faça ao menos o que estiver na medida de suas forças; certamente não ficará sem recompensa" - Santo Antonio de Padua

Vídeo Especial

O tema do nosso vídeo de hoje é "Como posso me tornar um bom catequista?"




Evangelho do Dia

MATEUS 5:17-19

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17“Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento.
18
Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra. 19Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus”. 

Hoje escutamos do Senhor: «Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas; (...), não vim para abolir, mas para cumprir» (Mt 5,17). No Evangelho de hoje, Jesus ensina que o Antigo Testamento é parte da Revelação divina: Deus no início deu-se a conhecer aos homens através dos profetas. O Povo escolhido reunia-se nos sábados na sinagoga para escutar a Palavra de Deus. Assim como um bom israelita conhecia as Escritura e as punha em prática, aos cristãos convêm a meditação freqüente —diária, se fosse possível— das Escrituras.

Em Jesus temos a plenitude da Revelação. Ele é o Verbo, a Palavra de Deus, que se fez homem (cf. Jo 1,14), que vem a nós para dar-nos a conhecer quem é Deus e quanto nos ama. Deus espera do homem uma resposta de amor, manifestada no cumprimento dos seus ensinos: «Se me amais, observareis os meus mandamentos» (Jo 14,15).


No texto do Evangelho de hoje encontramos uma boa explicação na Primeira Carta de São João: «Pois amar a Deus consiste nisto: que observemos os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados» (1Jo 5,3). Observar os mandamentos de Deus garante que lhe amamos com obras e de verdade. O amor não é só um sentimento, senão que —também— pede obras, obras de amor, viver o duplo preceito da caridade.


Jesus nos ensina a malicia do escândalo: «Quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar os outros, será considerado o menor no Reino dos Céus» (Mt 5,19). ‘Eu conheço a Deus’, mas não observa os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele» (1Jo2,4).


Também ensina a importância do bom exemplo: «Quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus» (Mt 5,19). O bom exemplo é o primeiro elemento do apostolado cristão.

Formação

RÓTULOS E CONTEÚDOS
PARA O SENHOR NÃO IMPORTAM AS IDÉIAS PRECONCEBIDAS

Quaisquer produtos comercializados nos supermercados trazem consigo um rótulo na embalagem. Quanto mais chamativo o rótulo, tanto maior será a chance de o consumidor observar o produto. As estratégias são muitas para atrair a atenção do consumidor: cores, letras... Fato é que o rótulo é algo imposto pela indústria visando a visibilidade e aquisição do produto. Cada olhar o [rótulo] contempla a partir de uma perspectiva particular. Há rótulos que atraem e há aqueles que causam repulsa. Olhar o rótulo de cada embalagem é sempre um jeito singular de ver cada produto exposto nas prateleiras. 

Nas prateleiras da vida, muitas pessoas têm sido julgadas como um produto qualquer. Muitas pessoas, ao longo da vida, foram adquirindo rótulos impostos pela sociedade. Há indivíduos com rótulos chamativos que atraem a atenção de um grande número de pessoas. Quem carrega consigo um estereótipo sabe como é difícil se libertar dele. Muitos passam a vida toda carregando um rótulo já vencido pelo tempo dos sofrimentos e das decepções. Outros ainda tentaram arrancar um rótulo que lhes foi imposto. Contudo desistiram ao longo do caminho e hoje vivem presos a uma marca que não condiz com o que vivem hoje.
Quem já tentou retirar algum rótulo de uma embalagem de vidro sabe a dificuldade que é. Muitos destes estão de tal forma colados na embalagem que é preciso muita persistência e força para que sejam arrancados. 

Jesus sempre olhou para o ser humano além dos rótulos que a pessoa carregava consigo. O olhar misericordioso de Cristo adentrava os territórios desconhecidos da alma humana e percorria os campos da tristeza e das lágrimas escondidas em noites de sofrimento. Para o Senhor não importava a ideia preconcebida que atraía a atenção de outras pessoas. O interesse de Jesus era pelo conteúdo que habitava o coração de cada um.

Foi assim que o olhar da pecadora que estava prestes a ser apedrejada encontrou-se com o olhar amoroso de Cristo. Enquanto todas tinham nas mãos as pedras da raiva e da condenação, Jesus trazia nas mãos as flores do perdão e da misericórdia. Enquanto todos olhavam o rótulo de uma embalagem já desgastada e vencida pelo tempo do pecado e dos erros, Cristo olhava o conteúdo das possibilidades de um novo tempo adormecidas naquele coração sofrido pelos erros de um passado que insistia em não se despedir.

No encontro com Jesus, aquela mulher já condenada pela sociedade descobriu a chance de reescrever novas páginas do livro de sua vida de uma maneira totalmente nova. Foi diante do amor de Cristo que aquela mulher viu o rótulo de seus pecados caírem por terra, restando somente uma nova manhã de paz.
Jesus Cristo sabia dos estereótipos que a pecadora trazia impressos em sua vida, mas Ele também sabia que somente com o amor ela teria a chance de retirar de sua alma o peso de uma vida sem sentido. Foi diante de novos olhares, que não a condenavam pelos seus erros, que ela encontrou o caminho para recomeçar uma nova vida de acertos. 

Enquanto todos reconheciam que as pedras trazidas nas mãos eram os rótulos que também tinham na alma, aquela mulher despediu-se de um passado de erros e começou a trilhar o caminho de um novo tempo.
Se um passado de erros fez da vida um rótulo sem sentido, Cristo faz do conteúdo de cada coração um futuro de novas alegrias.

(Texto de Pe. Flávio Sobreiro)

Santo do Dia

Santo Antônio de Pádua
 
Santo Antônio de Pádua é tão conhecido por seu nome de ordenação que chamá-lo pelo nome que recebeu no batismo parece estranho: Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo. Além disso, ele era português: nasceu em 1195, em Lisboa. De família muito rica e da nobreza, ingressou muito jovem na Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Fez seus estudos filosóficos e teológicos em Coimbra e foi lá também que se ordenou sacerdote. Nesse tempo, ainda estava vivo Francisco de Assis, e os primeiros frades dirigidos por ele chegavam a Portugal, instalando ali um mosteiro.

Os franciscanos eram conhecidos por percorrer caminhos e estradas, de povoado em povoado, de cidade em cidade, vestidos com seus hábitos simples e vivendo em total pobreza. Esse trabalho já produzia mártires. No Marrocos, por exemplo, vários deles perderam a vida por causa da fé e seus corpos foram levados para Portugal, fato que impressionou muito o jovem Fernando. Empolgado com o estilo de vida e de trabalho dos franciscanos, que, diversamente dos outros frades, não viviam como eremitas, mas saiam pelo mundo pregando e evangelizando, resolveu também ir pregar no Marrocos. Entrou para a Ordem, vestiu o hábito dos franciscanos e tomou o nome de Antônio.

Entretanto seu destino não parecia ser o Marrocos. Mal chegou ao país, contraiu uma doença que o obrigou a voltar para Portugal. Aconteceu, porém, que o navio em que viajava foi envolvido por um tremendo vendaval, que empurrou a nave em direção à Itália. Antônio desembarcou na ilha da Sicília e de lá rumou para Assis, a fim de encontrar-se com seu inspirador e fundador da Ordem, Francisco. Com pouco tempo de convivência, transmitiu tanta segurança a ele que foi designado para lecionar teologia aos frades de Bolonha.

Com apenas vinte e seis anos de idade, foi eleito provincial dos franciscanos do norte da Itália. Antônio aceitou o cargo, mas não ficou nele por muito tempo. Seu desejo era pregar, e rumou pelos caminhos da Itália setentrional, praticando a caridade, catequizando o povo simples, dando assistência espiritual aos enfermos e excluídos e até mesmo organizando socialmente essas comunidades. Pregava contra as novas formas de corrupção nascidas do luxo e da avareza dos ricos e poderosos das cidades, onde se disseminaram filosofias heréticas. Ele viajou por muitas regiões da Itália e, por três anos, andou pelo Sul da França, principal foco dessas heresias.

Continuou vivendo para a pregação da palavra de Cristo até morrer, em 13 de junho de 1231, nas cercanias de Pádua, na Itália, com apenas trinta e seis anos de idade. Ali, foi sepultado numa magnífica basílica romana. Sua popularidade era tamanha que imediatamente seu sepulcro tornou-se meta de peregrinações que duram até nossos dias. São milhares os relatos de milagres e graças alcançadas rogando seu nome. Ele foi canonizado no ano seguinte ao de sua morte pelo papa Gregório IX.

Na Itália e no Brasil, por exemplo, ele é venerado por ajudar a arranjar casamentos e encontrar coisas perdidas. Há também uma forma de caridade denominada "Pão de Santo Antonio", que copia as atitudes do santo em favor dos pobres e famintos. No Brasil, ele é comemorado numa das festas mais alegres e populares, estando entre as três maiores das chamadas festas juninas. No ano de 1946, foi proclamado doutor da Igreja pelo papa Pio XII.



Obs: Hoje a Igreja também celebra o dia de Santo Ávito.