terça-feira, maio 10, 2011

FORMAÇÃO

NOSSA SENHORA E A EUCARISTIA
Como Maria, podemos cantar o "Magnificat"

O Papa João Paulo II escreveu o documento Ecclesia de Eucharistia falando da extrema ligação de Nossa Senhora com a Eucaristia. Há um nexo profundo entre Maria Santíssima e a Eucaristia; o próprio beato afirma que ela foi o primeiro sacrário do mundo, por essa razão, ela em tudo tem a ver com Jesus Eucarístico. A primeira coisa que o saudoso Pontífice nos recorda é que a Virgem Maria não estava presente no momento da instituição da Eucaristia, na Santa Ceia, pois não era o papel dela estar lá, mas, por intermédio de sua intercessão, realizou-se o milagre da transubstanciação pelo poder do Espírito Santo.
O que faz um homem ser homem? É a beleza física? A cor dos seus cabelos? O formato de sua orelha? Nada disso. O que o faz ser homem é algo que não se vê, é a alma! É a essência de alguém que o faz ser quem é. Assim, quando vemos a hóstia branca, redonda, de diversos tamanhos, não fazemos conta da essência, da substância, e é isso que acontece no momento da transubstanciação, ou seja, a transformação da substância vinho e pão para Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Jesus se torna acessível às pessoas na comunhão. Todos podem receber a Eucaristia, independentemente de sua condição física ou psicológica. Deus quis que você recebesse o Corpo, a Alma e a Divindade de Cristo. É Jesus, que se esconde e se aniquila por meio da Eucaristia.
Só há um caso em que o Senhor não está na hóstia: é quando o trigo ou o vinho se estragam, deixando de ser pão e vinho,não tem como ser Jesus. O Senhor não "está" no pão, Jesus é o Pão Consagrado. Quantas vezes, Ele entra na boca de um bêbado e até de alguém que não está preparado para recebê-Lo na comunhão.
Quando compreendermos o amor de Jesus Cristo por nós, nosso desejo pela Eucaristia será maior. Hóstia significa “vítima oferecida em sacrifício”. Cristo deu o poder aos sacerdotes para consagrarem a substância do pão e do vinho em Corpo e Sangue d’Ele por inteiro, é a palavra de Cristo pelo sacerdote. O sacramental é aquilo que depende de nossa fé; mas o sacramento é diferente, pois, por exemplo, no sacramento do batismo a criança não precisa ter fé para acontecer a graça, pois é Deus quem opera.
Todos nós conhecemos a passagem bíblica que narra as Bodas de Caná (cf. Jo 2,1-12). Naquele momento, o Senhor mudou tanto a aparência como a substância do líquido, diferentemente do que acontece durante a consagração, na celebração da Santa Missa. A essência do trigo é o próprio Corpo de Cristo; a essência do vinho é Seu próprio Sangue.
Assim como Jesus se fez presente no seio da Santíssima Virgem Maria durante a gestação, quando O recebemos na Hóstia Consagrada Ele está presente dentro em nós. Então, como Maria, podemos cantar o "Magnificat". Nosso Senhor Jesus Cristo se encarna no corpo de cada um de nós, nessa hora, também com o desígnio de nos salvar. Ele tem uma paixão enorme pela nossa essência, a nossa alma, por isso, tenta de todas as maneiras salvá-la. Diante disso, cabe a nós olharmos para Cristo, na Eucaristia, com a mesma adoração que Isabel recebeu Maria, quando grávida, ao visitá-la (cf. Lucas 1,39-56).
Assim como a Igreja e a Eucaristia não se separam; a Virgem Maria e a Eucaristia também não se separam. Quem entra na comunhão com Cristo, entra na escola de Maria, pois ela tem muito a nos ensinar!
(Texto de Prof. Felipe Aquino)

"Minha alma glorifica ao Senhor, meu espirito exulta de alegria em Deus, meu salvador, porque olhou para a sua pobre serva. Por isto, desde agora, me plocalmarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo o nome é Santo. Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem. Manifestou o poder do seu braço, desconsertou os corações dos soberbos. Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos. Acolheu a Israel, o seu servo, lembrando da sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre". (Lucas 1:46-55 - Magnificat)

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