sexta-feira, fevereiro 03, 2012

Bíblia Sagrada

NÚMEROS

O nome do livro dos Números  provém das importantes listas de números e de nomes contidos nos seus primeiros capítulos. No mais, este livro é uma continuação normal do Êxodo.

O livro dos Números supõe que o povo hebreu já estava dividido em doze tribos ou clãs, e que estes viviam uma existência mais ou menos autônoma, apenas com uma vaga coesão por participarem das mesmas crenças, do mesmo culto, da mesma legislação e da fidelidade à mesma aliança religiosa. As leis aí contidas se referem à permanência dos hebreus no deserto, mais foram retocadas e adaptadas à vida de comunidade desse mesmo  povo.

A história dos hebreus no deserto não é, realmente, muito edificante. Formavam um povo de dura cerviz que reclamava uma vida fácil, murmurava contra Deus e chegou mesmo ao ponto de contestar a legitimidade da autoridade de Moisés (12:2). Todavia, apesar de suas inconstâncias, o povo eleito permanece sempre o objeto de particular misericórdia e de benévola atenção da parte de Deus.

O fim do livro dos Números narras as lutas dos hebreus com as povoações vizinhas à Palestina que se opuseram à sua passagem no decorrer desta lenta imigração. Percebem-se nessas relações os perigos morais, aos quais os hebreus foram expostos: a pureza de sua religião tradicional sofreria graves ameaças.

Essas mesmas narrações explicam também como as instituições sociais e religiosas do povo eleito se baseavam na fé no Deus com o qual tinham feito aliança.

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