quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Bíblia Sagrada

LEVÍTICO
       
Para os fiéis atuais, a maioria das prescrições rituais do culto mosaico apresenta apenas um interesse documentário.

Com efeito, os descendentes de Levi foram colocados à testa do culto em Israel, recrutavam-se entre eles os sacerdotes e os servidores do templo. O Levítico é um manual redigido para eles, de acordo com usos já muito antigos. Esse manual passou por muitas transformações e recebeu adições depois da construção do templo de Salomão (século X a. C.).

Os antigos hebreus conheciam quatro espécies de sacrifício: os holocaustos nos quais a vítima oferecida era totalmente consumida pelo fogo. E as oblações, ou ofertas de frutos, de farinha e de outros produtos da agricultura e da criação que acompanhavam os holocaustos cotidianos; o sacrifício pacífico, ou de ação de graças; e os sacrifícios de expiação, destinado a reparar os pecados e as faltas involuntárias contra as leis cerimoniais.

A importância das prescrições concernentes aos sacerdotes explica-se pelo fato de ocuparem as funções sacerdotais na vida dos hebreus um lugar da mais relevante importância. Essas funções foram confiadas exclusivamente aos membros de uma única tribo, a de Levi (daí nome Levitas). Ainda no tempo de Jesus Cristo existia essa atribuição, embora menos exclusiva.

As muitas prescrições concernentes ao estado de “pureza legal” não admirarão aquele que compreende algo do respeito com que o povo hebreu, como aliás muitos outro povos da antiguidade, cercava tudo aquilo que, na vida cotidiana, podia ser encarado numa relação particular com Deus ou com seu culto.

Enfim, encontrar-se-á no Levítico um esboço de código civil e de leis morais que, embora imperfeitas, testemunham como se tinha aperfeiçoado a inclinação do povo eleito pela verdadeira moral.

Não será inútil observar que a Lei de Talião: “olho por olho e dente por dente” (Lv 24:17-20) e (Ex 21:24), abolida por Jesus Cristo (Mt 5:38-42), constitui a seu modo um verdadeiro progresso, se considerarmos os costumes existentes então, segundo os quais costumavam, habitualmente, vingar sete vezes as injúrias e as injustiças recebidas.


***Amanhã falaremos sobre o livro dos Números***

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