JUDITE
O livro de Judite não nos foi conservado em seu texto hebraico. Resta-nos apenas a sua tradução grega. O autor é ignorado.
Pela descrição de uma situação concreta, a libertação de Betúlia, sitiada por holofernes, general de Nabucodonosor, o autor quer demonstrar que a confiança em Deus, manifestada por fiel dedicação ao seu serviço, acaba triunfando de todas as potências terrestres, por mais temíveis que sejam. Ao poder descomensurado de um senhor deste mundo, é oposta a fraqueza de uma mulher, mais essa mulher é uma judia digna dessa raça que pratica fielmente a Lei, crê na força da oração e confia em Deus.
O espirito da vingança e do fanatismo nacional, que em prol do triunfo justifica o emprego de todos os meios, mesmo do assassino, estava tão profundamente arraigado na alma judia que, como no caso presente, parecer poder subsistir ao lado dos mais elevados sentimentos. O livro de Judite leva os leitores espontaneamente a pensar nas lutas que os judeus tiveram de sustentar pela sua fé, lutas essas que se tornaram particularmente agudas dois séculos antes da era cristã. Será certamente por essa época que o livro de Judite foi composto.
· No livro de Judite é particularmente notável a magnífica oração do Capítulo 9, no meio da cativante narrativa da libertação de Betúlia.
***Segunda falaremos sobre o livro de Ester***
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